Carla Araújo: Bolsonaro decide não falar à imprensa no dia da derrota
A colunista do UOL Carla Araújo confirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não vai falar com a imprensa após ser derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se tornou o novo presidente do Brasil neste domingo.
"Bolsonaro não vai falar. Eu consegui confirmar essa informação agora há pouco com três auxiliares diretos do presidente. Decidiu não falar. Há cerca de meia hora, mais ou menos, as luzes do Palácio da Alvorada se apagaram. Tem gente falando que ainda tem algumas outras reuniões de governo rolando, eles estão conversando entre eles, mas o fato agora é que três assessores bem próximos do presidente disseram que ele não se pronunciará hoje sobre as eleições."
Segundo a apuração da jornalista, alguns auxiliares não responderam se Bolsonaro irá questionar o resultado das eleições, enquanto outros disseram achar que isso não ocorrerá.
"A gente espera que amanhã o presidente venha e faça algum tipo de fala ao público brasileiro, afinal, ele ainda é o presidente da República", disse a jornalista em participação no programa especial do UOL.
Com 99,99% das urnas apuradas, Lula foi eleito com 50,90% dos votos. Jair Bolsonaro teve 49,10%.
Enquanto Bolsonaro sem mantém em silêncio, Lula participa de uma comemoração na avenida Paulista.
Toledo: Brasil ficou a 2 milhões de votos de entrar numa autocracia
O colunista do UOL José Roberto de Toledo analisou a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições presidenciais. Ele afirmou que a derrota de Jair Bolsonaro (PL) evitou uma autocracia, regime em que as leis e decisões giram em torno de uma única pessoa.
"A gente passou hoje pela maior prova da democracia brasileira desde o fim da ditadura. Ficamos muito perto, somente 2 milhões de votos, de entrar em uma autocracia. É o destino dos países que reelegeram um populista de extrema-direita, como é o Bolsonaro. Caso ele se reelegesse hoje, estaríamos a caminho de uma fossa. Quando eu falo fossa, é uma latrina mesmo."
Durante o UOL Eleições 2022, Toledo apontou ser um momento histórico para o Brasil por representar um "alívio" diante do cenário político evitado com o fim do governo Bolsonaro.
Oyama: PT estima que transição de governo vai exigir judicialização
Apuração da colunista do UOL Thaís Oyama aponta que o PT acredita que precisará entrar na Justiça durante a transição para obter informações do governo liderado por Jair Bolsonaro (PL).
Segundo Oyama, o PT não tem esperança de que a transição seja feita de forma tão civilizada, como foi com a passagem de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para Lula em 2002, ou de Michel Temer (MDB) para o próprio Bolsonaro em 2018.
"Eles imaginam que terão que judicializar, pois já existe uma lei que determina que o governo que acaba deixe funcionários, informações, aporte e assessores na montagem do novo governo. O PT sabe que conseguirá as informações 'na marra', sem esperar por boa vontade do governo Bolsonaro".
Assista à íntegra do programa especial do UOL nas eleições:
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