Justiça Eleitoral homologa renúncia de David Miranda por vaga na Câmara

A Justiça Eleitoral homologou a renúncia do deputado federal David Miranda (PDT-RJ), até então candidato à reeleição para a Câmara, após a família do parlamentar anunciar na última segunda-feira (20) a desistência da disputa. Miranda está internado em estado grave desde 7 de agosto em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro.

Em um despacho assinado pelo desembargador Tiago Santos, o TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) afirma que o pedido de renúncia foi apresentado pelo jornalista Glenn Greenwald, marido do deputado. Greenwald foi nomeado curador provisório de Miranda pelo Juízo da 1ª Vara de Família da Regional da Barra da Tijuca.

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Segundo o tribunal, o jornalista afirmou no pedido protocolado que Miranda está inconsciente e respira com ajuda de aparelhos.

"Em sua manifestação, informa que David Michael dos Santos Miranda se encontra hospitalizado desde o dia 7 de agosto de 2022 e que, em momento posterior ao deferimento do pedido de registro, o seu estado de saúde se agravou, o que, inclusive, o impediu de providenciar a abertura das contas bancárias para a campanha eleitoral", disse o desembargador Santos.

Na plataforma oficial do TSE onde os candidatos fazem as prestações de contas de suas campanhas, o status da candidatura de Miranda já consta como "renúncia".

A página exibe que a última data de atualização foi na segunda-feira (20), e não consta no site nenhuma receita ou despesa de campanha.

Decisão foi 'extremamente difícil'

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Greenwald disse que foi 'extremamente difícil' pedir a renúncia da candidatura do marido.

"Entendemos que muitos ficarão desapontados, mas esperamos que possam entender nossos motivos, de precisar priorizar a recuperação de David", afirmou o jornalista.

"Disse desde o início da internação que a única pessoa que deveria tomar decisão sobre a candidatura de David é David, mas infelizmente, não é nossa realidade, a decisão caiu sobre mim", contou. "Ele não conseguiu fazer campanha em nenhum dia. É injusto manter a candidatura dessa maneira".