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Bolsonaro ironiza ato de Lula no Complexo do Alemão: 'Amigo dos bandidos'

O ex-presidente Lula e Bolsonaro durante debate neste domingo (16) - Mariana Greif/Reuters
O ex-presidente Lula e Bolsonaro durante debate neste domingo (16) Imagem: Mariana Greif/Reuters

Colaboração para o UOL, em Brasília

17/10/2022 20h38

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou ironizar hoje a ida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Complexo do Alemão, no Rio, na última quinta-feira (13).

"Todos sabem que em áreas dominadas pelo tráfico só entra em paz quem é amigo dos bandidos. Ao afirmar que visitou uma comunidade controlada por uma das maiores facções sem nenhuma proteção, coisa que nem a polícia consegue, Lula mostra mais uma vez que é o candidato do crime", disse o mandatário por meio de seu perfil do Twitter.

A manifestação ocorre depois de, no debate realizado pelo UOL, em parceria com TV Bandeirantes, Folha de S.Paulo e TV Cultura na noite de ontem, Bolsonaro ter criticado Lula ao dizer que que não só havia traficantes ao lado do petista durante a incursão pela comunidade.

Em resposta, Lula sugeriu que o atual presidente seja envolvido com milicianos. "Não tinha bandido na passeata: tinha mulher e homem que trabalham. Os bandidos você sabe onde estavam. Tinha um vizinho seu que tinha cem armas dentro de casa. Esse não era da favela do Complexo do Alemão", afirmou o petista.

Por meio de sua rede social, Bolsonaro criticou hoje a reação de Lula.

"Fazer demagogia em prol da própria imagem e fechar os olhos para esta realidade é condenar a maioria absoluta das pessoas de bem que moram nessas regiões a viverem reféns do medo, das ameaças, dos abusos e da crueldade de criminosos. É condená-las a viver sem nenhuma liberdade!"

No Complexo do Alemão, Lula reuniu-se com lideranças comunitárias para tratar de projetos sociais, política de armas, cultura e segurança pública. Depois, fez uma caminhada de cerca de 1 hora pela Estrada de Itararé. Com o prefeito Eduardo Paes (PSD), o cortejo andou por quase 2 quilômetros com um dos maiores públicos do petista nas diferentes idas ao estado.

Ao fim, ao lado da família da ex-vereadora assassinada Marielle Franco (PSOL), ele relacionou a morte aos "milicianos que Bolsonaro apoia".

O Estado se tornou uma das prioridades de Lula neste segundo turno, junto a São Paulo e Minas Gerais. O objetivo da campanha é tentar diminuir a distância de mais de dez pontos a favor de Bolsonaro.