Campanha de Tarcísio Freitas vê 'mal menor' em lapso sobre local de votação
O candidato a governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, admitiu hoje que esqueceu o nome da escola onde vota e sua equipe tenta minimizar o efeito do lapso.
Já na campanha do governador Rodrigo Garcia (PSDB) o episódio foi visto como potencial de "bomba atômica" a dez dias da eleição. Um integrante da equipe do tucano acredita que o evento durante sabatina numa afiliada da Globo pode vir a decidir quem avança para o segundo turno porque viralizou nas redes sociais e está sendo muito compartilhado pelo WhatsApp.
Rodrigo e Tarcísio estão empatados tecnicamente na vice-liderança de acordo com as pesquisas e brigam por uma vaga no segundo turno. O último Datafolha registrou Tarcísio com 22% e Rodrigo com 19% - a margem de erro é de 2 pontos percentuais. Fernando Haddad (PT) lidera com 36%.
O que aconteceu na sabatina. Tarcísio participava de uma sabatina na TV Vanguarda, em São José dos Campos, e falava do vínculo afetivo com a cidade. Na sequência, foi questionado sobre o local em que vota. Com cara de surpresa respondeu com voz vacilante: "ah, é um colégio".
A âncora insistiu e perguntou qual era o bairro. Diante do silêncio de Tarcísio, ela emendou "fugiu à cabeça". A situação logo viralizou nas redes sociais e Rodrigo Garcia foi ao Twitter alfinetar o rival.
Tarcísio tentar minimizar o estrago. A sabatina ocorreu no horário do meio-dia e demorou para Tarcísio se pronunciar sobre o assunto. Eram quase 15 horas quando a assessoria enviou uma manifestação. O candidato admitiu o esquecimento e atacou Rodrigo.
"Eu esqueci o nome da Escola Carlos Saloni. Mas o que realmente importa para São Paulo nessa eleição é que temos hoje um governador que esqueceu das pessoas." O colégio fica a três quilômetros do estúdio onde Tarcísio concedeu a entrevista.
Um integrante da equipe que falou com o UOL acrescentou que é normal não lembrar o endereço da seção eleitoral quando se vota numa cidade pela primeira vez. Ele ainda declarou que o fato de ter viralizando nas redes sociais e caído no WhatsApp não deve prejudicar a campanha.
Campanha de Rodrigo fala em bomba atômica. A campanha de Rodrigo Garcia ainda não se reuniu para discutir o esquecimento de Tarcísio. Mas dois integrantes da equipe que conversaram com o UOL consideram que é fato tem potencial para definir quem avança ao segundo turno. Um interlocutor classificou a situação como "bomba atômica".
O erro de Tarcísio corrobora o argumento da campanha de Rodrigo, que sempre tentou colar no adversário a imagem de um concorrente de outro estado que não conhece a realidade de São Paulo e aceitou disputar a eleição para servir de palanque ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
A mudança de domicílio eleitoral de Tarcísio. Natural do Rio de Janeiro e morando em Brasília nos últimos anos, Tarcísio fixou domicílio eleitoral em São José dos Campos ao decidir concorrer ao governo de São Paulo.
Em junho, a Folha de S. Paulo divulgou que Tarcísio não morava no endereço que declarou como seu à Justiça Eleitoral. A partir da matéria, o PMB questionou a Justiça Eleitoral. Na semana passada, o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) deu decisão favorável ao candidato.
Série de tropeços. Este não é o primeiro evento que atrapalha a campanha de Tarcísio. Na semana passada, o deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos) agrediu verbalmente a jornalista Vera Magalhães depois do debate do UOL, Folha e TV Cultura. Ele estava na plateia a convite de Tarcísio.
Também apareceram vídeos em que o candidato pede votos a aliados impopulares. O caso mais explorado é a gravação em que elogia Fernando Collor de Mello. O padrinho político do candidato a governador de São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (PL), comentou sobre estes tropeços em sua live de ontem. Ele atribuiu estes episódios a Tarcísio ser novato na política.
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