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Homem que quebrou urna a pauladas em GO é solto após audiência de custódia

Do UOL, em São Paulo

02/10/2022 14h12Atualizada em 03/10/2022 07h39

Um homem quebrou uma urna a pauladas, na tarde de hoje, no Colégio Master, no bairro de Jardim Vila Boa, em Goiânia (GO). Ele foi preso em flagrante ainda na seção de votação, por volta das 13h (de Brasília), mas já está livre.

Segundo apuração do UOL com a Polícia Federal, o eleitor foi solto no fim da tarde de hoje após passar por uma audiência de custódia, em Goiânia. Ele irá responder em liberdade por crime eleitoral.

De acordo com a Polícia Militar, o homem apresenta ter "problemas psicológicos". O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) também informou que os técnicos conseguiram resgatar as informações dos votos da urna.

Como a identidade do eleitor não foi divulgada, o UOL não conseguiu localizar a defesa para colher um posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.

Entenda o caso

Por volta das 13h, um homem golpeou uma das urnas do Colégio Master, em Goiânia, com um pedaço de madeira.

Um eleitor que esperava para votar na hora da ocorrência afirmou que, antes de bater na urna com o pedaço de pau, o suspeito "gritou histericamente".

"Ele entrou com o pedaço de madeira escondido dentro de um guarda-chuva", afirmou o homem, que não quis se identificar, ao UOL.

Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra a ação do suspeito. Segundo a testemunha, um policial e um delegado entraram na seção e controlaram o homem. "Ele ficou sentado, completamente apático", disse.

A Polícia Militar de Goiás confirmou que uma urna foi danificada por um indivíduo "aparentemente com problemas psicológicos". O eleitor foi detido, encaminhado para à superintendência da Polícia Federal em Goiânia e conseguiu liberdade após audiência de custódia.

A urna eletrônica foi substituída e a votação foi retomada em alguns minutos.

Segundo o TSE, em todos os colégios eleitorais há planos de contingência para substituir urnas defeituosas ou que quebrem e evitar perda de votos já computados. Os votos ficam salvos em dois cartões de memórias, um interno e outro externo, que funciona como uma espécie de backup.

Em coletiva de imprensa nessa tarde, o TRE-GO (Tribunal Regional Eleitoral de Goiás) afirmou que o homem que destruiu as urnas "estava nitidamente fora do estado de normalidade dele". Além disso, confirmou que os votos feitos na urna danificada não foram perdidos.

"As equipes da Polícia Militar foram de pronto mobilizadas e esse eleitor foi conduzido para a sede da Polícia Federal onde está sendo tratada a situação. Pelas imagens que nós temos, aparentemente, é uma pessoa com algum tipo de transtorno psiquiátrico. Estava nitidamente fora do estado de normalidade dele, é uma cena digna de pena", afirmaram.

Continuando: "Não houve nenhuma perda de dados, nenhum prejuízo. As mídias que fazem com que a urna funcione, onde está o dado coletado, foram resgatadas dessa urna danificada, foram inseridas em uma outra urna eletrônica e a eleição continuou normalmente".

Homem de 55 anos foi preso após quebrar urna eletrônica com soco - Reprodução - Reprodução
Homem de 55 anos foi preso em Cajazeiras (PB) após quebrar urna eletrônica com soco
Imagem: Reprodução

Homem quebra urna com soco na PB. Um homem de 55 anos foi preso no município de Cajazeiras, no sertão da Paraíba, após quebrar uma urna eletrônica com um soco. O caso aconteceu na escola Matias Duarte Rolim.

Um vídeo do ocorrido mostra o eleitor, que veste uma camiseta com a frase "fechado com Bolsonaro", alterado após dizer que votou no presidente Jair Bolsonaro (PL) e a imagem do candidato não teria aparecido na tela da urna.

"Eu votei em Bolsonaro", gritou ele a duas policiais militares que tentavam conter a ação.

O delegado Ilamilto Simplício, da 20ª Delegacia Seccional de Cajazeiras, afirmou que o homem foi preso em flagrante. Segundo ele, o eleitor apresentava sinal de embriaguez.

O homem foi encaminhado a um presídio e autuado com base na Lei de Crimes Eleitorais. A pena para esse tipo de crime varia entre 5 e 10 anos.

"Ele não soube votar, não soube exercer o seu direito democrático ao voto", declarou Simplício.