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Dilma lembra impeachment após votar em MG: 'Chegou o momento de voltarmos'

Ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016 - José Cruz/Agência Brasil
Ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016 Imagem: José Cruz/Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

30/10/2022 09h50

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) votou na manhã de hoje, em Belo Horizonte (MG), e após sair da seção eleitoral, ela conversou brevemente com jornalistas e recordou do impeachment que a afastou da Presidência, em agosto de 2016. A petista afirmou que tem "grande expectativa de vitória" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Quando eu sai ali do Palácio do Planalto por causa daquele impeachment absolutamente ilegal e fraudulento, eu disse que nós voltaríamos. Para mim, hoje é um dia que eu acho que chegou esse momento de nós voltarmos. Até porque nós temos de reconstruir o Brasil. É muito difícil um país se tornar rico para seu povo se esse povo não tiver um líder em torno de um projeto", afirmou Dilma.

Ao fim do último debate presidencial antes do segundo turno das eleições, na TV Globo, Lula chamou novamente o ex-presidente Michel Temer (MDB) de "golpista", mas negou que isso possa interferir na relação do petista com a senadora Simone Tebet (MDB), que se tornou sua aliada na campanha contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição. Foi Temer quem assumiu a Presidência da República após o afastamento de Dilma.

"Não tenho o MDB me apoiando como um todo. O apoio da Simone a mim, [foi] apoio pessoal dela", afirmou em entrevista à TV Globo na saída do debate. Em seguida, Lula disse que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) "foi um golpe".

"Inventaram uma história, deram veracidade à história e tiraram uma mulher digna que ganhou eleições. Ele [Temer] pode não gostar, mas acho que a Simone não tá aqui por conta dele, tá por conta da campanha virou personalidade importante. Uma mulher que participou ativamente na política", completou.

O petista reiterou que Dilma sofreu "um golpe, inclusive dado por meu adversário [Bolsonaro]. O povo pode ver o discurso que ele fez contra a Dilma no dia da votação. Não dá pra esconder isso. Não dá para fingir que não foi golpe".