Leia a íntegra da entrevista de Bolsonaro ao Programa do Ratinho

O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi o primeiro entrevistado da nova série do SBT chamada de Candidatos com Ratinho. Segundo o apresentador, serão entrevistados, ao todo, os quatro presidenciáveis mais bem colocados nas pesquisas eleitorais.

A entrevista de Bolsonaro, que Ratinho falou ser apenas um "bate papo", durou meia hora e passou por temas como pandemia, economia e auxílios. O presidente aproveitou, mais uma vez, para fazer um aceno ao eleitorado feminino e reforçar ser contra questões como "ideologia de gênero", aborto e drogas.

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Leia a entrevista na íntegra:

[Ratinho]: Boa noite, começa hoje a série candidatos com Ratinho, nós convidamos os quatro candidatos que estão liderando as pesquisas. Hoje recebemos aqui Jair Bolsonaro, na segunda será Ciro Gomes, na terça Simone Tebet, e até agora, Luiz Inácio Lula da Silva ainda não confirmou a participação. Vamos conversar aqui com o presidente Jair Bolsonaro, é um bate-papo, uma conversa que a gente vai ter de 29 minutos, e daí o senhor vai ter um minuto, como é de praxe, mas o senhor fica à vontade presidente, nós vamos na verdade bater um papo, vamos conversar. O senhor pegou uma pandemia, uma pandemia que depois de cem anos uma pandemia no mundo todo. O senhor enfrentou pelo seu governo, enfrentou a pandemia, o que é que o senhor fez para ajudar povo nessa pandemia?

[Jair Bolsonaro]: Enfrentamos uma pandemia, uma seca não vista nos últimos 90 anos no ano passado, e uma guerra lá fora com efeitos também econômicos para o mundo todo, pandemia, dois anos, atacamos em duas frentes: o combate ao vírus, comprando vacina na certa, fomos um dos países que mais vacinou no mundo proporcionalmente, e também recursos para estados e municípios, para que a economia não quebrasse, e mais ainda, para atender os mais humildes, os mais pobres, criamos o Auxílio Emergencial. Só em 2020, pagamos o equivalente a 15 anos de Bolsa Família para 68 milhões de pessoas, isso evitou que tivéssemos um caos no Brasil, que as pessoas foram obrigadas a ficar em casa e não tinham renda para tal, então esse recurso ajudou que as pessoas sobrevivessem, também, outras coisas fizemos dois programas, chamado Pronampe e Bem, onde atendemos a iniciativa privada, pessoal das micro e pequenas empresas. Tanto é, Ratinho, que nós pegamos 2020 e 2021 e o número de empregos cresceu em quase três milhões, diferente de 2014 e 2015, quando não tivemos crise nenhuma e o Brasil perdeu quase três milhões de empregos, ou seja a economia foi muito bem conduzida pela equipe do Paulo Guedes, e atendemos a todos os setores, não tivemos problemas, se fosse, se fomos comparar agora o que está acontecendo na Europa, Estados Unidos e muitos países da América do Sul, você vê que o Brasil está indo muito bem graças a Deus.

[Ratinho]: Presidente o povo, a oposição diz que o senhor é muito pesadão, muito duro, que o senhor não fala muito com mulheres, que as mulheres não vão votar no senhor, o que o senhor tem para falar sobre mulheres? O que o senhor tem para falar sobre mulheres no Brasil?

[Jair Bolsonaro]: É narrativa, eu saio, estive hoje em Sorocaba, amanhã vou estar em Presidente Prudente, no sábado vou estar lá no interior do Pernambuco.

[Ratinho]: O que o senhor fez pelas mulheres do Brasil?

