Em gafe, Tarcísio troca consórcio da OMS por vacina alvo de escândalo
O ex-ministro Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), candidato a governo de São Paulo, confundiu o Covax Facility, consórcio da OMS (Organização Mundial da Saúde) para compra de vacinas contra a covid-19, com o imunizante Covaxin, que foi alvo de escândalo na pandemia após denúncias feitas na CPI da Covid, no ano passado.
A gafe foi cometida pelo político e aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) em debate promovido pelo UOL, em parceria com a TV Cultura e o jornal Folha de S.Paulo. Tarcísio respondia a uma pergunta do candidato Fernando Haddad (PT) sobre a queda das coberturas vacinais no país durante o governo Bolsonaro.
Em resposta, Tarcísio defendeu as medidas do governo federal na compra de imunizantes, mas misturou o nome do consórcio com a vacina indiana alvo de investigação no Brasil.
"Há muitos anos o Brasil não fabricava insumo farmacêutico ativo em território nacional, e pela primeira vez a gente voltou a fabricar graças a esse contrato. Assinamos outros contratos no decorrer de 2020 com o consórcio Covaxin Facility, nós conseguimos aplicar a primeira vacina um mês depois do primeiro vacinado no mundo", declarou o ex-ministro.
O que foi o escândalo da Covaxin? As investigações sobre o caso Covaxin começaram quando um funcionário do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda e seu irmão, o deputado federal Luis Miranda (Republicanos-DF), prestaram depoimento à CPI da Covid, no ano passado.
Aos senadores da comissão, os irmãos afirmaram terem avisado pessoalmente Bolsonaro sobre irregularidades no negócio, incluindo um pedido de pagamento adiantado de US$ 45 milhões não previstos em contrato. Ao final da CPI, Bolsonaro foi alvo de um pedido de indiciamento por nove crimes, inclusive o de prevaricação, que ocorre quando um servidor ou autoridade deixa de praticar um ato que seria de sua responsabilidade, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
Em abril desse ano, porém, a ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal) arquivou o inquérito contra Bolsonaro por prevaricação a pedido da PGR (Procurador-geral da República), Augusto Aras, que não viu crime do presidente.
Participaram desta cobertura: Ana Paula Bimbati, Caê Vasconcelos, Isabela Aleixo, Felipe Pereira, Gabriela Vinhal, Gilvan Marques, Herculano Barreto Filho, Juliana Arreguy, Leonardo Martins, Lucas Borges Teixeira, Mariana Durães, Rafael Neves, Stella Borges, Wanderley Preite Sobrinho
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