Lula chama Temer de golpista: 'Não dá para fingir'
Ao fim do último debate presidencial antes do segundo turno das eleições, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou novamente o ex-presidente Michel Temer (MDB) de "golpista", mas negou que isso possa interferir na relação do petista com a senadora Simone Tebet (MDB), que se tornou sua aliada na campanha contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição.
"Não tenho o MDB me apoiando como um todo. O apoio da Simone a mim, [foi] apoio pessoal dela", afirmou em entrevista à TV Globo na saída do debate. Em seguida, Lula disse que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) "foi um golpe".
"Inventaram uma história, deram veracidade à história e tiraram uma mulher digna que ganhou eleições. Ele [Temer] pode não gostar, mas acho que a Simone não tá aqui por conta dele, tá por conta da campanha virou personalidade importante. Uma mulher que participou ativamente na política", completou.
O petista reiterou que Dilma sofreu "um golpe, inclusive dado por meu adversário [Bolsonaro]. O povo pode ver o discurso que ele fez contra a Dilma no dia da votação. Não dá pra esconder isso. Não dá para fingir que não foi golpe".
Crítica no debate. Ainda durante o debate, Lula já havia criticado o ex-presidente e o atual mandatário sobre o assunto. Em fala direcionada a Bolsonaro, o petista afirmou: "Ele se esquece que ele herdou a Presidência do Brasil de um golpista [em referência a Temer], que foi dado o golpe junto com ele. Não foi da presidenta Dilma. Ele recebeu o governo de um golpista chamado Michel Temer, da qual ele ajudou a derrubar a Dilma".
Em 2016, ao votar de forma favorável ao impeachment da então presidente Dilma, Bolsonaro dedicou seu voto ao coronel do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra, torturador da petista durante a Ditadura Militar.
Temer não declarou voto. Temer chegou a flertar com um apoio a Bolsonaro, segundo interlocutores, mas acabou por dizer que irá votar em quem "defender a democracia, cumprir rigorosamente a Constituição, promover a pacificação, manter as reformas já realizadas no meu governo e propor ao Congresso Nacional as reformas que já estão na agenda do país".
*Em São Paulo: Ana Paula Bimbati, Gilvan Marques, Isabella Cavalcante, Rafael Neves e Wanderley Preite Sobrinho
No Rio: Carla Araújo, Felipe Pereira, Lola Ferreira e Lucas Borges Teixeira
Em Brasília: Camila Turtelli, Gabriela Vinhal e Hanrrikson Andrade
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