Moraes diz que eleitor está 'mais vacinado' contra fake news eleitorais
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, afirmou ontem em entrevista à TV Globo que as eleições de domingo (2) foram tranquilas e que o eleitor está mais "vacinado" contra as fake news. Segundo ele, a desinformação perdeu força em relação a 2018.
"O importante é verificar e combater. Não tivemos, eu diria, 10% da importância que as fake news tiveram nas eleições de 2018. Muito também pelo aprendizado do eleitor. O eleitor também está mais vacinado em relação a essas fake news."
Moraes disse que é o eleitor que deve escolher o candidato em quem irá votar. "O eleitor é para formar seu juízo de valor, para escolher livremente, e este é o papel da Justiça Eleitoral: garantir que o eleitor escolha quem ele quiser, sem coação física, sem coação moral e sem desinformação."
O ministro também destacou a atuação da Justiça Eleitoral. "A Justiça Eleitoral atuou de uma maneira mais rápida, mais célere, para evitar a desinformação e, assim, garantir que o eleitor pudesse escolher sem (interferência de) falsas notícias, sem discurso de ódio. Pode ver que o discurso de ódio foi muito combatido no Tribunal Superior Eleitoral. Consequentemente, a violência diminuiu", afirmou.
5,3 mil denúncias eleitorais no dia do 1º turno, segundo TSE
O TSE afirma ter recebido, no dia do 1º turno das eleições, um recorde de denúncias de propaganda eleitoral irregular: 5.332. No sábado (1º), o número já tinha sido alto, apesar de ser menos da metade, configurando 2.069 queixas.
Na semana do pleito, de 26 de setembro a 2 de outubro, mais de 14 mil denúncias foram registradas, sendo lideradas pelo estado de São Paulo, com 864. Pernambuco registrou 583 queixas; Rio de Janeiro, 568; Rio Grande do Sul, 445; e Paraná, 397.
A média diária de denúncias foi de 765, chegando a 37.489 no total. Com isso, foram abertos quase 9 mil processos, que estão em tramitação na Justiça Eleitoral.
Os candidatos a deputado federal e estadual foram os maiores alvos de denúncias, seguido por presidente, governador e senador.
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