[Jair Bolsonaro]: Na ponta da língua, o número de violência contra mulher diminuiu assustadoramente, vários programas sociais para mulheres. Antes do meu governo, por exemplo, a marisqueira não tinha o seguro defeso, era dado só para o pescador, foi dado para ela, nós tivemos um cadastro de pessoas condenadas por estupro, essas pessoas vão estar marcadas a vida toda, fizemos várias operações. No meu governo, eu costumo dizer que foi o que mais prendeu machões pelo Brasil. Na nossa Caixa Econômica Federal, vários programas para as mulheres também, elas podem procurar a caixa presencialmente, por aplicativo, ela vai ver a quantidade de benefícios para elas, inclusive empréstimos, mais rápido, se uma mulher quer abrir, por exemplo um pequeno salão de cabeleireiro, ela vai na Caixa, pega um empréstimo de três mil reais e imediatamente, por exemplo se ela ficar grávida, por ocasião da licença maternidade, ela não paga isso que ela pegou emprestado por aquele período.

[Ratinho]: Naquele período ela para de pagar?

[Jair Bolsonaro]: Sim, nós por exemplo tivemos um programa que está dando certo contra o escalpelamento de mulher na região amazônica, que a mulher de cabelo grande no eixo dos barcos acabavam perdendo o couro cabeludo todo, é uma coisa terrível, medidas como essa foram adotadas no meu governo, isso que eu não gosto de mulher é uma narrativa, nada mais além disso, e as mulheres não estão entrando nessa pilha da oposição, nessa pilha da esquerda.

[Ratinho]: Agora quando a oposição fala que vai dar até picanha, que vai comer melhor, o senhor acha que essa carestia que deu nos produtos no supermercado do Brasil, foi uma carestia em função da pandemia?

[Jair Bolsonaro]: Alguns países têm desabastecimento, a inflação bateu lá em cima na questão dos alimentos em todos os países, o Brasil já está decrescendo o preço de todos os produtos da cesta básica, exceto do leite que tem subido um pouquinho ainda, então o Brasil é diferenciado.

[Ratinho]: Foi a pandemia que fez subir os preços.

[Jair Bolsonaro]: A pandemia, guerra lá fora...

[Ratinho]: Falando em guerra, deixa eu fazer uma pergunta aqui, todo mundo estava contra o Putin, o senhor foi lá falar com o Putin?

[Jair Bolsonaro]: Eu fui porque eu sou o presidente do Brasil e nosso homem do campo e mulher precisa de fertilizantes para que o agronegócio funcione, e nós ainda somos dependentes de fertilizante, então fui conversar com Putin, três horas de conversa, como nós estamos aqui conversando, tudo o que foi acertado ele cumpriu, da minha parte também, chegaram os navios aqui, quase 30 há dois meses e temos fertilizante para até meados do ano que vem garantido, graças a esse contato com o presidente Putin, logicamente, eu não tenho como evitar a guerra, mas eu não posso trazer a fome para dentro do Brasil, por uma questão pessoal, porque alguns querem levantar, criar barreiras comerciais contra o Putin e mais ainda, estamos negociando com Putin agora o fornecimento de diesel mais barato, porque nós não temos.

[Ratinho]: Diesel?

[Jair Bolsonaro]: Nós somos dependentes de diesel.

[Ratinho]: Nós não temos diesel, não fabricamos diesel?

[Jair Bolsonaro]: Nós somos autossuficientes em petróleo, até exportamos, mas não em refino, lá atrás, até em governo de esquerda, se gastou cem bilhões de reais e não fizeram nenhuma das três refinarias prometidas, então somos obrigados a importar, agora com nova presidência da Petrobras, novos horizontes, estamos negociando juntamente com o Ministério de Minas e Energia diesel com a Rússia.

[Ratinho]: Vai abaixar mais a gasolina?

[Jair Bolsonaro]: Daqui a dois meses vai ficar mais baixa a gasolina estava chegando a casa dos nove, hoje está chegando a R$ 4,50, o etanol está quase a metade desse valor.

[Ratinho]: Meu programa é um programa basicamente, um programa muito popular então eu tenho que falar com meu público, nós vamos baixar o preço da comida no supermercado?

