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Oyama: QG crê que fotos de 7/9 mostram que Bolsonaro não é 'cachorro morto'

Colaboração para o UOL

07/09/2022 19h12

A jornalista e colunista do UOL, Thaís Oyama, ouviu representantes do QG da campanha de Bolsonaro, a respeito da importância que está sendo dada à captura de imagens dos atos de 7 de setembro realizados hoje em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Em sua participação no UOL News na tarde de hoje, ela afirmou que o QG pretende usar as imagens para mostrar que o presidente, candidato à reeleição, não é "cachorro morto".

"A despeito de tudo que diz a lógica, essa foto, essas imagens vão provar que as pesquisas estão erradas. O que não faz sentido quando a gente sabe que o Bolsonaro já tem em torno de 53 milhões de votos, é o que as pesquisas dizem, 34% da população mais ou menos, são 53 milhões de votos. Então reunir um milhão de pessoas, dois milhões de pessoas, não prova nada", afirma a jornalista.

"Essas fotos vão fazer com que os bolsonaristas arrependidos, os bolsonaristas enrustidos, os eleitores indecisos se animem e vejam que Bolsonaro não é cachorro morto. Então uma boa analogia seria essa, a questão da expectativa. A expectativa é uma coisa muitas vezes definidora", acrescenta.

Thaís Oyama disse também que o presidente Jair Bolsonaro "passou a perna" nos brasileiros. Segundo ele, enquanto todos estavam preocupados se ele preparava um golpe, ele preparou, na verdade, um grande comício às custas do contribuinte.

"Ele fez isso no Distrito Federal e está fazendo em Copacabana também, visto que as Forças Armadas estão lá para emoldurar esse comício. Além disso, ele parece ter terceirizado as ofensas e agressões. Da boca dele, pouco se ouviu de ataques diretos às instituições. Mas ele dá a deixa para que as pessoas se manifestem nesse sentido".

Oyama: Bolsonaro e Planalto já sabem o que vão dizer se forem questionados por atos de 7 de Setembro

Ao UOL News, a colunista afirmou que Bolsonaro já sabe o que dirá se for questionado pelos atos de 7 de Setembro. Ela checou junto aos coordenadores de campanha e também junto a assessores de Bolsonaro a informação de que tudo o que ocorreu hoje foi calculado.

"Bolsonaro tomou o cuidado de não fazer o comício eleitoral de cima do palanque que ele usou para o discurso do 7 de Setembro. Me chamaram a atenção de que ele teria descido dessa tribuna e ido a um carro de som, fora da área militarizada, ou seja, fora da área estabelecida para as comemorações do 7 de Setembro", comentou.

"A segunda questão é que se o TSE cassar a candidatura do presidente por crime eleitoral, isso vai reeleger Bolsonaro. Porque criaria uma tensão nacional, a 25 dias de uma eleição já muito tensa. Isso foi tudo pensado e as consequências foram medidas. Isso foi uma provocação. Bolsonaro está indo para o tudo ou nada".

O UOL News especial reuniu análises e entrevistas sobre os atos de 7 de Setembro. Assista à íntegra: