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Lula: Ninguém quer saber se Bolsonaro é ou não brocha, não é problema nosso

Do UOL, em Taboão da Serra (SP) e em São Paulo

10/09/2022 12h52

Em comício em Taboão da Serra (SP) neste sábado (10), o candidato à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a fala do presidente Jair Bolsonaro (PL) que falou ser "imbrochável" na comemoração do feriado da independência, em Brasília.

O Brasil não pode aceitar um presidente da República que vai no 7 de setembro dizer que é imbrochável. Olha, ele tava falando para quem? Para a mulher dele porque ninguém quer saber o que ele. Ninguém quer saber se ele é brocha ou não é brocha. Isso é problema dele, não é problema nosso. A gente quer saber se vai ter emprego, se vai ter salário, se vai ter educação" Lula

Durante ato cívico do dia 7 de Setembro em Brasília, após discursar ao lado da primeira-dama Michelle e depos de beijá-la em público, Bolsonaro puxou um coro de "imbrochável". Antes, ele havia sugerido comparações entre as primeiras-damas. "Ao meu lado uma mulher de Deus e ativa na minha vida", disse o presidente sobre Michelle. A fala machista repercutiu negativamente.

Lula também chamou Bolsonaro de genocida ao comentar a morte do petista Bendito Cardoso dos Santos, de 44 anos, que foi assassinado a golpes de faca e machado durante uma discussão política na última quarta-feira (7) em Confresa, no Mato Grosso.

O assassino foi identificado como o bolsonarista Rafael Silva de Oliveira, de 22 anos. O candidato do PT disse que tentou entrar em contato com a família da vítima para prestar solidariedade:

Se ele tem mulher e se ele tem filho, o PT tem obrigação de saber de todas as coisas para ajudar essa família que foi vítima do genocida chamado Bolsonaro."

7 de Setembro. Lula também criticou as comemorações do bicentenário da independência promovidas pelo presidente Jair Bolsonaro e disse que o candidato do PL tentou usurpar a data transformando em ato político para si:

Nunca na história do país um presidente da república tentou usurpar do povo brasileiro a comemoração da data da nossa independência e ele fingiu que era dele e fez da independência um ato político dele."