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Ex-Petrobras e alvo da Lava Jato doa R$ 8 mil para campanha de Lula

16.set.2022 - Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concede entrevista a jornalistas em Porto Alegre - Reprodução/YouTube/Lula
16.set.2022 - Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concede entrevista a jornalistas em Porto Alegre Imagem: Reprodução/YouTube/Lula

Do UOL, em São Paulo

19/09/2022 19h31Atualizada em 19/09/2022 19h58

Armando Ramos Tripodi, ex-gerente de Responsabilidade Social da Petrobras e um dos alvos da extinta operação Lava Jato, doou R$ 8 mil para a campanha eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pelo Palácio do Planalto. Apesar de ter sido alvo da operação, Tripodi não foi condenado.

A doação já está disponível no site Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais, sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com informações dos candidatos que solicitam registro à Justiça Eleitoral e que divulga recursos financeiros das campanhas.

No sistema, a doação consta como feita no dia 12 de setembro através de transferência eletrônica.

Segundo a revista Veja, em 2018, Tripodi doou R$ 4 mil para a campanha de Fernando Haddad à presidência da República.

Lava Jato

Segundo uma reportagem da Folha de S.Paulo, de 2018, Tripodi também atuou como chefe do gabinete da presidência da Petrobras nas gestões de José Eduardo Dutra e José Sérgio Gabrielli entre os anos de 2003 e 2012.

Ele também foi diretor da FUP (Federação Única dos Petroleiros) e fundou o Departamento Nacional dos Petroleiros da CUT (Central Única dos Trabalhadores).

Em 2016, foi alvo de condução coercitiva na 23ª fase da Operação Lava Jato, conhecida como Operação Acarajé, sob suspeita de, através de uma reforma em casa, ter recebido dinheiro irregular.

Tripodi foi denunciado por corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro, entre 2011 e 2013, por ter supostamente pedido propina em troca de facilitar o acesso e contato com o então presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. Segundo informações no site do MPF (Ministério Público Federal), a propina ocorreu por meio do pagamento da aparelhagem de som e serviço de automação na casa de Tripodi, no valor de R$ 90 mil.

Apesar de ter sido denunciado pelo MPF, o ex-gerente não foi condenado.

A 23ª fase da Lava Jato ficou conhecida por também mirar o publicitário João Santana, marqueteiro conhecido por liderar as campanhas presidenciais petistas, e a mulher dele, Mônica Moura. Neste caso, ambos foram condenados, em 2017, pelo então juiz Sergio Moro, hoje candidato a uma vaga ao Senado Federal pelo Paraná.