Marco Aurélio: Lula já teve meu voto, mas hoje seria trair minha trajetória
O ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello manteve a declaração de voto no presidente Jair Bolsonaro (PL) em um eventual segundo turno contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao UOL News, o ex-juiz disse que não vota mais no petista.
"Não poderia votar em um candidato, muito embora tenha o feito no passado, que foi condenado em processos-crime quatro vezes, por crime contra a administração pública. Eu estaria traindo minha trajetória como juiz atuante em colegiado", disse.
Mês passado, Marco Aurélio já havia declarado voto em Bolsonaro durante UOL Entrevista. O posicionamento destoa de ex-colegas de Suprema Corte.
Ontem, em vídeo divulgado pela campanha de Lula, o ministro aposentado do STF Joaquim Barbosa pede voto no petista já no primeiro turno e critica o atual presidente. "Bolsonaro não é um homem sério para governar um país como o nosso".
Hoje, o ex-decano da Corte Celso de Mello enviou carta à jornalista Vera Magalhães, do jornal O Globo, em que também declara voto em Lula. "A atuação de Bolsonaro na Presidência da República revelou a uma nação estarrecida por seus atos e declarações a constrangedora figura de um político menor".
Durante o UOL News, Marco Aurélio também disse que a imprensa incentivou a polarização política. "Não é culpa, mas que ela teve participação muito grande, teve. Agora mesmo estou sendo instado a me pronunciar contra o presidente em exercício, o que não farei de forma alguma".
Lula falar sobre armas é contradição na reta final, mas não incentiva armamento, diz Bombig
Na avaliação do colunista do UOL Alberto Bombig, o ex-presidente Lula se contradisse ao revelar que já portou arma quando era mais jovem, mesmo tendo dito há três semanas que nunca se interessou pelo armamento.
"Contradição evidente, mas entendo o que o Lula disse. Ele contou um causo, quase que em tom de galhofa. Entendo que era um tempo diferente. [...] Mas, de fato, é uma contradição evidente. Uma contradição na reta final é sempre ruim", observou, durante UOL News.
"Eu, quando namorava, muito tempo atrás, eu tinha uma garruchinha 22, porque andava do Parque Bristol até a Vila Liviero [bairros da zona sul de São Paulo] à meia-noite. Namorava até as 23h30 e aí tinha que sair a pé. Era longe 'pacas' e não tinha ônibus", afirmou Lula ontem em encontro com personalidades.
Garrucha é um tipo de arma de cano curto, semelhante a um revólver. O petista contou que não andava com o dispositivo carregado.
Bombig: 'Marolinha' pró-Lula pode levar à onda que define eleição em 1º turno
O colunista do UOL Alberto Bombig definiu como "marolinha" o crescimento gradual do ex-presidente Lula nas pesquisas de intenção de voto, sobre a candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Mais uma pesquisa que mostra Lula em viés de alta é, com certeza, uma grande preocupação à campanha de Jair Bolsonaro. Não é uma 'onda Lula', não chega a configurar uma onda, mas que já tem uma marolinha Lula na eleição brasileira, até para usar um termo que Lula usou na crise de 2008", avaliou.
Pesquisa PoderData realizada por telefone e divulgada hoje pelo site Poder360 aponta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na liderança, com 48% das intenções para votos válidos, quando são excluídos brancos e nulos. O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, obteve 38%.
Em relação ao levantamento anterior, divulgado na semana passada, o petista subiu dois pontos, enquanto o candidato do PL oscilou um ponto para baixo. A margem de erro é de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
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