Candidato não explica projeto para LGBT+ e diz: 'Gays de direita me adoram'
Candidato ao governo do Espírito Santo pelo PL, o ex-deputado federal Carlos Manato não respondeu ao questionamento de jornalistas sobre projetos para a população LGBTQIA+ em seu eventual governo e se limitou a dizer que os "gays de direita" o "adoram". A declaração do candidato ocorreu em sabatina da TV Vitória e Folha Vitória.
Os gays da direita me adoram, me abraçam, me beijam, me tratam com o maior respeito, eu com eles com [tenho] o maior carinho. (...) Eles sofrem discriminação lá fora, não é dentro do governo. Quando eu abrir concurso, todos vão participar do concurso normalmente. Não vai ter isso comigo. Carlos Manato (PL)
E continuou: "As pessoas que vão trabalhar conosco, é meritocracia, se tiver meritocracia vai entrar independente de opção sexual (sic). Então estão querendo botar uma coisa que não existe, não existe comigo isso. A sombra não tem cor, não tem sexo, entendeu? Então é respeitar".
O termo "opção sexual", como dito por Manato, está errado porque sexualidade não é uma característica passível de escolha. "Orientação sexual" é a expressão correta.
Ao ser perguntado novamente sobre projetos para LGBTQIA+ em seu possível governo, Manato disse esperar que o grupo "traga as pautas" para discutir com a gestão e, novamente, não apresentou nenhuma proposta.
"Eu vou ser tão democrático que eu vou preferir que eles [LGBTQIA+] tragam as pautas e a gente discuta juntos. As pautas que estão deles lá, eu respeito eles, tenho respeito, tenho um monte de amigos, não tenho nenhum problema com eles, então não tem nada que tem que se discutir porque eu não tomei nenhuma medida que fere a eles e fere a ninguém. Tem que discutir o quê? Nada."
No início dos questionamentos sobre o tema, o candidato do partido do presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que é uma pessoa "muito tranquila" e que "dialoga com todo mundo".
"O que eles [população LGBTQIA+] tiverem de pauta, nós vamos discutir e tomar providências, sem problema nenhum. Vamos ter lá os Direitos Humanos, que vai todo mundo poder participar dos Direitos Humanos, nós vamos ter a parte da Secretaria das Mulheres, do feminicídio, vamos discutir sobre Festa da Penha, Carnaval, Festa do Congo, Marcha para Jesus e tem que discutir as pautas LGBTs também, sem problema nenhum."
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