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Aloysio Nunes: Vitória no 1º turno é antídoto contra tumulto de Bolsonaro

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/09/2022 19h13Atualizada em 22/09/2022 19h29

O ex-senador e ex-ministro Aloysio Nunes Ferreira não acredita que o Brasil corre o risco de sofrer um golpe militar caso o presidente Jair Bolsonaro (PL) perca a reeleição.

Apesar disso, o tucano ressaltou a importância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencer no dia 2 de outubro. "A vitória no primeiro turno é um grande antídoto contra o veneno [Bolsonaro]", disse, em entrevista ao UOL News. "Ganhar no primeiro turno tira qualquer legitimidade e razoabilidade de uma conversa sobre 'fraude'."

O político avalia que o isolamento de Bolsonaro é patente em diferentes setores da sociedade, logo, ele não tem o apoio necessário para uma quebra do regime democrático.

"Ninguém quer o Brasil vivendo sob uma ditadura. O problema é que ele fomenta uma cultura antidemocrática, de intolerância e agressão."

Ainda no primeiro semestre, Aloysio Nunes, um dos principais caciques do PSDB, declarou voto no petista. Na ocasião, ele rechaçou a formação de uma terceira via de oposição a Lula e a Bolsonaro.

"Embora tenha vingado em muitos estados, a terceira via não vingou no plano nacional", reafirmou ao UOL News, destacando que Lula é a grande força da oposição para fazer frente a Bolsonaro.

"A vitória do Lula será política e irá mostrar a extensão do isolamento do bolsonarismo", reforçou.

Kennedy: Suco do bolsonarismo, fala do presidente estigmatiza pobreza

Repercutindo a fala do presidente Jair Bolsonaro ao canal Rede Vida sobre pessoas que vivem na linha da pobreza serem "acostumadas" a não aprenderem uma profissão, o colunista do UOL Kennedy Alencar disse que o presidente da República expressou uma visão preconceituosa sobre os pobres.

"É uma visão muito equivocada e que Bolsonaro tem há muito tempo. Quando ele era deputado federal, falava contra o Bolsa Família dizendo que era compra de voto e que as pessoas tinham filhos para receber mais benefícios do governo", afirmou o jornalista.

"Isso mostra quem é o Bolsonaro, o que ele pensa a respeito dos mais pobres e mostra porque é importante tirar o Bolsonaro do poder. Ele é uma figura que leva o Brasil para trás. Esse tipo de visão do Bolsonaro estigmatiza a pobreza e é de uma elite atrasada que acha que pobre é preguiçoso, quando, na verdade, o Estado falhou com ele. É o suco do bolsonarismo", concluiu.

Kennedy: Gafe de Tarcísio expõe candidatura artificial ao governo de SP

A gafe cometida pelo ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato apoiado por Bolsonaro ao governo de São Paulo, expõe o despreparo do político para o cargo, avaliou Kennedy Alencar.

Em entrevista a uma afiliada da TV Globo, a Vanguarda, em São José dos Campos (SP), Freitas não conseguiu responder onde ele vota ao ser questionado pelos jornalistas.

Na análise de Kennedy, ele afirmou que não problema o candidato ao governo estadual não saber o nome do colégio ou região onde vota. "Fazer um discurso contra o Tarcísio porque ele não é do estado, portanto, não poderia ser candidato ao governo, é xenofóbico e preconceituoso", apontou.

"No entanto, esse episódio mostra o artificialismo da candidatura dele. Fica muito claro que foi uma candidatura artificialmente construída em São Paulo. Ele não tem uma história nem ligação com o estado, e mostra o despreparo dele. Destrói o mito do técnico preparado", disse o colunista.

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