[Jair Bolsonaro]: Vai baixar, vai porque olha só, o que nós estimulamos e muito no Brasil, nós titularmos terras, aquela pessoa que tinha uma propriedade e não era dona dela, era um lote apenas, ela passou a ter título da sua propriedade, já demos 402 mil títulos, essas pessoas entram na agricultura familiar, pega empréstimo, pode fazer venda direta para municípios, para fins educacionais, isso tem crescido assustadoramente, você pode ver só no meu governo, esse ano entreguei mais título que os oito anos do governo Lula e essas pessoas se transformam em cidadãos, não invadem mais propriedade de ninguém, deixam de ser escravos do MST, são pessoas que ganham dignidade com nosso governo e desses 402 mil títulos, 80% foram para as mulheres. Mais uma ação das mulheres, porque a mulher garantia que o homem, às vezes vende e...

[Ratinho]: Por que o senhor dá a chave da casa verde e amarela, o senhor entrega para mulher?

[Jair Bolsonaro]: Porque o homem pode fazer a casa, fazer negócio e a mulher vai cuidar do filho ali, o homem, as vezes sai de casa e não leva os filhos, a mulher fica com os filhos lá, então fizemos isso, quando você fala no Auxílio Brasil, que vier substituir o Bolsa Família.

[Ratinho]: Quanto que vai ser?

[Jair Bolsonaro]: R$ 600, ano passado nós aprovamos R$ 400 de forma definitiva, mesmo com o PT votando contra na Câmara dos Deputados, o PT era contra R$ 400, queria que continuasse em média R$ 190, tinha gente, Ratinho, família que ganhava R$ 80 reais por mês, passou a ganhar ano passado no mínimo R$ 400, no corrente ano, aumento mais R$ 200 reais e está em R$ 600 a partir do ano que vem vai ser definitivo.

[Ratinho]: Quer dizer se o senhor for presidente vai ser R$ 600.

[Jair Bolsonaro]: Vai ser R$ 600 já acertado com a equipe do Paulo Guedes, eu não falo sem conversar com o respectivo ministro, está acertado com Paulo Guedes, dentro da responsabilidade fiscal, está definitivo, quando é uma mulher, por exemplo, mãe solteira, chefe do casal, ela ganha R$ 1.200 por mês e se é mulher ou se esse homem que está ganhando o Auxílio Brasil, caso venha conseguir o emprego, ele não perde o Auxílio Brasil e ganha mais 200 reais ainda.

[Ratinho]: Se ele procurar emprego ele ganha mais R$ 200.

[Jair Bolsonaro]: Com Bolsa Família, o PT escravizava o pessoal do Bolsa Família, se ele conseguisse emprego ele perdia o Bolsa Família, no nosso governo não perde, ou seja é a saída para o emprego, então isso tudo repito, dentro do responsabilidade fiscal você não vai ter aumento do dólar, cair Bolsa, ter um problema no mercado por causa disso, porque nós fazemos dentro do teto e dentro da responsabilidade.

[Ratinho]: Agora presidente.

[Jair Bolsonaro]: Quero repetir, R$ 600 reais é um valor que hoje você compra mais, apesar de ter tido uma inflação dos produtos da cesta básica, você compra muito mais do que a média R$ 190 de preço um pouquinho mais barato da cesta básica.

[Ratinho]: Então, R$ 600 reais de hoje que vão continuar recebendo, compra mais do que Bolsa Família.

[Jair Bolsonaro]: Muito mais.

[Ratinho]: Auxílio Brasil compra-se mais coisa.

[Jair Bolsonaro]: Hoje em dia, levando-se em conta o salário mínimo, você bota muito mais gasolina no seu carro do que o salário mínimo de governos anteriores.

[Ratinho]: Muito bem, continuando aqui, agora presidente, esse estresse que o senhor passa como presidente, eu vejo que às vezes o senhor discute com algumas pessoas da imprensa, vale a pena ser presidente de novo?

