Imprensa internacional destaca retorno de Lula à Presidência do Brasil
A imprensa internacional deu grande destaque à vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como o próximo presidente do Brasil. Em manchetes e atualizações minuto a minuto, tabloides, jornais, sites e portais em todo o mundo estampam nas primeiras páginas notícias sobre o retorno do ex-presidente ao poder.
O jornal norte-americano The New York Times deu destaque à vitória de Lula na primeira página. "Brasil elege Lula, um ex-líder esquerdista, em reprovação a Bolsonaro", diz a manchete, citando o presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado em sua tentativa de reeleição.
"Os eleitores destituíram o presidente Jair Bolsonaro após um mandato e elegeram o presidente esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva para substituí-lo, disseram as autoridades. A vitória completa um renascimento político impressionante para da Silva (Lula) e encerra o período turbulento de Bolsonaro como o líder mais poderoso da região".
A vitória de Lula também foi manchete do britânico The Guardian: "Lula encena retorno surpreendente para derrotar Bolsonaro de extrema-direita nas eleições brasileiras".
"O ex-presidente de esquerda do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, selou um retorno político surpreendente, derrotando o titular de extrema-direita Jair Bolsonaro em uma das eleições mais significativas e contundentes da história do país", escreveu o jornal.
"Com 99% dos votos apurados, Silva, ex-operário fabril que se tornou o primeiro presidente da classe trabalhadora do Brasil há exatamente 20 anos, obteve 50,8% dos votos. Bolsonaro, um 'incendiário' eleito em 2018, recebeu 49,1%".
"Lula vence Bolsonaro e volta à Presidência do Brasil" é a manchete do portal de notícias britânico BBC. "O líder de extrema-direita Jair Bolsonaro é derrotado pelo ex-presidente Luiz Inácio "Lula" da Silva na rodada decisiva da eleição presidencial do Brasil".
Segundo a BBC, "críticos de Bolsonaro o acusam de lidar mal com a pandemia de Covid e permitir desmatamento desenfreado na Amazônia. Os dois candidatos são opostos; Lula é ex-líder sindical de esquerda e Bolsonaro é populista de direita e ex-capitão do Exército".
A manchete do jornal francês Le Monde destacou a vitória apertada de Lula no segundo turno das eleições. "Esta é a diferença mais estreita entre dois finalistas presidenciais desde o retorno à democracia após a ditadura militar (1964-1985). A margem é muito menor do que o previsto pelas pesquisas, que já haviam subestimado a pontuação de Jair Bolsonaro antes do primeiro turno", declara o Le Monde.
"Sobre o anúncio de sua vitória, Luiz Inácio Lula da Silva, que volta ao poder após seus dois primeiros mandatos (2003-2010) e 580 dias de reclusão, de abril de 2018 a novembro de 2019, tuitou uma foto de sua mão, com quatro dedos desdobrados, sobre a bandeira brasileira".
"Lula é eleito o novo presidente do Brasil, mas o que faz Bolsonaro?", questiona a manchete do Suddeutsche Zeitung. "A preocupação é grande, pois ele pode não reconhecer as eleições", diante da vitória apertada do petista, diz o jornal alemão.
Em seu editorial, o espanhol El País destaca que o Partido dos Trabalhadores (PT) conquistou 13,3 milhões de votos a mais do que nas eleições presidenciais de 2018, enquanto Jair Bolsonaro obteve apenas 401.000 votos adicionais.
"Será o início de uma nova era, na qual a ressurreição do ex-presidente de esquerda, preso por um ano e meio por uma condenação por corrupção da qual foi finalmente exonerado, será acompanhada pelo desafio de reconstruir um país gravemente fraturado", observa o maior jornal da Espanha.
"O governo de extrema direita de Bolsonaro, em sua constante e perigosa polarização, deteriorou a qualidade democrática da maior economia da América Latina. O desprezo por instituições como o Tribunal Superior Eleitoral, os constantes ataques às mulheres e minorias e a defesa do uso de armas por parte do presidente puseram em risco a coexistência de 214 milhões de habitantes. Cabe agora a Lula recuperar os valores perdidos e superar uma divisão que, como mostram as eleições, é profunda e tem a capacidade de causar um curto-circuito em suas futuras políticas", analisa El País.
Em Portugal, o Público destaca o discurso de Lula após a vitória. "Pacificação e diálogo, o combate à fome como prioridade e o regresso do Brasil à liderança no combate às mudanças climáticas. No discurso da vitória, Lula colocou o bolsonarismo na gaveta", diz o diário.
* Com informações da RFI
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