Jamil: organização do Nobel da Paz foi inteligente em não premiar Zelensky
De acordo com o colunista do UOL Jamil Chade, os organizadores do Nobel da Paz foram inteligentes na distribuição do prêmio deste ano ao enviar uma mensagem política, mesmo sem entregar o prêmio para líderes políticos, como o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. A opinião de Chade foi dada durante participação no UOL News.
"Os organizadores foram extremamente inteligentes, porque eles poderiam dar para o Zelensky, para o Navalny, líder da oposição russa, e para um líder da oposição em Belarus, mas não. No lugar de dar o prêmio para políticos, deram para a sociedade civil desses países [Ucrânia, Rússia e Belarus]", observou Jamil.
Premiar o comandante de um exército em guerra seria perigoso, de acordo com o colunista, pois ele é uma força beligerante e ainda não houve apuração devida sobre tudo que tem acontecido na Ucrânia.
"Ele é o chefe das Forças Armadas de um país em guerra. Então falar de paz nessa situação é muito complicado, porque as investigações não aconteceram. O que aconteceria se daqui a dois anos descobrissem que o exército ucraniano também cometeu crimes contra a humanidade? Ficaria no mínimo estranho".
Jamil: Nobel da Paz teve mensagem política, mas Rússia diz não se importar
Jamil destacou que o Nobel da Paz teve uma mensagem política clara, porque todos premiados fazem oposição à Rússia na guerra contra Ucrânia. São eles o defensor dos direitos humanos Ales Bialiatski, de Belarus; a organização russa de direitos humanos Memorial; e a organização ucraniana de direitos humanos Centro para Liberdades Civis.
Jamil contou que um embaixador da Rússia disse não se importar com essa mensagem. "Não há nenhuma dúvida que o Prêmio Nobel quis mandar recados muito claros para o Kremlin, dizendo que tais atitudes não são aceitas e, portanto, é um prêmio extremamente político. Acabei de falar com o embaixador da Rússia na ONU e ele disse: 'Não nos importamos com isso'. Posso até imaginar que, no meio de uma guerra, isso é uma das últimas preocupações mesmo. O problema é que isso cria uma pressão extra", destacou Jamil.
Zema: Eleitor não é racional; concordo 70% com Bolsonaro, 20% com Lula
Romeu Zema (Novo) foi reeleito governador de Minas Gerais no 1º turno e também participou do UOL News nesta sexta. Ele declarou apoio a Jair Bolsonaro (PL) no 2º turno da eleição presidencial, mas muitos eleitores de Zema votaram em Lula (PT) no 1º turno. De acordo com o governador, que participou do UOL News nesta sexta-feira (7), isso acontece porque o eleitor não vota com a razão, mas com emoção e por identificação.
"Lula tem identificação com algumas regiões do Brasil, que é a origem dele. E isso de certa maneira gera simpatia de parte do eleitorado. Eu sou do interior e tive votação muito superior à da capital, ganhei com mais folga, talvez pelo meu sotaque, pela maneira de falar. O eleitor acaba indo de encontro com questões de identificação. O eleitor não é um animal racional que coloca tudo em uma planilha", opinou Zema.
De acordo com Zema, muitos eleitores lembram que tiveram uma vida melhor durante o governo do PT.
"O eleitor não vai planilhar salário e inflação. Vai ver 'minha vida melhorou ou piorou?'. E temos que lembrar o que aconteceu no governo do PT no nível federal. Ele colheu frutos de commodities", afirmou Zema.
Na sequência o governo destacou que os mineiros fazem uma associação sobre o governo do PT que, na visão dele, é errada.
"Muitas pessoas associam erroneamente o Lula a um período de prosperidade. Mas aquela prosperidade foi fictícia, como um atleta que usa anabolizante. No primeiro momento é só maravilhas, depois tem problemas renais, cardíacos e hepáticos", comparou Zema.
Questionado como pretende virar votos em Lula para votos em Bolsonaro, o governador também criticou a gestão do PT em Minas Gerais, sob comando de Fernando Pimentel, entre 2015 e 2018. "É só lembrar ao mineiro sobre isso que com certeza ele vai pensar bem em quem votar".
Romeu Zema ainda destacou que tem diferenças em comparação com Bolsonaro, mas resolveu apoiá-lo porque a identificação é maior do que com o PT.
"Talvez a minha pauta e do governo Bolsonaro sejam convergentes em 70%. Agora com o PT é só em 20%. Então tenho que tomar partido e meu partido é o presidente Bolsonaro. Aqui temos muitas diferenças em relação ao governo federal e teríamos mais se fosse governo PT", explicou.
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