Josias: Bolsonaro comete crime ao vivo na TV porque instituições não agem
O presidente Jair Bolsonaro (PL) usa o seu discurso no feriado de 7 de Setembro para, mais uma vez, cometer crimes, segundo o colunista do UOL Josias de Souza. "O Bolsonaro é um presidente que vive em estado crônico de criminalidade", disse o jornalista, em participação no UOL News.
"Ele tem os crimes que já cometeu no passado, os que está cometendo agora e os que cometerá amanhã. [Bolsonaro] já está anunciando que, na hipótese de vencer a eleição, ele vai instituir a definitiva autocracia", completou.
Ainda segundo o jornalista, o presidente da República "opera frequentemente fora das quatro linhas" da Constituição.
"As pessoas costumam dizer que as instituições brasileiras estão funcionando. Eu digo que não. Se estivessem, o Bolsonaro não estaria hoje diante das câmeras da TV Brasil e das TVs privadas do país cometendo um crime em rede nacional ao vivo", afirmou o Josias.
"A grande dúvida hoje é o que deveria fazer o TSE. Deveria punir o crime. E o crime não vai ficar nisso", acrescentou.
Bolsonaro cometeu crime de abuso de poder político; pode ser objeto de impeachment, diz Maierovitch
"O Bolsonaro subiu ao palanque com dois trajes. O traje de chefe de Estado e o de candidato à reeleição", avaliou o colunista do UOL Wálter Maierovitch. "E naquele palanque, ele só podia ter subido com o traje de chefe de Estado porque a comemoração é a do bicentenário da Independência."
"Ele se apresenta em trajes de reeleição porque traz, por exemplo, um empresário que sempre que se veste sempre de verde e amarelo parecendo o Zé Carioca", acrescentou.
"[Bolsonaro] traz uma postura de candidato à reeleição e traz um discurso de abuso de poder político, que é crime tipificado na Constituição e que pode ser objeto de impeachment. Evidentemente, ele não se preocupa com isso porque ele tem a cobertura do [Arthur] Lira."
Bolsonaro 'imbrochável' e Michelle 'princesa' no 7 de Setembro rebaixam o Brasil, diz Josias
"Já está entendido que o Bolsonaro não consegue elevar a sua própria estatura. Então, ele está se dedicando agora a rebaixar o pé direito do Brasil. Do ponto de vista institucional, essas cenas que estamos assistindo hoje degradam a imagem do Brasil, que estava sendo visto no exterior como um pária orgulhoso. Agora, virou uma piada", disse Josias de Souza.
"Temos um presidente que no dia da data nacional transforma o palanque oficial num puxadinho do seu grande comício e põe-se a chamar mulher de princesa, dizer que é um sujeito 'imbrochável'. Parece que o Brasil foi convertido numa espécie de sucupira hipertrofiada", concluiu.
O UOL News Especial reuniu análises e entrevistas sobre os atos de 7 de Setembro. Assista à íntegra:
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