Leia a íntegra do primeiro bloco do debate para governador de SP do UOL
Cinco candidatos ao governo de São Paulo participam do debate promovido por UOL, Folha de S.Paulo e TV Cultura nesta terça-feira (13). No primeiro bloco, Fernando Haddad (PT) nacionalizou a discussão ao fazer uma pergunta sobre vacinas direcionada a Tarcísio de Freitas (Republicanos). Haddad é o candidato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no estado; Tarcísio, do presidente Jair Bolsonaro (PL). Rodrigo Garcia (PSDB) foi atacado.
Ao vivo: Assista ao debate para governador em São Paulo
Na resposta a Haddad, Freitas cometeu uma gafe ao confundir o Covax Facility, consórcio da OMS (Organização Mundial da Saúde) para compra de vacinas contra a covid-19, com o imunizante Covaxin, que foi alvo de escândalo na pandemia após denúncias feitas na CPI da Covid, no ano passado.
Leia a íntegra do primeiro bloco:
[Leão Serva]: Boa noite!
[Fabíola Cidral]: Boa noite!
[Leão Serva]: Começa agora mais um espetáculo da democracia brasileira. Um encontro para que os candidatos a governador de São Paulo apresentem suas ideias e planos de governo aos moradores do estado mais populoso e com a economia mais dinâmica do país.
[Fabíola Cidral]: No próximo dia 02 de outubro, um desses candidatos, de diferentes partidos e ideologias, será eleito para ocupar, pelos quatro anos, o Palácio dos Bandeirantes.
[Leão Serva]: Desde a redemocratização, debates como este se tornaram uma das principais oportunidades para que o eleitor forme a opinião e decida seu voto. Este evento tem a promoção conjunta da Rádio e TV Cultura, Folha de São Paulo e UOL.
[Fabíola Cidral]: Lembrando que este debate está sendo transmitido neste momento também, em tempo real, na Internet pelas páginas da Folha, do UOL, e pelas Rádios Cultura FM e Cultura Brasil, além também dos canais nas redes sociais, como YouTube, Facebook, Twitter e TikTok.
[Leão Serva]: Os candidatos estão posicionados no palco da esquerda para a direita do vídeo, conforme a ordem de um sorteio realizado na quinta-feira passada, na presença de todas as candidaturas, são eles: Vinícius Poit, do Partido Novo; Elvis Cezar, do PDT; Rodrigo Garcia, do PSDB; Fernando Haddad, do PT; e Tarcísio de Freitas, do Republicanos. Agora nós vamos ver as regras do debate.
[locutora]: No primeiro bloco, os cinco candidatos, conforme a ordem do palco, respondem, em um minuto, a uma pergunta sobre tema de programa de governo a ser sorteado na hora. As perguntas serão feitas pela jornalista Fabíola Cidral, apresentadora do UOL.
Em seguida, o primeiro confronto direto entre os candidatos: candidato indicado por ordem de sorteio escolhe outro candidato para responder à pergunta, que deve ter, no máximo, 45 segundos. A resposta terá 3 minutos, que podem ser divididos entre resposta de pelo menos um minuto e a tréplica.
O candidato que fez a pergunta tem direito a uma réplica de um minuto. Todos os candidatos perguntarão uma vez, e todos responderão uma vez. No segundo bloco, jornalistas das empresas que compõem o Pool fazem perguntas aos candidatos. Perguntas de 45 segundos e respostas de 3 minutos.
Todos os candidatos são perguntados. Em seguida, mais um segmento de confronto direto. Candidatos indicados, em ordem por sorteio na quinta-feira, escolhem um outro candidato para responder, com réplica e tréplica. Cada candidato pergunta uma vez e responde uma vez.
Os tempos são os mesmos do primeiro confronto. No terceiro bloco, um novo segmento de perguntas de jornalistas do Pool. O jornalista escolhe um candidato para responder e outro candidato para comentar a resposta. As respostas têm 3 minutos, que podem ser divididos entre resposta de no mínimo um minuto e a réplica.
O comentário tem um minuto e meio. Encerrando o debate, os candidatos fazem as suas despedidas em um minuto e meio. A ordem será inversa à abertura do debate. Em caso exclusivamente de ofensa moral e pessoal, e quando o candidato citado por terceiro não estiver em sua vez de falar, ou perguntar, poderá solicitar ao mediador direito de resposta imediatamente após o término da fala.
O mediador submeterá a avaliação ao comitê formado por dois jornalistas do Pool e um advogado. A resposta será dada ainda no mesmo bloco. Na hipótese de deferimento do pedido de resposta, serão concedidos 45 segundos.
[Leão Serva]: Vamos então às perguntas sobre programas de governo. Fabíola?
[Fabíola Cidral]: Vamos lá, Leão, vamos sortear os temas.
[Leão Serva]: Primeiro candidato a responder: Vinícius Poit. Ele falará sobre Segurança pública.
[Fabíola Cidral]: Segurança pública. Olá, candidato, boa noite, seja muito bem-vindo ao nosso debate, obrigada pela sua participação. A pergunta sobre segurança pública tem a ver com o combate ao racismo estrutural e sistêmico que existe na nossa sociedade, inclusive na área de segurança pública.
Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que 60% da população carcerária no Estado de São Paulo é composta por negros. 65% dos mortos em confrontos com a polícia no Estado de São Paulo são negros.
As duas perguntas que eu gostaria de fazer — na verdade uma tem a ver com a outra —, por que a polícia mata mais negros do que brancos e, caso o senhor seja eleito, quais serão seus projetos para que o senhor reduza isso e acabe com o racismo na segurança pública? O senhor tem um minuto para sua resposta.
[Vinícius Poit]: Primeiro, boa noite a todos. Queria aproveitar para me apresentar: eu sou o Vinícius Poit, empreendedor, único candidato aqui, gente, que não tem rabo preso com ninguém. O único candidato que não tem padrinho e não deve para político nenhum. Eu devo satisfação para você que está em casa e que quer um governo novo de verdade, empreendedor para tocar esse estado para frente.
Fabíola, essa pergunta é muito importante, e eu começo dando exemplo na minha chapa, buscando a Doris Alves, a minha vice-governadora: negra, mulher com muito orgulho e que conhece tudo de segurança pública, muito mais de segurança cidadã, de ter aquela polícia que retoma a confiança das pessoas.
Nós vamos fortalecer, inclusive, as guardas municipais, que é de onde a Doris vem, a experiência que ela tem. Nós vamos integrar as polícias: Polícia Civil, Polícia Militar, trabalhando mais perto, com mais dados e oferecendo apoio para a população não só com a polícia combatendo o crime, mas oferecendo o Estado também oportunidade.
[Leão Serva]: A segunda pergunta é para o candidato Elvis Cezar. O tema será? meio ambiente.
[Fabíola Cidral]: Candidato Elvis Cezar, muito obrigada pela sua participação, uma boa noite ao senhor. A pergunta sobre o meio ambiente tem a ver com crise hídrica. O Sistema Cantareira opera, neste momento, com apenas 32% de sua capacidade. No ano passado, o país já registrou a maior seca em 91 anos.
A expectativa para o próximo ano é de um novo período de estiagem. Como que o governo pode atuar para evitar falta d'água e a necessidade de um racionamento, como aconteceu já em crises hídricas aqui no Estado de São Paulo? O senhor tem um minuto para sua resposta.
[Elvis Cezar]: Uma boa noite a todos, eu agradeço a oportunidade à TV Cultura, à Folha de São Paulo e ao UOL. Quero também mencionar aqui a presença da minha vice, Gleides Sodré, e falar a respeito. Fui presidente do Conselho de Desenvolvimento Metropolitano no auge da crise hídrica e pude contestar e apoiar todas as medidas a efeito do novo Sistema São Lourenço. Nós vamos expandir essas obras.
E do mesmo modo, falar com as pessoas, com a eficiência da Sabesp, para que nós possamos assim mitigar os vazamentos e ter eficiência maior na prestação de serviços hídricos em São Paulo. Esse é o modo: recuperação de toda a mata ciliar e o Projeto Nascentes são fundamentais para o meio ambiente em São Paulo. Quero falar que sou Elvis, fui quatro vezes o melhor prefeito do Brasil. Elvis governador 12
[Leão Serva]: Agora o candidato Rodrigo Garcia responde a uma pergunta? sobre transporte.
[Fabíola Cidral]: Olá, candidato Rodrigo Garcia, boa noite, seja bem-vindo ao nosso debate. O assunto do transporte público tem a ver com metrô. O metrô da Cidade do México tem 200 quilômetros de linhas; o de São Paulo, que começou a ser construído mais ou menos na mesma época, tem a metade disso, 104.
Quando a gente olha para outras cidades do porte de São Paulo, como Nova York, por exemplo, 373 quilômetros. Londres, 400 quilômetros. A pergunta é a seguinte: é momento de desistir do metrô, investir em outro modal, ou qual é a dificuldade em ampliar o sistema de metrô de São Paulo?
[Rodrigo Garcia]: Boa noite, Fabíola, boa noite, Leão, boa noite a todos que estão nos assistindo em casa, cumprimentar a Cultura, o UOL e também a Folha de São Paulo por essa oportunidade, saudar aqui os nossos candidatos. Transporte coletivo de grande proporção como o metrô é fundamental numa megalópole como São Paulo.
São Paulo, nos últimos 20 anos, praticamente dobrou o número de quilômetros de metrô e, nesse momento, nós temos 35 quilômetros em obras.
A Linha 6 do Metrô, que é a maior obra da América Latina, com nove mil funcionários trabalhando, ligando ali a Brasilândia até o Centro da cidade; a Linha 2, que é a segunda grande obra, são oito quilômetros de metrô, da Vila Prudente até a Penha; a Linha 15, que vai lá da Anhaia Melo, na Zona Leste; a Linha 17 ali da Roberto Marinho; e a Linha 9 aqui da Marginal Pinheiros sentido Zona Sul.
É o maior conjunto de obras da história do Metrô de São Paulo, feitos com recurso do Estado. Nós não tivemos, infelizmente, ajuda do Governo Federal ao longo desses anos, e foi o dinheiro do contribuinte paulista que dobrou o número de quilômetros do metrô e que hoje faz 35 quilômetros de linhas em São Paulo.
