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Após Justiça barrar registro de vice, Castro escolhe novo nome para chapa

11.set.2022 - Thiago Pampulha (União Brasil) é o novo vice na chapa de Castro - Divulgação/Claudio Castro
11.set.2022 - Thiago Pampulha (União Brasil) é o novo vice na chapa de Castro Imagem: Divulgação/Claudio Castro

Do UOL, em Brasília*

11/09/2022 15h49

O governador do Rio de Janeiro e candidato à reeleição, Cláudio Castro (PL), escolheu o deputado estadual Thiago Pampolha (União Brasil) como vice em sua chapa nas eleições deste ano.

Pampolha substitui o ex-prefeito Washington Reis (MDB), que era o vice na chapa de Castro, mas teve sua candidatura barrada pela Justiça Eleitoral na última semana. Cabe recurso ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Reis, que era prefeito de Duque de Caxias até este ano, foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a sete anos, dois meses e 15 dias de prisão por crime eleitoral em 2016, quando era deputado federal. Na semana passada, a Segunda Turma do Supremo formou maioria para manter sua condenação.

Em comunicado de anúncio da nova chapa, Cláudio Castro agradece Reis. "A coligação agradece o trabalho de Washington Reis, que contribuiu para a campanha de Cláudio Castro com sua experiência de mais de 20 anos de vida pública", escreveu o governador.

"Thiago Pampolha está em seu terceiro mandato como deputado e foi autor de leis em prol do meio ambiente, educação, geração de emprego, acessibilidade, cultura e esporte. No Governo do Rio de Janeiro, ocupou os cargos de secretário de Esporte, em 2017, e do Ambiente e Sustentabilidade, em 2020", concluiu a nota do governador.

Operação da PF

Na última semana, o governador vinha sendo pressionado por aliados para tirar Reis de sua chapa antes mesmo da definição da Justiça. Além do revés no STF, o ex-prefeito de Duque de Caxias foi alvo de uma operação da Polícia Federal que mirava fraudes na saúde, com envolvimento do empresário Mario Peixoto —pivô do escândalo que resultou no impeachment do governador Wilson Witzel, em 2020.

Segundo a investigação, feita junto com a CGU (Controladoria-Geral da União), Reis é suspeito de participar de um esquema de favorecimento em contratos e aditivos que somam R$ 563,5 milhões em mais de dois anos.

De acordo com a PF, uma cooperativa de trabalho contratada pelo município de Duque de Caxias (RJ), comandado por Reis nos últimos dois mandatos, pertence a uma "estruturada e complexa organização criminosa que vem operando no estado em um contexto de corrupção sistêmica, em especial na área da saúde, há décadas".

(Com informações do repórter Igor Mello)