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PSB expulsa três prefeitos por apoio a Bolsonaro: 'Iniciativa que afronta'

O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição - Isac Nóbrega/PR
O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição Imagem: Isac Nóbrega/PR

Do UOL, em São Paulo

27/10/2022 12h45Atualizada em 27/10/2022 13h41

O PSB anunciou ontem a expulsão do partido de três prefeitos de cidades de Minas Gerais que declararam apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Por meio de nota assinada pelo presidente do diretório estadual, o deputado federal Vilsona da Fetaemg, o partido chamou a iniciativa dos prefeitos de "afronta".

O PSB é o partido ao qual o ex-governador Geraldo Alckmin se filiou após deixar o PSDB —ele é o vice na chapa presidencial encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os prefeitos expulsos foram Maria Imaculada Dutra (Manhuaçu), Reginaldo Campos (Cláudio) e Edson Vilela (Carmo do Cajuru).

"Neste contexto, a decisão de prefeitos e prefeitas de apoiarem o candidato do Partido Liberal consiste em iniciativa que afronta cabalmente o PSB e a Coligação Brasil da Esperança, fato que enseja a expulsão sumária desses mandatários", afirmou a legenda.

O petista terminou o primeiro turno das eleições presidenciais com 48,43% dos votos. Bolsonaro ficou em segundo, com 43,20%. Os dois disputam o segundo turno neste domingo (30).

Considerados, portanto, a gravidade da situação que se apresenta e a fidelidade histórica do PSB a seus princípios programáticos e político-ideológicos, que não admite nem mesmo a mais remota proximidade com a extrema-direita, determinamos a desfiliação e a abertura dos processos de expulsão dos prefeitos e prefeitas. Trecho de nota do PSB

Em Minas Gerais, pesquisa Genial/Quaest divulgada hoje aponta Lula à frente no segundo turno, com 53% das intenções para votos válidos. Bolsonaro tem 47%. O estado é considerado uma espécie de termômetro das eleições. Todos os presidentes eleitos desde a redemocratização também venceram entre os eleitores mineiros.