[Leão Serva]: Candidato, seu tempo. Para a quarta pergunta que será feita ao candidato Fernando Haddad, o tema sorteado é Saúde.
[Fabíola Cidral]: Candidato Fernando Haddad, boa noite, seja bem-vindo ao nosso debate. Bom, a pergunta da saúde tem a ver com o que aconteceu durante a pandemia, mas não a ver com a pandemia, exatamente.
Os procedimentos não relacionados à Covid foram colocados em segundo plano durante a pandemia, na rede pública. O número de cirurgias de baixa e média complexidade, por exemplo, caiu quase que 60% nesse período. Há longas filas neste momento de espera para esses procedimentos, e a pergunta é: Qual é o plano para agilizar o atendimento na área da saúde em São Paulo?
[Fernando Haddad]: Muito boa noite, Fabíola, Leão Serva, em nome de quem eu cumprimento a TV Cultura, Folha e UOL. Cumprimento àqueles que nos acompanham da sua casa, cumprimento os demais candidatos.
O que eu penso é que o estado de São Paulo não se preparou para o pós-pandemia. Todos esses procedimentos foram represados. Nós temos, hoje, mais de um milhão de procedimentos aguardando o agendamento, e nada foi feito nos dois anos em que as coisas deveriam estar sendo preparadas justamente para esse momento.
A nossa missão é construir cinco hospitais gerais e 70 hospitais-dia. O que é o hospital-dia? Onde você faz a consulta, o exame e a cirurgia ambulatorial no mesmo lugar. Aqui em São Paulo nós entregamos 35 hospitais-dia. Só para você ter uma ideia, a fila pediátrica caiu de 160 dias para 58 dias depois dos hospitais-dias.
[Leão Serva]: Bom, eu vou sortear agora a última pergunta para o candidato Tarcísio de Freitas, sobre Educação.
[Fabíola Cidral]: Olá, candidato Tarcísio de Freitas. Boa noite, seja bem-vindo ao nosso debate. O assunto de educação tem a ver com infraestrutura e cuidado com as escolas públicas no estado de São Paulo.
Fiscais do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo fizeram vistorias em quase 500 escolas — de 348 cidades do estado —, e o cenário encontrado é grave. Banheiros sem vaso sanitário e sem porta, alimentos estocados no chão, teto com forro caindo, paredes com mofo, infiltração.
Quais são os projetos para melhorar a infraestrutura e a qualidade do ensino nas escolas públicas do estado? Um minuto para a sua resposta.
[Tarcísio de Freitas]: Boa noite, Fabíola, boa noite, Leão, meu abraço à TV Cultura, à UOL, à Folha de S.Paulo, parabéns pela organização deste debate. Meus cumprimentos aos meus caros colegas candidatos, meu abraço ao meu vice Felício Ramuth.
Eu sou Tarcísio, fui ministro da Infraestrutura durante o período do governo Bolsonaro, e conseguimos construir obras inacabadas, levar investimento, fazer a diferença para o Brasil, que vai se tornar mais competitivo e vai gerar muito emprego.
Nós vamos investir muito na educação, recuperando a infraestrutura das escolas, porque é preciso a gente ter boa infraestrutura e escolas conectadas para que a gente possa recuperar os conteúdos perdidos na pandemia. Vamos investir nas escolas de tempo integral, e, para isso, tem que ter infraestrutura.
Nós temos que recuperar para que a escola não seja um presídio de aluno, mas sim um local de aprendizado. Vamos dar as ferramentas para os alunos começarem a crescer, a se desenvolver, e a abrir as portas do mercado de trabalho com o programa Jovem Aprendiz Paulista, onde o aluno faz o ensino profissionalizante e já trabalha.
[Fabíola Cidral]: Termina assim, então, Leão, esse segmento de perguntas programáticas para os candidatos. Vamos para confronto. Eu volto daqui a pouquinho.
[Leão Serva]: Obrigado, Fabíola, daqui a pouco você volta. Agora, nós vamos ao primeiro confronto direto entre os candidatos. E lembro que esse debate tem transmissão em tempo real pela internet e pelas mídias sociais do UOL, da Cultura e da Folha de S.Paulo. Segundo a ordem do sorteio, o primeiro a perguntar é o candidato do partido Novo, Vinícius Poit. Candidato, para quem é sua pergunta?
[Vinícius Poit]: Candidato do PT, Fernando Haddad.
[Leão Serva]: 45 segundos para a sua pergunta, por favor.
[Vinícius Poit]: Fernando Haddad, eu vou dizer aqui para as pessoas que estão em casa o que eu ouço quando eu ando pelo Estado de São Paulo, e são três coisas, gente. Número 1: "PT defende bandido. Seja bandido político, seja ladrão de celular".
Número dois: "O PT está cheio de corrupto e ex-presidiário", tome como exemplo o ex-presidiário Lula. O PT engana e mente para a população. Essa história do Lula, que o MST não invadiu terra produtiva é mentira, gente. Invadiu e todo mundo viu o vídeo. Pegou o trator do pequeno produtor, passou em cima dos pés de laranja, lá na região de Bauru. Invadiu Prudente também.
