Soraya sobre apoio a Lula ou Bolsonaro: 'Nenhum desses bandidos merece'
A candidata à presidência da República Soraya Thronicke (União Brasil) respondeu a um seguidor hoje ao ser questionada sobre se apoiaria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), no segundo turno das eleições presidenciais. Para a candidata, "nenhum desses bandidos merece" o apoio dela.
Soraya ficou em quinto lugar na disputa, com 0,51% (600.953 votos). Lula obteve 48,43% enquanto Bolsonaro teve 43,20% dos votos entre o eleitorado brasileiro. O segundo turno está previsto para ocorrer no próximo dia 30.
A candidata foi vaiada e chamada de "traidora de Bolsonaro" ontem ao dar entrevista na sua seção eleitoral em Campo Grande. No último debate presidencial, a parlamentar foi acusada por Bolsonaro de tê-lo abandonado. Em 2018, quando foi eleita senadora, a candidata apoiava o candidato à reeleição.
"A semeadura é facultativa, a colheita é obrigatória. Boa sorte, Brasil", escreveu a senadora no Twitter. Então, um internauta respondeu: "Que papo de isentão, Soraya. Não me faça perder o crush que eu tenho por ti!"
"Nenhum desses bandidos merecem o meu apoio. Perder você pode significar muito pra mim, mas nunca deixará de ser pessoal. Obrigatoriamente preciso ser impessoal. O Brasil está acima da Soraya. Entenda isso, por favor", respondeu a senadora.
Já para outra seguidora que pediu para a candidata "fazer o L", em referência ao nome de Lula, Soraya pediu para a eleitora se colocar no lugar dela.
Para outro eleitor que também pediu a senadora para fazer o "L", a candidata do União Brasil também pediu: "Rsrsr moço, não faça isso comigo! Rsrs".
Soraya também pediu "empatia" para outra internauta que solicitou o posicionamento da parlamentar.
Bolsonaro chama Tebet de 'estepe' e Soraya de 'trambique' no cercadinho
O presidente Jair Bolsonaro chamou as senadoras Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke de "estepe" e "trambique", respectivamente, em conversa com apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada no final da noite de ontem, após o término da apuração das urnas no primeiro turno das eleições.
Bolsonaro se referiu às ex-presidenciáveis dessa forma ao comentar que a política é um "self-service", comparação que o chefe do Executivo fez em outras ocasiões para falar sobre as opções que eleitores têm para votar nas eleições.
"É aquela história de 'vamos mudar'. Mas quem entra no meu lugar? A política é um self-service. Vocês têm eu, Lula, Ciro, a 'estepe', a 'trambique', que é decoradora sabe daquilo, né? A decoradora. E acabou. Não adianta procurar. É o que está ali, pô", afirmou Bolsonaro.
Ao usar o termo self-service ("autosserviço", em português), que diz respeito a uma tradicional modalidade de consumo em bares e restaurantes (quando o próprio cliente se serve), Bolsonaro repete uma estratégia utilizada quatro anos antes: apresentar-se não como o "melhor candidato", e sim como a opção mais palatável ao gosto do eleitor.
Em uma entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, no final de agosto, Bolsonaro usou essa mesma expressão. "Entendo que a eleição do dia 2 terá essa marca. Acho que o que tem na mesa é um self-service. A gente viu esses dias que tem pouca coisa para escolher", disse o presidente na ocasião.
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