Ciro comenta reaproximação de Marina com Lula: 'Notícia velhíssima'
Candidato do PDT à presidência, Ciro Gomes comentou hoje o apoio declarado ontem pela ex-ministra e candidata a deputada federal por São Paulo Marina Silva (Rede) ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Marina justificou o apoio afirmando que o Brasil está enfrentando uma ameaça à democracia. Ciro criticou a aproximação.
"Notícia velhíssima", ironizou, em sua passagem por Salvador, na tarde de hoje.
Com o apoio de Marina, a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conta com seis presidenciáveis de 2018 do seu lado— quase metade dos 13 nomes que concorreram naquele ano. Ministra de Meio Ambiente de Lula por seis anos, deixou o governo e o PT em 2008 em meio a divergências internas. Rompeu inteiramente com o grupo de Lula após as eleições de 2014, quando concorreu pelo PSB, e declarou apoio ao deputado Aécio Neves (PSDB-MG). Ontem, Marina declarou o apoio a Lula.
Um dos principais dirigentes da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência da República, Jilmar Tatto afirmou que o apoio da ex-ministra Marina Silva (Rede) ao petista simboliza "um tapa na cara" do presidenciável Ciro Gomes (PDT).
Ciro também reafirmou sua candidatura e rebateu críticas tanto de apoiadores de Lula quanto de Bolsonaro.
"Por que eu sou candidato? Desculpa, será que a democracia me permite ser candidato? Eu preciso pedir autorização para alguém para ser candidato?", afirmou.
Ainda durante a coletiva de imprensa realizada em frente à sede da APAE, localizada no bairro da Pituba, Ciro criticou os adversários.
"Eu tenho uma ideia diferente, profunda e radicalmente da ideia que o Lula e o Bolsonaro representam para o Brasil. Eu posso ou não ser candidato? Ou eu devo pedir ao 'São' Lula permissão para ser candidato? Eu não critico o Lula de agora e nem estou intensificando nada. Eu considero que o Bolsonaro, essa tragédia de corrupção, essa tragédia social e econômica, essa tragédia de saúde pública que o Bolsonaro representa, foi causada pelo Lula", afirmou o pedetista.
Em meio a críticas aos líderes das pesquisas de intenção de voto para as eleições deste ano, Ciro reforçou sua tese de que Bolsonaro é um produto da corrupção do Partido dos Trabalhadores. "Como se explica que 70% do povo de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, em números redondos, todo o Sul, Norte e todo o Centro-Oeste tenham votado no Bolsonaro? O Bolsonaro tinha alguma biografia brilhante? Não, o Bolsonaro era um deputado medíocre e corrupto do mais baixo clero".
"Em 1993 eu pedi a prisão e a cassação do Bolsonaro porque eu já sabia quem ele era. Depois, eu fui colega dele e denunciei o Bolsonaro roubando dinheiro da rachadinha de funcionário, da gasolina de gabinete, e Lula calado estava, calado ficou. Quando chega em 2018, o Bolsonaro tem 70% dos votos. Nosso povo de repente virou gado, como o Lula chama? Nosso povo todo virou fascista, como o PT fala? Não, irmão, nosso povo votou magoado pela mais extensa crise econômica da história do Brasil, que o Lula e sua irresponsabilidade produziu, ao lado da mais grave crise de corrupção da história", concluiu Ciro.
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