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Após manifestação de FHC, PSDB diz ter candidata e critica voto útil

Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do Brasil - Reprodução
Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do Brasil Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

22/09/2022 13h38Atualizada em 22/09/2022 14h52

Minutos após o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) divulgar nota em defesa do voto "pró-democracia" nas eleições deste ano, o PSDB se manifestou fazendo críticas ao voto útil e reforçando que a senadora Simone Tebet (MDB) é a presidenciável que tem o apoio do partido.

"O PSDB tem candidata e vai lutar até o final para elegê-la: Simone Tebet, e a nossa senadora Mara Gabrilli. Representam o melhor caminho para o Brasil. Primeiro turno é para votar no melhor. Útil é votar em quem a gente confia", afirmou o partido.

Na manifestação do cacique tucano, ele não citou nominalmente nem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nem o presidente Jair Bolsonaro (PL), mas o texto foi interpretado como uma manifestação velada contra o atual chefe do Executivo federal.

Para lideranças do PT, que compõem a coordenação de campanha de Lula, o texto divulgado por Fernando Henrique soou como uma declaração de voto no petista.

Em uma ofensiva do discurso de "frente ampla" para tentar viabilizar a vitória no primeiro turno, petistas já vinham sondando FHC para um gesto de apoio, mas, por questões de saúde, o ex-presidente tem se afastado da vida pública e não havia se pronunciado até então.

Peço aos eleitores que votem no dia 2 de outubro em quem tem compromisso com o combate à pobreza e à desigualdade, defende direitos iguais para todos independentemente da raça, gênero e orientação sexual, se orgulha da diversidade cultural da nação brasileira, valoriza a educação e a ciência e está empenhado na preservação de nosso patrimônio ambiental, no fortalecimento das instituições que asseguram nossas liberdades e no restabelecimento do papel histórico do Brasil no cenário internacional." Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República

Na avaliação da coordenação de campanha de Lula, o gesto do tucano foi considerado "politicamente excelente". Questionado, Lula disse ainda não ter lido.

Na última segunda (19), o petista se reuniu com oito ex-candidatos que declaram apoio a ele: seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), Guilherme Boulos (PSOL), Luciana Genro (PSOL), Cristovam Buarque (Cidadania), Marina Silva (Rede), Fernando Haddad (PT), Henrique Meirelles (União Brasil) e João Goulart Filho (PCdoB).