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Publicações de perfis suspeitos crescem no segundo turno, aponta pesquisa

Após primeiro turno há registro de 7,2% postagens a mais de prováveis perfis fakes - Sitthiphong/Getty Images/iStockphoto
Após primeiro turno há registro de 7,2% postagens a mais de prováveis perfis fakes Imagem: Sitthiphong/Getty Images/iStockphoto

Do UOL, em São Paulo

20/10/2022 20h43Atualizada em 21/10/2022 15h23

Pesquisa da agência de inteligência em dados e mídias MAP aponta que, no mês de outubro, publicações de perfis suspeitos registraram um crescimento nas redes sociais em meio ao 2º turno das eleições presidenciais. Na semana do dia 12 ao dia 18 de outubro, por exemplo, somam 7,2% de participação, um avanço de 5,9 pontos percentuais em relação à semana anterior.

Para efeito de comparação, em agosto e setembro, os prováveis perfis falsos registraram apenas 0,3% das publicações totais.

A MAP analisa cerca de 1,4 milhão de posts do Twitter e Facebook todos os dias. Além do registro quantitativo dos posts, há atribuição de peso às reações como curtidas, comentários e encaminhamentos para medir a relevância e engajamento.

O alvo preferencial foi o presidente Jair Bolsonaro (PL), com 81% de participação sendo 4,8% de menções positivas. 91% dessas publicações fazem ataques diretos ao candidato do PL, mas há também críticas com assuntos específicos, como as fala sobre as meninas venezuelanas e a suposta participação na maçonaria.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 18,8% das postagens suspeitas, com 11,3% perfis suspeitos. Ataques no contexto da campanha respondem por 44%, além de críticas à corrupção e posts que associavam o petista ao comunismo.

Engajamento

Pela segunda semana seguida, a esquerda conseguiu superar a mobilização dos perfis de direita, com 44% de participação total, contra 27% da direita. Aqui são contabilizados perfis legítimos.

A participação de Lula no debate promovido pelo UOL em parceria com a Band, TV Cultura e Folha de S.Paulo no último domingo (16) e a entrevista ao podcast Flow, na terça-feira (18), ajudaram a esquerda a alavancar as menções positivas nas redes sociais. 97,21% das menções da participação do ex-presidente no Flow foram positivas. No debate a aprovação ficou em 61,5%, empatada com a avaliação de Bolsonaro, que teve 61,6% de manifestações positivas.