[Jair Bolsonaro]: Eu tenho deixado de conversar com a imprensa para exatamente não ter estresse, porque a imprensa bate na ferida o tempo todo.

[Ratinho]: Por que a imprensa, uma parte da imprensa, bate tanto no seu governo, qual o motivo?

[Jair Bolsonaro]: Batem em mim desde de antes de ser presidente, me chamavam de tudo, só não me chamavam de corrupto, assumi o governo, eu trato, sempre tratei imprensa com dignidade, já dei minhas alopradas aqui, algum órgão de imprensa...

[Ratinho]: Tem uma que o senhor fica meio imbrochável?

[Jair Bolsonaro]: [Risos] Resiliente, resistente, essa que é a intenção, você não pode ceder, você pode ver, estamos há três anos e meio sem corrupção no meu governo, não adianta o pessoal querer inventar uma coisinha aqui, ah tentou comprar uma vacina não comprei aquela vacina Covaxin. Ah, o caso do MEC, não demos nenhum centavo para prefeito nenhum, por parte daquelas pessoas que estavam tentando lá de alguma maneira falar que exerço tráfico de influência, três anos e meio sem corrupção, as estatais até alguns anos davam prejuízo, lucro baixíssimos, o ano passado chegou a R$ 180 bilhões o lucro das estatais, o Correio, Ratinho, está dando lucro, quem diria, o Correio foi um grande foco de corrupção onde nasceu o mensalão, foi lá nos Correios em 2004 que nasceu o mensalão, hoje o correio é diferente, dá lucro.

[Ratinho]: Correio de hoje dá lucro. Brasileiro hoje dá lucro.

[Jair Bolsonaro]: Diminuímos certas tarifas do Correio, você pode ver o governo nosso tem diminuído impostos como diminuímos em 35% o IPI de quatro mil produtos, zeramos os impostos federais da gasolina, do diesel, do etanol, entre tantos outros impostos e o governo está arrecadando mais, é porque a economia está sendo movimentada, o desemprego está em queda o PIB está em alta, a informalidade já voltou aos níveis de antes da pandemia.

[Ratinho]: O senhor fez a reforma da previdência, que ninguém acreditava, acabou fazendo a reforma da previdência, por que não se faz a reforma tributária para diminuir mais ainda o imposto?

[Jair Bolsonaro]: Eu falo para o Paulo Guedes, que de 28 anos que fiquei dentro do parlamento não tivemos a reforma tributária, o Paulo Guedes, a ideia dele é diminuir o alcance da reforma tributária, fazer por parte, está caminhando e tenham a certeza que temos a possibilidade de ter uma boa reforma não como nós gostaríamos de tê-la no corrente ano e também buscar a diminuição da carga tributária, isso é muito importante porque se paga ainda muitos impostos no Brasil, a ideia do Paulo Guedes, por exemplo, eu falei em reduzir em 35% o IPI de quatro mil produtos, ele quer chegar a 100%, quer extinguir o IPI, você pode ver que alguns governadores reclamam que a fatia do IPI sempre vai para ele, esse dinheiro, ele gasta em outra coisa e gera imposto da mesma maneira.

[Ratinho]: Muito bem, na área de segurança, eu estava vendo, num jornal, acho que aqui no SBT mesmo, estava vendo no jornal, 57% do território do Rio de Janeiro foi tomado pelas milícias, como é que o governo federal pode combater isso?

[Jair Bolsonaro]: Primeiro você tinha que ter o apoio do Supremo Tribunal Federal, o Supremo decidiu que muitas áreas do Rio de Janeiro, a Polícia Militar não pode agir, agora esse problema é crônico no Rio de Janeiro desde a muito, nós trabalhamos muito para evitar a entrada de armas lá no Rio de Janeiro, armas pesadas, armas que você compra na casa de comércio, porém não, é difícil isso, temos feito, tem crescido no nosso governo a quantidade de operações em conjunto com as 27 unidades da Federação, bem como o trabalho da PF e da PRF, você pode ver nosso governo diminuiu a metade o número de roubo a bancos, diminuiu a violência em 40%.

