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Com Rodrigo e Zema, Bolsonaro pede em SP que prefeitos convençam indecisos

Tarcísio, Bolsonaro e Zema se reuniram nesta quinta-feira (20) com lideranças políticas em São Paulo - Aloisio Mauricio/Estadão Conteúdo
Tarcísio, Bolsonaro e Zema se reuniram nesta quinta-feira (20) com lideranças políticas em São Paulo Imagem: Aloisio Mauricio/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

20/10/2022 18h00Atualizada em 20/10/2022 20h18

Em ato de campanha na cidade de São Paulo, hoje, o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), pediu ajuda de prefeitos e vereadores do estado para convencer indecisos a votar nele e "virar votos" de eleitores do seu adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta reta final das eleições.

Ao lado do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), e do governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), Bolsonaro disse que se trata de um "momento de decisão". O candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) também participou do evento, que ocorreu na Renascer Arena, ginásio no terreno da Portuguesa, clube do Canindé, na região central da capital paulista.

Mas o momento aqui é de decisão e eu venho pedir pra vocês mais do que o voto, o trabalho, o empenho. E da para virar voto de lá pra cá. Daqui pra lá não vai voto, mas de lá pra cá, vem. Convencer indecisos"
Jair Bolsonaro, presidente e candidato à reeleição

O evento com Bolsonaro reuniu políticos regionais e estaduais, como prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais e presidentes de partidos políticos que apoiam a sua candidatura. A campanha de Bolsonaro entregou ao final do evento materiais de campanha do presidente para que os prefeitos façam propagandas em suas cidades.

Na saída do evento, havia caminhões para com materiais de campanhha para prefeitos levarem para suas cidades - Felipe Pereira/UOL - Felipe Pereira/UOL
Na saída do evento, havia caminhões para com materiais de campanhha para prefeitos levarem para suas cidades
Imagem: Felipe Pereira/UOL

O presidente afirmou que, em Minas Gerais, ele já está à frente de Lula, sem apresentar uma pesquisa ou citar fonte. "O governador Zema, ele tem o segundo colégio eleitoral do Brasil. Nós já viramos em Minas Gerais. São Paulo já ampliamos a vantagem. Estamos ganhando terreno em todos os estados do Brasil sem exceção. A maioria dos governadores eleitos e reeleitos a grande maioria fecharam conosco", disse.

Desde o começo da propaganda no rádio e televisão, a campanha de Bolsonaro convoca a militância para virar votos. Peças foram veiculadas e este pedido costuma a ser feito para prefeitos, vereadores e deputados estaduais e federais.

Outro esforço da campanha é evitar a abstenção de eleitores bolsonaristas. A última tarefa é convencer pessoas que votaram no presidente em 2018, e não foram às urnas no primeiro turno, a voltar a escolher Bolsonaro.

Além de motivar a militância, a campanha do presidente insiste na rejeição ao PT como mecanismo para fazer as pessoas a votarem no presidente.

Reta final de campanha. Hoje é o primeiro dos quatro dias em que Bolsonaro planeja fazer campanha por São Paulo. A equipe do presidente já previa que o estado, maior colégio eleitoral do país, receberia atenção especial na reta final da corrida presidencial.

A pesquisa do Datafolha divulgada ontem mostrou o presidente com 47% das intenções de voto e Lula com 43%. A intenção da campanha é aumentar esta diferente para compensar a provável derrota no Nordeste, onde o petista venceu nos nove estados. Candidato a governador aliado do presidente, Tarcísio de Freitas (Republicanos) estipulou uma meta. "Nós vamos chegar a quatro milhões de votos de diferença aqui em São Paulo", disse.

"Reunião de trabalho". O candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) chamou o encontro de "reunião de trabalho" e pediu que as lideranças locais se mobilizem para virar votos em suas cidades.

"Acredito no poder de mobilização de vocês. Vocês estão na ponta, vocês têm contato com o cidadão. Gente, faltam 10 dias. Dez dias para organizar carreata, evento, caminhada, distribuir material de porta em porta, convencer indecisos, quem votou em branco", discursou o ex-ministro da Infraestrutura.

Tarcísio se referiu ao PT, partido de seu adversário Fernando Haddad, como um "mal" que é preciso ser "espantado" do país.

Ao lado do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, Tarcísio repetiu aos prefeitos que não dará descontinuidade a convênios e obras em andamento.

Presente. Ao fim dos discursos, o responsável por conduzir o evento anunciou que Bolsonaro faria fotos com os prefeitos que compareceram ao evento. Foi dito que seria como "um presente a eles". As lideranças locais subiram ao palco em grupos de 20 para fazer a fotografia.