São Paulo, Haddad, não quer isso. São Paulo quer paz para trabalhar e para viver. Você vai encarar essa realidade ou continuar no mundo de faz de conta do PT?
[Leão Serva]: Candidato Haddad, tem três minutos para a resposta e para a tréplica ao final.
[Fernando Haddad]: Na verdade, ninguém fortaleceu mais os órgãos de combate à corrupção e ao crime organizado do que o PT. Eu acho que você não tem conhecimento suficiente para falar desse assunto. Vou dar um exemplo para você.
Todos os presídios federais começaram a ser feitos pelo PT. A transferência dos presos dos presídios estaduais para os presídios federais, que desbarataram o crime organizado e o grande traficante, foi feita no governo Lula. Todo o fortalecimento da Polícia Federal, que hoje é manipulada para proteger família, nunca foi feito.
Nós nunca trocamos um superintendente da Polícia Federal de lugar para proteger quem quer que seja. Nós nunca indicamos um ministro do Supremo Tribunal Federal com o objetivo de depois pedir um favor, um troca-troca que foi tentado no começo do atual Governo Federal. Isso nunca foi feito.
A Controladoria-Geral da União, que, aliás, serviu de modelo para eu criar, aqui em São Paulo, a Controladoria-Geral do Município, que desbaratou cinco quadrilhas, Vinícius. Seu pai era secretário. Meu secretário, o seu pai, Wilson Poit.
Desbaratamos a quadrilha, a máfia do ISS, a Controlar, a máfia do túnel Roberto Marinho, a máfia do serviço funerário, a máfia da feira da madrugada, tudo isso foi desbaratado no meu governo, em apenas 18 meses. As máfias de São Paulo sumiram.
Mais de 30 pessoas foram presas depois da criação da Controladoria-Geral do Município. Então, eu penso que você tenta cultivar um tipo de postura que não contribui para a boa política no nosso país.
[Leão Serva]: Vinícius Poit tem um minuto para a sua réplica.
[Vinícius Poit]: Haddad, São Paulo não quer o PT. São Paulo quer prosperidade. São Paulo quer empreendedorismo. São Paulo quer liberdade, gente. São Paulo quer um governador que facilite a vida de quem trabalha e quem empreende. Pega como exemplo o pequeno agricultor, já que o senhor falou de cultivar, e do meu pai, que veio da roça e ralou muito e trabalha por São Paulo.
Seja lá quem estiver aí, Haddad, está com as casas de agricultura caindo aos pedaços, que a gente precisa reformar e transformar em Poupatempo do agro. Pega São Paulo do IAC, do Instituto Agronômico de Campinas, que o PSDB largou, e a gente vai reforçar o investimento.
Pega São Paulo de Ribeirão Preto, Arenópolis, os grandes canaviais são responsáveis por mais da metade do etanol produzido no Brasil. Pega São Paulo de Piracicaba, Vale do Silício caipira, com muito orgulho. Sabe onde é o maior produtor de borracha do Brasil, Haddad?
É Rio Preto, em São Paulo. Esse São Paulo não quer PT. Esse São Paulo quer prosperidade, e não quer invasão de terra produtiva.
[Leão Serva]: Fernando Haddad, ainda tem um minuto e dez para a sua tréplica.
[Fernando Haddad]: Eu ouvi a sua resposta sobre Segurança Pública e lamento te informar que você não está apropriado do que está acontecendo com a Segurança Pública em São Paulo. De cada três celulares roubados no Brasil, um é roubado em São Paulo. De cada três crimes de estelionato, que são os golpes de Pix e zap, no Brasil, um é em São Paulo. E sabe por quê?
Porque não se contrata investigador. Não se contrata investigador para pegar o andar de cima do crime organizado. Você, quando muito, prende em flagrante e não dá consequência para a investigação; e, sem investigação, você não chega no ninho que alicia os criminosos e que muitas vezes vendem facilidades para quem está sem um horizonte e sem uma oportunidade.
Nós fomos o partido que mais ofereceu oportunidades para os jovens. Três milhões e 400 mil bolsas do PROUNI, Vinícius. Sabe o que é isso? Gente pobre que passou a estudar e trabalhar nos nossos governos e encontrou o bom caminho do trabalho e da educação.
[Leão Serva]: Em ordem de sorteio, o segundo candidato a perguntar é Fernando Haddad, do PT.
[Fernando Haddad]: Queria perguntar para o Tarcísio. Tarcísio, a minha pergunta é sobre saúde: vacina, ela não é obrigatória por lei, nunca foi, mas todo governo faz campanha de vacinação, todo governo tem compromisso com a ciência, todo governo sabe que, para erradicar paralisia infantil e outras enfermidades, foi necessário muitos anos de trabalho a favor da vacina.
Repito: a vacina nunca foi obrigatória, ninguém tirou uma pessoa de casa para se vacinar, mas graças a essas campanhas nós atingimos mais de 90% de cobertura vacinal, servindo de exemplo para o mundo. Você acha que o Governo Federal agiu bem em relação à vacina?
[Leão Serva]: Tarcísio de Freitas tem três minutos para resposta e tréplica.
