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Lula, Ciro, Tebet e Soraya comentam morte de petista: 'Intolerância'

Agente da Polícia Civil prende suspeito de matar apoiador do ex-presidente Lula - Divulgação
Agente da Polícia Civil prende suspeito de matar apoiador do ex-presidente Lula Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

09/09/2022 15h23Atualizada em 09/09/2022 16h29

O presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou hoje o assassinato de um apoiador seu em Mato Grosso -um bolsonarista confessou ontem o crime. O ex-presidente mandou seus sentimentos à família da vítima e afirmou que "Brasil não merece o ódio que se instaurou nesse país".

Outros políticos brasileiros posicionaram-se em relação ao assassinato de Benedito Cardoso dos Santos, apoiador do ex-presidente, pelo bolsonarista Rafael de Oliveira, creditando a violência à polarização política.

O apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso preventivamente ontem após confessar ter esfaqueado o apoiador de Lula em Mato Grosso. A violência aconteceu depois de uma discussão política.

Segundo o boletim de ocorrência, o homem que confessou disse que cometeu o crime porque "saiu de si". O caso vem a tona dois meses depois do assassinato de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT, que foi assassinato em seu aniversário pelo policial bolsonarista Jorge Guaranho.

O pedetista Ciro Gomes afirmou, nas suas redes sociais, que o apoiador de Lula é "mais uma vítima da guerra fratricida, semeada por uma polarização irracional".

A candidata do MDB, Simone Tebet, cobrou posicionamento do presidente Jair Bolsonaro, apontando que ele deveria "clamar por paz e união". A presidenciável também creditou o crime à "incitação ao ódio".

Soraya Thronicke (União) posicionou-se fortemente, dizendo: "Envergonham o País c/ corrupção, nos distraem c/ a polarização e, além disso, derramam sangue alheio".

A presidente nacional do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann, também comentou o caso, relembrando o assassinato de Marcelo Arruda, afirmando em nota oficial que: "Benedito foi morto porque defendia Lula, da mesma forma que Marcelo Arruda, vítima de um assassino bolsonarista em Foz do Iguaçu". A política fez críticas intensas a Jair Bolsonaro e seus apoiadores, chamando-os de "milicianos" e relembrou que o presidente mandou "extirpar" adversários no 7 de setembro.

"Foram assassinados porque Bolsonaro e seus milicianos não toleram quem pensa diferente, não toleram a liberdade do outro e da outra, não aceitam a democracia. A violência, a tortura, a intimidação e a censura são suas armas contra a verdadeira liberdade", afirmou Hoffmann.