[Ratinho]: Armar a população ajuda a reduzir o crime?

[Jair Bolsonaro]: Se tivesse aumentado teria, nosso decreto foi dado direito ao cidadão de bem com critérios comprar uma arma para alguns ter a posse de arma de fogo, a posse inibe a violência, qual estado que tem o menor índice de violência no Brasil por cem mil habitantes? Santa Catarina, por quê? É o estado que tem mais clube de tiro, é o estado que tem muita gente com posse de arma de fogo também, inibe, ninguém hoje em dia vai entrar numa fazenda sabendo que o fazendeiro está armado, ele pensa dez vezes antes e o bandido também pensa na sua vida, a única coisa que ele teme é a vida dele, mais nada, tem diminuído a violência bastante no Brasil.

[Ratinho]: Vamos falar de uma coisa que seu governo apanhou muito o negócio do Meio Ambiente, seu governo sofreu severas crises no mundo inteiro falando, artistas do mundo inteiro falando e essa questão do Meio Ambiente, presidente, não tem como melhorar isso?

[Jair Bolsonaro]: Esse pessoal que critica nunca estiveram na Amazônia, até brasileiro, Ratinho, você deve conhecer colega teu que critica, já foi na Amazônia, já fez uma viagem, por exemplo de Manaus a Boa Vista de Roraima, nunca fizeram.

[Ratinho]: Não.

[Jair Bolsonaro]: Dois terços do território nacional está da mesma forma de quando esteve aqui Pedro Álvares Cabral em 1.500, nós preservamos dois terços do nosso território, a Região Norte do Brasil, qualquer proprietário é obrigado a preservar 80% da sua propriedade, aqui mais ao Sul ele preserva 20%, e você vê mata ciliar e manchas verdes por aí, coisa que você não vê na Europa e Estados Unidos, quem quer cuidar da nossa mata, cuida da sua primeiro é uma briga, países estimulam essa briga para desestimular que se compre produtos do campo plantados aqui no Brasil, essa é uma grande guerra que nós vivemos é uma realidade. Quem teve a chance, eu depois de presidente voei Europa, e voei Estados Unidos, você não vê preservação por lá, a própria Europa voltou a consumir, a própria Alemanha voltou a produzir carvão, outros países voltaram a ter energia nuclear. O Brasil é um exemplo, hoje nós temos o ministro Juca do Meio Ambiente, que já começa sair do papel só Costa do Nordeste, termos eólica "offshore" são as torres que podem produzir energia equivalente a 50 Itaipus e por falar em Itaipu, Ratinho, o estado que você tem um carinho por ele, a Itaipu binacional é um zelo, tanto é verdade com o dinheiro da Itaipu, nós concluímos agora, só falta inaugurar a segunda ponte do Brasil para o Paraguai, nós aumentamos em 600 metros o aeroporto de Foz do Iguaçu, podendo pousar qualquer tipo de aeronave lá, já começamos a fazer a segunda ponte de porto montinho para Carmelo, a rota está traçada por nosso governo, trabalho, dinheiro, de Itaipu, que no passado você não sabia para onde ia, você apenas conhecia Itaipu binacional como uma empresa que gerava energia e mais ainda, o estado do Paraná, parabéns ao governador lá, numa política própria dele de colaboração ele concluiu agora esse ano 80 PCHs, pequenas central hidrelétricas que pode gerar energia para 20, 30, cidades com 50 mil habitantes, peixe com tecnologia Embrapa, lá o lago de Itaipu, está sendo trabalhado o ex-secretário Jorge de Santa Catarina, nós praticarmos a piscicultura no lago do Itaipu nacional, dependendo do ok do Paraguai, e nós podemos aumentar em até 40% o volume de pescado no Brasil e para gente facilitar a questão da piscicultura que vai explodir a partir do ano que vem. Já está decidido que a partir do ano que vem o imposto para ração de peixe será zerado, por sugestão do Jorge, secretário da Pesca, isso tudo acontece porque eu tenho um grupo de ministros e de secretários escolhidos por critérios técnicos que tem compromisso com o Brasil e não com o partido político.