[Tarcísio de Freitas]: Haddad, o Governo Federal assinou o primeiro contrato para a compra das vacinas para o Covid em agosto de 2020, quando a vacina ainda não era uma realidade. A gente ainda não sabia se ela ia ser desenvolvida, se ela ia ter eficácia. Esse contrato com a AstraZeneca previa, inclusive, a transferência de tecnologia.
Há muitos anos o Brasil não fabricava insumo farmacêutico ativo em território nacional, e pela primeira vez a gente voltou a fabricar graças a esse contrato.
Assinamos outros contratos no decorrer de 2020 com o consórcio Covaxin Facility, nós conseguimos aplicar a primeira vacina um mês depois do primeiro vacinado no mundo — o primeiro vacinado do mundo foi vacinado em dezembro; o primeiro vacinado no Brasil foi vacinado em janeiro —, e nós investimos aí quase 30 bilhões de reais e adquirimos 500 milhões de doses.
O brasileiro podia escolher que vacina ia tomar, porque houve uma estratégia de diversificação de imunizantes. Então, o brasileiro que quisesse tomar uma vacina de RNA mensageiro, tomava.
Que quisesse tomar uma vacina de vírus inativado, tomava, e 80% da população brasileira tem o esquema vacinal primário completo, e isso fez com que o caso de vacinação brasileiro, o nosso case de vacinação, fosse um sucesso aí ao redor do mundo. A gente se saiu melhor do que vários outros países com relação a questão da Covid.
Nós vacinamos primeiro do que vários países desenvolvidos: primeiro que o Japão, primeiro que a Coreia do Sul. Então nós acreditamos sim na vacina, nós vamos ter uma política de enfrentamento a essas doenças, de estímulo à vacinação, de conscientização de pais, de mães para que os nossos jovens sejam vacinados.
E entendo que a vacina não deve ser obrigatória, a gente deve despertar essa consciência, e assim que nós vamos trabalhar. E vamos trabalhar na saúde como um todo, porque a saúde está precisando de cuidados, as Santas Casas de São Paulo estão precisando de cuidados, de alívio financeiro, elas prestam um relevante serviço, e nós vamos apoiar a rede de filantropia, nós vamos fazer com que essa fila de cirurgias eletivas seja extinta para que o paulista tenha realmente um atendimento médico de qualidade.
[Leão Serva]: Fernando Haddad, um minuto para sua réplica.
[Fernando Haddad]: Tarcísio, me permita discordar de você. Eu acho que o Presidente da República não deu um bom exemplo sobre vacina, fez pouco caso da pandemia, fez pouco caso dos e-mails que recebeu dos laboratórios produtores de vacina, cortou o auxílio emergencial antes da população estar vacinada.
Não foi um bom exemplo que ele deu, tanto é verdade que o índice de vacinação está caindo. Desde que o Bolsonaro assumiu a presidência, cai todo ano a cobertura de vacina, e nós estamos falando de criança, nós estamos falando de poliomielite, nós estamos falando de paralisia infantil.
Recentemente, eu vi uma declaração sua dizendo que, se você for eleito, os servidores públicos não vão ser mais obrigados a se vacinar. Não são obrigados, mas pensa bem: o professor, que lida com 30, 40 pessoas, crianças em sala de aula, um médico, um enfermeiro, você vai liberar ao invés de fazer— promover a vacina? Você vai liberar geral e dizer "vacina quem quer"? Você acha que isso é um bom exemplo?
[Leão Serva]: Candidato Tarcísio tem 44 segundos para sua tréplica.
[Tarcísio de Freitas]: Haddad, o nosso professor, o nosso profissional de saúde sabe a importância da vacina. O nosso servidor público sabe a importância da vacina. Eles estão se vacinando, e a gente não precisa obrigar, eles fazem isso porque é o caminho que precisa ser tomado, e o governo não precisa obrigar.
Ninguém precisa impor medidas restritivas a uma pessoa que, por alguma razão, não quer se vacinar. Nós vamos promover a liberdade: cada um terá liberdade de tomar sua decisão.
O governo conseguiu, graças às suas ações, preservar milhares de empregos durante a pandemia, preservar milhares de pais de família, salvou muita gente da pobreza com o auxílio emergencial. Nós tivemos aqui, só em São Paulo, doze milhões de beneficiários do auxílio emergencial, e isso salvou muita gente.
[Leão Serva]: Terceiro candidato a perguntar é Elvis Cezar.
[Elvis Cezar]: Eu faço a minha pergunta para o candidato Rodrigo. Candidato, os economistas em tempo de pós-guerra, e nós estamos vivendo um tempo de pós-guerra, que é o pós Covid, dizem que o Estado é o estimulador da economia.
Mas vocês, você e o João Dória fizeram tudo diferente, aumentaram o imposto do leite das nossas crianças, aumentaram o imposto da carne da mesa do trabalhador paulista, aumentaram o imposto dos remédios dos nossos idosos, aumentaram o valor do IPVA, aumentaram tanto e tantos impostos, e aí eu fico em dúvida com 54 bilhões no caixa, qual modelo do seu governo? É só no nosso?
[Leão Serva]: Candidato Rodrigo.
