Leão Serva: Douglas Garcia fez BO como 'vacina'
Em participação no UOL News, o diretor de jornalismo da TV Cultura, Leão Serva, voltou a criticar a postura do deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos) ao atacar a jornalista Vera Magalhães. O deputado afirmou que registrou um boletim de ocorrência e, para Serva, Garcia apenas registrou o boletim para alguma futura eventualidade.
"Ele poderia ter ido à polícia para alegar que houve algum tipo de constrangimento a ele ou alguma coisa assim. Ele visivelmente fez o boletim de ocorrência como uma espécie de vacina para a eventualidade de que evidentemente ele vai ser tema de vários tipos de ataques e questionamentos de diferentes instâncias", disse.
Serva também afirmou que "chegamos ao limite desse tipo de comportamento violento" e, por isso, tem alguma esperança que o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo tome alguma providência contra o deputado.
"Tenho certo otimismo em relação a esse questionamento no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa. Por outro lado, cabe uma queixa-crime contra o deputado pelo uso do seu posto e seu cargo, pelo uso desmesurado e completamente irregular da cadeira que ele tem na Assembleia Legislativa. Acho que várias atitudes vão ser tomadas e ele fez o boletim de ocorrência como uma espécie de vacina, para se precaver".
Mariliz: Bolsonaro volta a trazer elementos que assustaram parte do eleitorado
"Esse discurso que ele faz é um discurso para a militância e para o eleitor mais radical. Ele volta a trazer elementos que, na eleição passada, em 2018, assustaram uma parte do eleitorado", analisou a comentarista do UOL News Mariliz Pereira Jorge. Ela se referiu a uma fala transfóbica do presidente durante o comício em Presidente Prudente que afirmou "não quero que minha filha de 11 anos, ao ir ao banheiro da escola, encontre um marmanjo de 15 fazendo xixi no mesmo banheiro".
Mariliz também relembrou que, nas últimas eleições, Bolsonaro adotou a tática de atacar questões de identidade e sexualidade, sempre com o tom de proteger crianças da chamada "ideologia de gênero".
"O livro que ele levou na entrevista do 'Jornal Nacional', dizendo que as escolas estavam ensinado crianças de 6 anos a fazerem sexo, agora ele traz de novo insinuações envolvendo crianças e coloca a filha dele, inclusive, nessa questão. Para mim é um ato de desespero".
Bombig: Bolsonaro faz ameaça cifrada ao defender armas
"Sempre uma ameaça cifrada, essas frases do Bolsonaro são muito cifradas", começou. "Quando o presidente da República sobe em um palanque, em um ambiente totalmente favorável a ele, porque comício dele só vai ter gente que pensa igual a ele, e defende o armamento, que pessoas permaneçam armadas e depois faz uma mensagem bastante cifrada, 'esperem acabar as eleições', 'jogaremos dentro das quatro linhas da Constituição', não dá para entender se ele está dizendo que se perder jogará dentro das quatro linhas e passará a faixa, como é o que tem que acontecer com o perdedor", completou o colunista do UOL Alberto Bombig sobre falar de Jair Bolsonaro em comício realizado em Presidente Prudente, São Paulo.
Bombig também destacou que o momento de violência política vivido no país acaba desfavorecendo o discurso de Bolsonaro. "O encadeamento dos assuntos, os dois temas, armamento da população com o pós-eleição, não é uma boa. Entendo que é jogar gasolina na fogueira".
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