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Com novos senadores, Bolsonaro diz que liberdade individual está mais forte

Jair Bolsonaro (PL) participa do debate entre candidatos a presidência da republica - Reprodução/TV Globo
Jair Bolsonaro (PL) participa do debate entre candidatos a presidência da republica Imagem: Reprodução/TV Globo

Do UOL, em São Paulo

05/10/2022 16h34Atualizada em 05/10/2022 17h18

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) declarou hoje que há mais forças no país para garantir "liberdades individuais". A fala ocorreu após encontro do político com os senadores eleitos, inclusive com a presença das ex-ministras eleitas para o Senado Federal, Damares Alves (Republicanos-DF) e Tereza Cristina (PP-MS).

"Cada vez mais um parlamento que orgulha a todos nós. Cada vez mais, o nosso entendimento político, a forma como nós tratamos a coisa pública, a certeza de geração de felicidade para a nossa população. Obviamente pedimos a eles, o esforço maior ainda até o dia 30 [no segundo turno] para conseguir mais pessoas a votar na gente. E assim temos a certeza que o Brasil não sofrerá qualquer retrocesso e as nossas pautas de família também serão mantidas. Cada vez mais, o respeito à família, a necessidade que nós temos, a certeza de garantir liberdades e garantias individuais."

O chefe do Executivo elogiou a nova composição do Senado Federal e citou que pediu "maior esforço" dos senadores eleitos para conseguir mais votos do eleitorado através do trabalho dos políticos nos estados. No primeiro turno das eleições, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou em primeiro lugar, com 48,43%, contra 43,20% de Bolsonaro — ambos disputarão o segundo turno no próximo dia 30.

"Um Senado mais centro-direita, um Senado que aprovará as propostas que interessam o Brasil com mais agilidade, teremos uma maior produção legislativa, todo o Brasil vai ganhar com isso", disse o candidato à reeleição ao lado dos senadores aliados, completando que o Executivo foi "simpático" ao trabalho do Legislativo durante os anos de seu governo.

Questionado por jornalistas, o presidente respondeu que pensar na eleição da presidência do Senado não é uma questão neste momento. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, Damares disse querer se candidatar ao cargo no próximo ano.

"Não, eu não discuti isso agora. Isso é atribuição lá da Câmara e do Senado. Eu sou mero espectador nessa questão."

Volta de senadores eleitos aos ministérios. O candidato à reeleição também comentou que a volta dos seus ex-ministros eleitos senadores aos ministérios depende da vontade deles. "O nosso time é muito bom, depende deles."

Sergio Moro. O presidente também comentou o apoio do ex-ministro da Justiça e agora senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro chamou Moro de "traidor".

"Conversamos por telefone, apagamos o passado. O presente é bola para frente. Ele quando chegou não tinha experiência política, talvez isso colaborou com o não sucesso da passagem dele por lá. Agora, o Sergio Moro é bem-vindo, já falei publicamente isso. É o passado."

Após a declaração, um senador completou que os senadores eleitos que apoiam Bolsonaro e não puderam estar presentes no encontro já manifestaram suas posições publicamente sobre o segundo turno. Foram os casos de Moro, Izalci Lucas (PSDB-DF), Plínio Valério (PSDB-AM), Eduardo Girão (Podemos-CE).