[Rodrigo Garcia]: Bom, Elvis, você acompanhou o início do governo, acompanhou o esforço que foi feito para a gente botar o Estado em ordem lá em 2019, afinal de contas, eram quase 10 bilhões de rombos no orçamento do Estado. Depois veio a pandemia que ninguém estava esperando, e o governo teve que tomar atitudes difíceis.
Eu assumi o governo de São Paulo há cinco meses atrás, e fui o primeiro governador do Brasil a reduzir o imposto e o ICMS da gasolina. Fui também, no mês de abril, quando mandei para a Assembleia Legislativa um projeto de lei sobre as diretrizes orçamentárias, reduzindo todos os impostos e voltando os benefícios fiscais a partir de 2023.
Naquela oportunidade, em 2020, era necessário ter recursos para abrir leitos de hospital, inclusive lá em Santana de Parnaíba, em Barueri, para construir novos hospitais, como nós estamos construindo ali em Barueri, na divisa com Carapicuíba.
Salvar vidas, isso foi fundamental para que naquele momento o Estado pudesse ter recursos para isso, e, naturalmente, nós conseguimos avançar no salvando vidas, comprando vacina e colocando à disposição de todos os prefeitos do Estado, inclusive Santana do Parnaíba e todos os municípios, recursos, respiradores e insumos necessários para combater a pandemia naquele momento.
E agora, como governador há cinco meses, já reduzi o ICMS da gasolina, já retornei os benefícios fiscais que foram retirados. E o que o Brasil viveu infelizmente nesse último período é o pior imposto que a gente pode pagar que é a inflação.
A desorganização de contas públicas, a Covid que interrompeu as cadeias produtivas no mundo, acabou desorganizando muito e a inflação voltou, e a população hoje sente a inflação no bolso que é o pior imposto que a gente pode pagar.
[Leão Serva]: Elvis Cezar tem um minuto para sua réplica.
[Elvis Cezar]: Desculpa, mas isso não é verdade. De 2020 para 2021, o Estado passa com 29 bilhões de reais de excesso de arrecadação. De 2021 para 2022, com 54 bilhões de reais. Qualquer coisa, eu publico o vídeo agora para ver se não é verdade o governador João Dória.
Aumentaram, estenderam o tempo de pedágio no último dia, por meio da sua secretaria, governador, e sem nenhuma possibilidade de reduzir o custo. Eu fico indignado, porque o povo tem sofrido com essa consequência. E Santana de Parnaíba criou 36 leitos para socorrer a região, governador.
E tem mais, o senhor não está exercendo liderança no seu partido, não está exercendo liderança na sua região, e não tem liderança para governar São Paulo. Eu tenho falado isso com muita propriedade, porque os resultados que você tem na sua região nem se comparam com a minha.
[Leão Serva]: Rodrigo Garcia tem ainda um minuto e 24, por favor.
[Rodrigo Garcia]: Elvis, bom, Santana é uma bela cidade, tem o Alphaville, tem tantos condomínios lá, o Tamboré, todo mundo quer muito bem a sua cidade, e estou trabalhando por aqui São Paulo, há 27 anos aqui, com os pés no chão, barriga no balcão, ajudando a construir esse Estado, trabalhando muito, fazendo de São Paulo o melhor estado do Brasil.
Participei, eu criei programas importantes que hoje... incorporado no dia a dia da sociedade. Agora a gente sabe que São Paulo precisa avançar mais nos próximos anos, por isso que eu quero uma chance para continuar governador pelos próximos quatro anos, com a caneta na mão, para a gente poder fazer mais pela saúde. Nesse momento, nós estamos construindo três grandes hospitais no Estado.
Aqui na região metropolitana, o hospital ali de Barueri, Carapicuíba, lá na divisa com o Rio de Janeiro, o hospital de Cruzeiro, lá em Franca, também, o hospital de Franca. Temos apoiado iniciativas de hospitais municipais, são mais de dez hospitais municipais que estão sendo construídos nesse momento com recursos do Estado.
Como governador de São Paulo, estou transformando todos os AMEs do Estado em AMEs oncológicos, integrando eles com a Rede Hebe Camargo de combate ao câncer. O câncer cada vez mais será prevalente numa sociedade como a nossa, e nós vamos continuar colocando o tratamento do câncer mais próximo da população.
Já estamos em 97 centros da Hebe Camargo, vamos passar de 100 centros nos próximos anos, para que a gente possa ter um estado cada vez mais acolhedor do ponto de vista da saúde e cada vez mais gerando oportunidades. São Paulo cresceu cinco vezes mais do que o Brasil e nos próximos anos nós vamos crescer ainda mais.
[Leão Serva]: O candidato Rodrigo Garcia faz a quarta pergunta. Pode fazer para Vinícius Poit ou para Elvis Cezar.
[Rodrigo Garcia]: Vou fazer para o Elvis Cezar. Ele gosta de debater comigo, vamos falar para o Elvis. Elvis, você foi prefeito de Santana do Parnaíba, seu pai. Seu pai inclusive foi deputado do meu partido até o começo deste ano.
Vários despachos nós tivemos juntos no palácio para atender demandas importantes do mandato dele, lá de Santana, quando você era prefeito, o atual prefeito, e você sabe o esforço que a gente está fazendo em grandes investimentos.
