Putin e Zelensky, adversários em guerra na Ucrânia, parabenizam Lula
Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, parabenizaram hoje o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela vitória nas eleições presidenciais deste domingo (30). Os dois são adversários em um conflito entre os dois países que se estende desde 24 de fevereiro.
"Os resultados da votação confirmaram sua alta autoridade política. Espero que, por meio de esforços conjuntos, asseguremos o desenvolvimento de uma cooperação construtiva russo-brasileira em todas as áreas", diz comunicado do Kremlin.
No Twitter, Zelensky afirmou que confia na colaboração com o "amigo da Ucrânia de longa data" e no reforço das relações bilaterais, com objetivo de assegurar "democracia, paz, segurança e prosperidade".
Lula foi eleito ontem pela terceira vez, vencendo o presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da corrida ao Palácio do Planalto. Esta é a quinta eleição do PT para a chefia do país —sempre em segundo turno— e a primeira vez que um presidente no exercício do mandato perde a reeleição.
O ex-presidente teve numericamente a maior votação da história —foram 60.345.999 votos (50,90% dos votos válidos). O recorde anterior era dele mesmo, em 2006, com 58.295.042 votos. Bolsonaro ficou com 49,10% dos votos válidos (58.206.354 votos).
Em maio, Lula disse à revista Time que Zelensky é tão culpado pela guerra russa no país quanto o presidente da Rússia. "Ele quis a guerra. Se ele [não] quisesse a guerra, ele teria negociado um pouco mais", opinou.
"É preciso estimular um acordo. Mas há um estímulo [ao confronto]! Você fica estimulando o cara [Zelensky] e ele fica se achando o máximo. Ele fica se achando o 'rei da cocada', quando na verdade deveriam ter tido conversa mais séria com ele: 'Ô, cara, você é um bom artista, você é um bom comediante, mas não vamos fazer uma guerra para você aparecer'. E dizer para o Putin: 'Ô, Putin, você tem muita arma, mas não precisa utilizar arma contra a Ucrânia. Vamos conversar!'", afirmou Lula.
A declaração levou Kiev a colocar o petista em uma lista de figuras internacionais acusadas de promover a propaganda do Kremlin, mas o nome dele foi removido do grupo dias depois.
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