[Ratinho]: Presidente a saúde no Brasil sempre foi um problema, agora, tem jeito de melhorar?

[Jair Bolsonaro]: Tem. Está melhorando, o grande... O legado da pandemia, a gente lamenta as mortes, mas tivemos o legado a quantidade de leitos de UTI pelo Brasil todo, o melhoramento de muitos hospitais, nós aqui, eu sancionei, o congresso aprovou, o novo piso para os enfermeiros, lamentavelmente há suspeita na decisão monocrática do ministro barroso.

[Ratinho]: Estava 5 a 3.

[Jair Bolsonaro]: Espero que de 6 a 5 para nós, votou a nosso favor o Kassio Nunes e o André Mendonça, está 5 a 3 para eles, espero que o Supremo não interfira em mais uma coisa que não é competência deles, eles têm que jugara a questão de constitucionalidade isso é outra história, a saúde vai melhorando e a questão das mídias sociais, houve uma revolução no Brasil, hoje Ratinho qualquer pessoa do povo sabe quem é o deputado, senador, vereador, o que ele faz, o que deixou de fazer, participa, critica, está melhorando muito o Brasil, ainda com a liberdade de expressão que nós temos, ainda, porque algumas pouquíssimas pessoas quer roubar essa nossa liberdade de expressão.

[Ratinho]: Bom, mudaram alguns ministros de Educação no seu governo não é? Acho que quatro ministros da Educação, quando muda um ministro da Educação não muda todo o sistema educacional?

[Jair Bolsonaro]: É um Ministério que tem gente antiga lá de outros governos, a gente não costuma falar de aparelhagem, não é fácil mexer na educação, nós sofremos com a educação durante a pandemia, eu não fechei a academia das agulhas negras, nenhum cadete foi hospitalizado ou morreu por causa da covid, porque o jovem é assintomático, mas entenderam contrário e a questão não foi minha coube a governadores e prefeitos e reitores tomarem essa decisão, teve programas e aplicativos que milhares de municípios tem usado para alfabetizar o jovem, tem alguns poucos professores em dificuldade de alfabetização, hoje está em aprendizado com programas do MEC e estamos recuperando o tempo perdido de dois anos e nós temos realmente o pior índice da prova do pisa de educação, logicamente você não pode piorar mais né? Está no último lugar, vamos melhorar temos certeza.

[Ratinho]: Bom a gente vê alguns comentários: ah, o presidente se perder a eleição não vai entregar o governo, o senhor vai entregar o governo?

[Jair Bolsonaro]: Eleições limpas você não tem o que discutir, Ratinho, eleições limpas você não tem que discutir, o que eu não consigo entender é que em qualquer lugar do Brasil, não de agora, desde antes, a gente é recebido com muito carinho, não só no local do evento, mas nos lugares tudo, você pode ver semana passada Tocantins, e amanhã, estaremos em Presidente Prudente, depois em Pernambuco.

[Ratinho]: Sexta-feira eu vi pela agenda uma cidade onde ela é colonizada por ucranianos.

[Jair Bolsonaro]: Sim, esqueci o nome da cidade.

[Ratinho]: Prudentópolis.

[Jair Bolsonaro]: Prudentópolis, a sugestão foi minha, nós temos quase 600 mil ucranianos no Brasil, eu quero dar a palavra deles para falar comigo porque estão sofrendo com a guerra com seus parentes, nós abrimos o Brasil, assim como abrimos para haitianos, como outras pessoas que estavam sofrendo.

[Ratinho]: Venezuelanos.