Aliás, eu convido toda a população do Estado a conversar com o seu prefeito, com a sua prefeita, com os seus vereadores, que são as autoridades municipais sobre o maior volume de investimentos que São Paulo está fazendo na história dentro de cada cidade.
E, portanto, a gente sabe que essas obras serão importantes para gerar emprego no futuro. A infraestrutura de São Paulo, que é a melhor do Brasil, precisa desses investimentos, para continuar dando oportunidades. Eu sei que você trabalhou na área da infraestrutura na sua cidade, qual a sua proposta para a infraestrutura de São Paulo?
[Elvis Cezar]: Olha, toda infraestrutura de São Paulo, eu quero, em primeiro lugar, falar de infraestrutura transporte. Transporte em São Paulo, nós estamos construindo o metrô com velocidade de tartaruga. Quando o governador fala de 32 quilômetros de metrô, nós estamos? É o maior atraso da história! Todo país subdesenvolvido tem metrô mais rápido do que São Paulo.
E essas atividades? e quando o meu pai vai despachar com o governador, ou vice-governador, é a respeito do interesse do povo de São Paulo, para buscar o que é melhor para o povo de São Paulo. O que nós precisamos é tirar do papel, com velocidade necessária, os projetos, não ficar estancando o orçamento e impedindo o crescimento econômico.
Nós temos 845 obras paradas em São Paulo, em atraso por meio do Tribunal de Contas. Isso não pode acontecer. São os empregos que estão parados em São Paulo. Você está desempregado porque o Governo do Estado de São Paulo não consegue tirar os projetos do papel.
[Leão Serva]: Rodrigo Garcia tem um minuto para a sua...
[Rodrigo Garcia]: O governo de São Paulo tem batido recordes de crescimento econômico e de geração de emprego. Nós estamos gerando mais de 33% dos empregos do Brasil e temos 25% da população. Estamos mostrando que nós estamos no caminho certo.
Agora, muita coisa precisa ser feita. Ali na sua região, na Zona Oeste da Grande São Paulo, nós estamos fazendo obras importantes, como a nova entrada de Osasco, a extensão das marginais da Castelo Branco, que vai desengargalar a entrada e a saída da cidade de São Paulo.
Nós vamos fazer uma nova rodovia que vai ligar Cajamar até a Castelo Branco, duplicando até a cidade de Jundiaí, para não vir no Rodoanel Oeste para acessar a Castelo. Nós estamos com mais de 11 mil quilômetros de obras nesse momento sendo feitas em São Paulo.
Somos o maior comprador de asfalto do Brasil, porque a gente faz obras de verdade, com emprego de verdade, com pedra, com asfalto, ou seja, nós temos hoje várias obras, e, para que isso continue, eu peço o apoio da população. A garantia de que a gente continue avançando é a eleição do governador Rodrigo para que São Paulo continue avançando nos próximos quatro anos.
[Mediador]: Elvis, ainda tem um e cinquenta e quatro.
[Elvis Cezar]: Desculpa, isso é conversa para boi dormir. E eu vou explicar cada passo para você que está em casa. A obra da Castelo Branco, nós temos lutado há dez anos, e sabe quem está pagando o povo? O povo de São Paulo por meio da extensão de dois anos do pedágio, sem possibilidade de redução. É essa a obra: o povo paga, e paga duas vezes.
Pagou para construir e paga agora para fazer a obra de arte, que há dez anos estamos esperando na entrada da Maria Campos, na cidade que tem o segundo PIB do Estado, a cidade de Osasco. Tem mais, é uma vergonha a situação do pedágio no Estado de São Paulo. É inadmissível! São bloqueios de desenvolvimento econômico.
E no último dia do governado Dória, Garcia, por meio da secretaria do atual governador, foi assinada um extensão de aditamento das praças da Anhanguera e da Bandeirantes por mais 15 anos, sem possibilidade de redução do valor do pedágio. É no mínimo estranho. E eu vou revisar cada aditamento desses. Aliás, eu vou auditar todas as praças de pedágio.
Porque eu quero saber se está certo. E vou ainda, da meia-noite às cinco, fazer uma proposta e colocar em prática, que é 50% para todos os caminhões de São Paulo. Abaixar o valor da comida, melhorar o salário do caminhoneiro, e, de quebra, resolver o problema de mobilidade, de trânsito, em todas as regiões de São Paulo, para gerar empregos.
São Paulo está cercado por pedágio. O agro está cercado por pedágio. O ABC cercado por pedágio. A região Oeste, Piracicaba, Bauru, toda São Paulo, nós não aguentamos mais esse valor absurdo.
[Leão Serva]: A última pergunta o candidato Tarcísio de Freitas faz para Vinícius Poit.
[Tarcísio de Freitas]: Vinícius, o ranking de competitividade divulgado hoje pelo Centro de Liderança Pública mostrou que São Paulo retrocedeu em áreas importantes como segurança pública. Se não tiver segurança pública, não tem investimento, eficiência e potencial de mercado.
O ranking mostrou também que São Paulo, hoje, é o nono estado mais desigual da federação, o que é incompatível com o estado mais rico do Brasil. Em 2015, era o décimo sétimo, então veja como se piorou nesses últimos anos. O paulista, o produtor, o empreendedor foi asfixiado com aumento de tributos. Nós temos a maior alíquota base de ICMS.
