Fila de votação varia de um a três minutos, aponta Transparência Eleitoral
As filas de votação no segundo turno das eleições deste domingo (30) variam de um a três minutos em média, segundo balanço preliminar da Transparência Eleitoral Brasil (TEB). A entidade tem 87 observadores em mais de 40 cidades no país e em quatro países estrangeiros. Os dados se referem ao período entre 8h e 9h30 da manhã, segundo a coordenadora da ONG, Ana Cláudia Santano, mas ainda precisam ser conferidos com mais precisão.
O tempo de votação é menor do que o registrado nas primeiras horas do primeiro turno, em 2 de outubro. O motivo é que, hoje, os brasileiros só precisam votar para presidente e, no caso de 12 estados, para governador. Outras razões seriam medidas tomadas pela Justiça Eleitoral para apressar as filas.
"Parece que o fluxo de votação é muito mais dinâmico", avaliou Ana Cláudia. No geral, as eleições transcorrem sem problemas. "Parece que indica padrão de tranquilidade na emissão do voto." Houve filas em 77% das seções analisadas.
A ONG observou que, em quatro locais de votação no país, as cabines de votação não estavam posicionadas de modo a garantir o sigilo do voto. Segundo Ana Cláudia, nessas situações, os equipamentos estão próximos a janelas, estão próximos a objetos que refletem a tela da urna ou permitem ver uma parte do corpo do eleitor.
A Transparência Eleitoral Brasil (TEB) também verificou boca de urna no exterior, em Munique, na Alemanha, em Madri e em Barcelona, na Espanha.
Uma urna falhou. Os mesários imprimiram a "zerésima", o documento que mostra que ela não continha votos antes de começar a votação. Mas aí houve um travamento. Por isso, foi necessário reiniciar o equipamento e reimprimir a zerésima.
Outros três testes de teclado falharam. Os mesários reiniciaram o equipamento e chamaram um técnico da Justiça Eleitoral. Aí, os teclados voltaram a funcionar.
Denúncias serão feitas na terça-feira
Como observadora, a ONG não pode fazer denúncias diretamente aos mesários ou ao juiz eleitoral presente. Só fiscais de partidos políticos podem tomar essa atitude no momento das ocorrências. No entanto, a TEB observa todos os fatos e os relatará às autoridades na terça-feira (2), explicou Ana Cláudia.
Cidadãos que queiram fazer denúncias de crimes e problemas na votação, podem acionar o próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os juízes eleitorais, os mesários e a polícia. Mas a ONG oferece um canal de denúncias também em: vototransparente.com.br.
A Transparência Eleitoral Brasil é a maior missão fiscalização das eleições credenciada pelo TSE neste ano. Existem outras, formadas por observadores estrangeiros ou brasileiros. Os 87 observadores da TEB estavam em mais de 40 cidades de 15 estados. Eles observaram ainda oito cidades que fazem eleições suplementares para prefeito hoje (30).
No dia de hoje, os observadores monitoram os seguintes aspectos da votação:
- se houve a emissão da zerézima, o documento que mostra que urna não contém votos antes de ser ligada;
- se todos os quatro mesários encontravam-se presentes no horário;
- se houve algum impedimento ao trabalho dos observadores;
- se o eleitor tinha informação adequada sobre o local da sua mesa de votação;
- se as cabines de votação estavam instaladas em lugares que preservam o sigilo do voto;
- se há fila para a emissão do voto; e
- se houve falha técnica da urna eletrônica ou de algum equipamento da seção
A entidade fará um novo boletim às 15h de hoje e um à noite. Na terça-feira, haverá um relatório parcial do segundo turno.
Acompanhe no Placar UOL a apuração completa dos votos em tempo real a partir das 17h. Além da disputa presidencial — que vale para todo o país —, também serão mostrados os resultados dos 12 estados em que os eleitores também votarão para governador neste 2º turno.
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