[Jair Bolsonaro]: Também abrimos para ucranianos no Brasil, muitos vieram para cá com passaporte emergencial.

[Ratinho]: A Argentina está praticamente falida, o senhor não tem perigo do Brasil também entrar nessa?

[Jair Bolsonaro]: Eu tenho falado, por exemplo, Venezuela, o país mais rico do mundo em petróleo e temos o povo mais pobre que o povo haitiano tendo em vista as escolhas dos seus representantes, a esquerda, o socialismo, o comunismo não deu certo em lugar nenhum no mundo, o povo argentino optou pela volta da turma do foro de São Paulo, aquele pessoal de esquerda e a economia está ladeira abaixo, a proposta do governo para diminuir o preço da carne é evitar a exportação, a gente não sabe que o produtor não vai criar alguma coisa com preço tal e vender mais barato de forma obrigatória, ele vai acabar não produzindo mais, um país também que está com alguma complicação é o Chile, que sempre esteve arrumadinho e outro agora entrou nessa rota foi a Colômbia. Ratinho se você for em Roraima e ver chegam 600 haitianos em média por dia no Brasil, a maioria mulheres e crianças, fugindo da fome, eles chegam pesando em média menos quinze quilos e não traz, você sabe que o ser humano tem uma parte considerável de amor por gato e cachorro, gato eu não gosto muito, mas cachorro sou apaixonado, eles não chegam com nenhum cachorro, porque todos são comidos pela fome na Venezuela, e sabemos que o maduro é amigo do Lula, amigo do presidente da Argentina, quando era candidato visitou o Lula na cadeia, que é amigo do atual presidente da Colômbia, do Chile, que é amigo ratinho, acredite do atual ditador da Nicarágua, o atual ditador da Nicarágua prendo padres, fecha TVs e rádio católicos e expulsa freiras de lá e chama o pessoal, esse pessoal católico, que lá a religião que mais impera é o catolicismo, de fascistas. Expulsa essas pessoas de lá, nós não podemos chegar que isso chegue no Brasil, porque o ex-presidente que é candidato falou que cada presidente pode fazer o que bem entender no seu país, não é bem assim não, está perseguindo católico lá é sinal que ele pode fazer o mesmo aqui no Brasil, pode não, vai fazer porque ele disse há pouco tempo que vai botar no seu devido lugar padres e pastores do Brasil, caso chegue a presidência e mais grave, vai legalizar o aborto, vai legalizar aqui as drogas no Brasil e vai manter a política terrível conhecida comido elogia de gênero, e ninguém quer uma filha tua de seis, sete, anos de idade, vá no banheiro da escola e encontre um molecão de 15, 16 anos fazendo xixi no banheiro, nós não podemos admitir a volta da esquerda no Brasil. E o senhor se lembra quando começou isso tudo, no governo Lula infelizmente.

[Ratinho]: Agora a Marina Silva hoje falou que vai apoiar o Lula.

[Jair Bolsonaro]: Ela fez algumas exigências, vou falar só uma, que apavora todo mundo e o Lula aceitou: demarcar todas as terras indígenas pendentes no Brasil.

[Ratinho]: O que acontece?

[Jair Bolsonaro]: São quase 500 novas indígenas no Brasil, hoje você tem 14% das terras demarcadas como terras indígena, São Paulo, minas, Espírito Santo e Rio de Janeiro, dobraria isso, ao dobrar isso você inviabiliza o agronegócio no Brasil, muita gente tem fazenda por aí, se isso vier acontecer vai perder sua fazenda, vai ser um caos no Brasil, nós deixaremos de ter nossa garantia alimentar e não teríamos como exportar o suficiente por falta de área para produzir fazendo com que mais de um bilhão de pessoas se alimente. Nós não podemos aceitar no Brasil.

[Ratinho]: Fala de um erro do seu governo que o senhor acha que não deveria ter feito.