Te pergunto: no seu governo, o seu plano, como recuperar a competitividade? Como combater a desigualdade?
[Vinícius Poit]: Primeiro, candidato Tarcísio, você falou muito bem que a segurança é afetada no Brasil, a violência pública contribui para essa desigualdade. A violência pública que o outro candidato vem falar de celular aqui, é muito curioso, né?
Para quem tem um líder partidário que defende que roubar um celular, né, para fazer um dinheirinho não tem problema, quer falar de número de celular, acho que não assistiu o último debate aonde eu coloquei: 42 celulares são roubados por hora no Estado de São Paulo, Tarcísio. Isso aí a gente precisa corrigir com combate duro ao crime organizado, sabe?
Com reforço da Polícia Militar, dez mil homens que faltam na tropa, 15 mil homens na Polícia Civil, justamente para não só resolver a sensação de insegurança, gente, mas a sensação de impunidade também, além do fortalecimento das guardas municipais, da ocupação de território, porque a organização de território também influi na segurança pública.
E quando a gente fala de economia e competitividade, Tarcísio, aí eu volto para a segurança, porque problema de violência não se resolve somente com polícia, se resolve com oportunidade, se resolve com o governo chegando nas comunidades e nas favelas com escola de período integral, com ensino profissionalizante, com biblioteca, com esporte, com economia criativa e dando oportunidade para esses jovens, para ter como referência o trabalho, a escola, e não o crime organizado.
A gente precisa de um governo que a gente não vê priorizar a polícia, vê priorizar os políticos, a gente não vê priorizar o ensino profissionalizante, vê priorizar o toma lá, dá cá, que olhe para as pessoas e pare de olhar para os seus comparsas políticos.
Por isso que eu faço questão de dizer que essa é a única candidatura que não deve para político nenhum, que não tem rabo preso e que vai tirar o governo do cangote do empreendedor revogando todos esses aumentos de ICMS que foram citados aqui logo de cara, o que for por decreto, o que não for, encaminhando projeto para a Assembleia Legislativa.
Só assim, Tarcísio, com um governo empreendedor, com quem já abriu comércio e sabe a dificuldade que é lá na ponta, nós vamos retomar a prosperidade do Estado de São Paulo.
[Leão Serva]: Tarcísio de Freitas, um minuto para sua réplica.
[Tarcísio de Freitas]: Nós precisamos cuidar das pessoas, e nós temos um plano de governo que cuida das pessoas e retoma a competitividade.
Nós vamos mexer as alavancas para o desenvolvimento, aumentar a oferta de energia, aproveitar o gás do pré-sal, a energia fotovoltaica, o gás do resíduo sólido, fomentar as cooperativas de catadores, dar o crédito para o micro, para o pequeno empreendedor, para o pequeno produtor rural, que merece também o Seguro Agrícola, reduzir essa carga tributária; precisamos reduzir os impostos que foram aumentados vergonhosamente nesse governo do Doria com o Garcia.
Nós precisamos investir na capacitação profissional, e eu— e ter uma oferta de vagas direcionada para a vocação econômica de cada região. Investir em infraestrutura e fazer com que as obras de fato aconteçam, obras como os trens intercidades, como a expansão do sistema metroferroviário, que é competitividade na veia. Isso aí aumenta a produtividade.
E também investir na desburocratização, no governo digital. Essa é a saída para a gente crescer, ser mais competitivo e mais igual.
[Leão Serva]: Vinícius Poit, 53 segundos.
[Vinícius Poit]: O Estado de São Paulo precisa retomar aquele estado que a gente se orgulhava lá atrás, que atraía as pessoas para empreender, atraía as pessoas em busca de esperança e de prosperidade, e perdeu com 28 anos de PSDB no poder. Chega dos mesmos, gente.
Está na hora de a gente enxugar a máquina, reduzir secretarias, cortar cargos comissionados que só têm lá indicação política e não têm técnicos capacitados, e priorizar a população. Sempre lembrando que uma população não é só feita de obras grandes, a gente precisa olhar para aqueles que mais precisam e não deixar ninguém para trás. É segurança pública, é saúde, é educação e é assistência social.
Para pegar na mão, para dar o alimento nesse momento pós-pandemia, para dar capacitação, gente, socioemocional e profissional e dar o emprego no final da linha. O emprego é o melhor programa social e é o que vai fazer esse estado retomar o rumo da prosperidade.
[Leão Serva]: Termina aqui o primeiro confronto entre os candidatos. E no próximo bloco, mais debate direto entre eles e perguntas dos jornalistas do UOL, da Folha de São Paulo e da TV cultura. Não saia daí, que a gente volta já, já.
Participaram desta cobertura: Ana Paula Bimbati, Caê Vasconcelos, Isabela Aleixo, Felipe Pereira, Gabriela Vinhal, Gilvan Marques, Herculano Barreto Filho, Juliana Arreguy, Leonardo Martins, Lucas Borges Teixeira, Mariana Durães, Rafael Neves, Stella Borges, Wanderley Preite Sobrinho
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