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Eduardo Bolsonaro tem votação menor do que em 2018

O deputado Eduardo Bolsonaro - Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados
O deputado Eduardo Bolsonaro Imagem: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados

Do UOL, em Brasília

02/10/2022 22h53Atualizada em 03/10/2022 17h45

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi reeleito em São Paulo com menos votos do que em 2018.

Há quatro anos ele se tornou o congressista eleito com maior número de votos na história do Brasil para a Câmara dos Deputados: foram 1.843.735 votos, equivalente a 8,34% do total.

Agora, ele teve 741.671 votos, ou 3,12% do total.

Ele foi o terceiro mais votado em São Paulo, atrás de Guilherme Boulos (PSOL), o mais votado no estado, com mais de 1 milhão de votos.

Em segundo lugar ficou Carla Zambelli (PL), e em quarto, o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL).

Parte dos votos de Eduardo provavelmente migrou para os bolsonaristas Zambelli e Salles. Ela, que em 2018 teve 76.306 votos, agora bateu 946.222. Salles também teve crescimento exponencial: passou de 36.603 em 2018 para 640.908 agora.

Votação recorde em 2018

Na eleição de 2018, Eduardo Bolsonaro, o filho "Zero Três" do presidente desbancou Enéas Carneiro (Prona-SP), que em 2002 obteve 1,57 milhão de votos. E ajudou seu antigo partido, o PSL, a formar a segunda maior bancada da Câmara na legislatura, com 52 parlamentares.

"É cada vez mais difícil para um candidato se manter no topo. Basta ver o desempenho de Carlos Bolsonaro na eleição municipal, que diminuiu a votação em 2020", diz Bruno Bolognesi, professor na UFPR (Universidade Federal do Paraná).

Disputa com Tiririca

Eduardo se filiou ao PL em março de 2022, durante a janela partidária, após seu pai migrar para o partido no fim de 2021.

Ao entrar na legenda, ganhou um número que seria fácil para o eleitor memorizar: 2222. Mas o colega Tiririca, também do PL em São Paulo, usou o número nos últimos anos. Tiririca cogitou desistir da reeleição para a Câmara por causa da mudança.

Dinheiro público

Eduardo Bolsonaro recebeu R$ 500 mil do fundo eleitoral, apesar de já ter classificado de "excrescência" o montante de R$ 5 bilhões em dinheiro público para os candidatos.