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A onze dias das eleições, Bolsonaro transforma live em 'horário eleitoral'

21.set. 2022 - Presidente Jair Bolsonaro (PL) durante live  - Reprodução
21.set. 2022 - Presidente Jair Bolsonaro (PL) durante live Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

21/09/2022 19h31Atualizada em 21/09/2022 19h57

Após anunciar que faria lives diárias com a proximidade das eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) antecipou para hoje o evento que tradicionalmente acontece às quintas-feiras e transformou a transmissão em uma espécie de 'horário eleitoral gratuito'. Ele afirmou que essas são "as eleições mais importantes da história" e pediu votos para aliados.

"Estamos aí numa reta final, faltam aí 11 dias para as eleições. Entendo que sejam umas eleições que, as mais importantes da história do Brasil. Muita coisa em jogo, tá!? Até pela polarização das mesmas. Cada um é livre para votar em quem bem entender, o voto é soberano, né?! Qualquer um vai lá na urna e digita seus candidatos. Obviamente eu faço um apelo para os candidatos que estão do nosso lado, os partidos que estão coligados conosco", disse.

Bolsonaro disse que seguiria uma estratégia também usada na eleição de 2018, quando concorreu à Presidência e foi eleito. Na live de hoje, Bolsonaro fez campanha para mais de 30 nomes, de todas as regiões do Brasil, e mostrou santinhos impressos de candidatos aos governos de estados, Senado e à Câmara dos Deputados. Foram quase 12 minutos dedicados ao momento de propaganda eleitoral.

Candidato à reeleição, Bolsonaro indicou ex-ministros, como João Roma, que é candidato ao governo da Bahia, e o atual vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos), que concorre ao Senado pelo Rio Grande do Sul. O presidente disse que não se pode deixar "dividir votos", nem "deixar a esquerda assumir".

"Temos lá no Rio Grande do Sul o nosso Mourão, candidato ao Senado. Eu peço pro pessoal, tem gente que tem simpatia por outro candidato, é um direito dele. Só peço que vote em alguém afinado conosco, né? E tem gente aí que sabe que não tem chance, apenas atrapalha, tira voto de quem pode chegar, não podemos deixar a esquerda assumir, vir com um senador para o Rio Grande do Sul", afirmou.

A última pesquisa Ipec sobre a disputada do Senado pelo Rio Grande do Sul, de 16 de setembro, apontou Olívio Dutra (PT) e Ana Amélia (PSD) empatados tecnicamente em primeiro, dentro do margem de erro, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Olívio tinha 25%, Ana Amélia 23% e Hamilton Mourão, 16%.

Ao indicar o candidato ao Senado pelo Paraná Paulo Eduardo Martins (PL), o presidente ressaltou que o político "se lançou um pouco tarde", e sugeriu que a posição dele nas pesquisas seria resultado disso. No entanto, ressaltou que "nunca acredita em pesquisa".

"E temos também o Paulo Eduardo Martins, um deputado federal conhecido, um homem de mídia. Eu peço para vocês que, em pesquisa lá, a gente nunca acredita em pesquisa mas, ele se lançou um pouco tarde, eu peço a vocês que deem um voto de confiança pro Paulo Eduardo Martins para o Senado, pelo estado do Paraná", argumentou.

Atualmente, de acordo com a última pesquisa Ipec no estado, o senador Alvaro Dias (Podemos) lidera a disputa com 36% das intenções de voto, e o ex-ministro Sergio Moro (União Brasil) aparece em segundo lugar, com 25%. O candidato de Bolsonaro aparece em terceiro lugar, com 8%, e empatado na margem de erro com Rosane Ferreira (PV), Orlando Pessuti (MDB) e Aline Sleutjes (Pros).

Bolsonaro também aproveitou a live para divulgar compromissos de campanha e dizer que uma "grande motociata" está prevista para o dia 1º de outubro, um dia antes do primeiro turno. Ele disse que fará as lives diariamente "sempre que possível". Amanhã, Bolsonaro tem agenda em Manaus e disse que "vai ser difícil" fazer a transmissão.