[Jair Bolsonaro]: Falar alguns palavrões de vez em quando, que o pessoal leva para outro lado. O resto foi feito corretamente.

[Ratinho]: O senhor é militar durão é isso?

[Jair Bolsonaro]: Eu falo palavrão, mas não sou ladrão, isso choca as pessoas, a maneira de falar é grosseira e o pessoal me critica, agora pessoal ninguém está procurando um marido para casar com ele, o marido tem que ser... Você sabe que em casa tem a máxima, manda quem pode e obedece quem tem esposa.

[Ratinho]: Dona Michelle manda na casa.

[Jair Bolsonaro]: Manda, as vezes se irrita comigo.

[Ratinho]: Quem manda mais, a Laurinha ou a Michelle?

[Jair Bolsonaro]: A Michelle. A Laurinha consegui trazer para meu lado.

[Ratinho]: Presidente vou fazer uma pergunta que é muito importante para meu público, no seu próximo governo caso o senhor se eleja nós temos condição de abaixar o preço, o valor da comida para o povo brasileiro poder comer melhor ou parar de falar que tem 30 milhões de pessoas passando fome.

[Jair Bolsonaro]: Ratinho o preço do alimento explodiu no mundo todo, no Brasil cresceu bastante, sim, mas foi o que menos cresceu, e os sinais já estão aí, o óleo de soja estava R$ 13 o litro, está a metade disso, os produtos da cesta básica, nós zeramos impostos federais de forma definitiva, com incremento da agricultura familiar, que realmente ajuda levar comida a mesa do trabalhador, isso vai continuar caindo, nós demos 14 mil títulos, mais títulos que Lula, Dilma e Temer juntos, ou seja o Brasil está crescendo, os alimentos vão cair de preços e ninguém precisa se preocupar com desabastecimento ou falta de alimento, que é mesma coisa no Brasil.

[Ratinho]: Bom eu vou te dar dois minutos, aliás já dei todo continua a falar desse jeito, porque fica mais fácil.

[Jair Bolsonaro]: Vamos continuar conversando com Nordeste.

[Jair Bolsonaro]: Era para ter acabado a transposição em 2012, não acabou, desviou-se dinheiro e não se fez nada, assumimos o governo, passo a transposição do são Francisco em grande parte devemos ao ministro Rogério marinho do Rio Grande do Norte, e concluímos essa obra que estava parada, por quê? Não roubamos, fizemos o que tinha que ser feito. Quando você fala em Pix, por exemplo, nós transformamos mais de...

[Ratinho]: Aliás uma notícia boa, o Banco Central, o Brasil vendeu o Pix, a tecnologia do Pix, não sei se o senhor está sabendo, mas o Banco Central vendeu para Colômbia, Canadá.

[Jair Bolsonaro]: Estados Unidos?

[Ratinho]: Não vou lembrar o nome da cidade.

[Jair Bolsonaro]: O que acontece o Pix deu certo, foi levado ao banco central em 2020, quando nós criamos o auxílio emergencial alguns queriam que déssemos para prefeito, porque ia ter desvio a vontade e grande parte dessa população que recebeu nunca tinha tido uma conta no banco passou a ter, com a conta na mão, e aí nosso governo, o banco central teve a ideia de criar o Pix, o Pix hoje mais de cem milhões de pessoas que usam, detalhe ratinho não tem taxa, você quando queria transferir dinheiro no passado você pagava alguma coisa, não tem taxa e automático, são mais de um bilhão de movimentações por mês não vai ter taxa no meu governo, e o Pix ajudou a movimentar a economia do Brasil, e também você pode ver, estamos aposentando o caixa eletrônico, o cara comerciante que funcionava até depois do funcionamento de horário de funcionamento do banco, ele continuava e quando ele deixava sacar o dinheiro não era assaltado.

[Ratinho]: Acabou o programa infelizmente, muito obrigado presidente e boa sorte nas eleições.

[Jair Bolsonaro]: Obrigado.