Prefeitura de SP: Veja íntegra da sabatina UOL/Folha com Pablo Marçal

Pablo Marçal (PRTB) é o primeiro pré-candidato à prefeitura de São Paulo sabatinado pelo UOL e jornal Folha de S. Paulo. Ele acumula milhões de seguidores e nas redes sociais se apresenta como "o call center que se tornou mentor de 11 milhões de brasileiros".

Sua pré-candidatura foi oficializada pelo PRTB no dia 25 de maio. Desde então, Marçal ocupa o terceiro lugar nas pesquisas, segundo o Datafolha, com 10% das intenções de voto. Durante a sabatina, o pré-candidato afirmou que pretende levar a disputa ainda no primeiro turno e que não depende do fundo partidário para a campanha. O pré-candidato ainda respondeu sobre uma possível aliança com o União Brasil e sobre a recente desavença com a pré-candidata Tabata Amaral (PSB).

Veja a íntegra da sabatina, conduzida pelos jornalistas Fabíola Cidral, Raquel Landim e Carolina Linhares.

[Fabíola Cidral]: Seja muito bem-vindo, seja muito bem-vinda a nossa sabatina UOL e Folha. Mais uma vez, estamos aqui para te ajudar. Ajudar numa missão que é extremamente importante: escolher quem você quer no comando da sua cidade. Nos últimos tempos, a gente tem entrevistado os pré-candidatos de várias cidades do Brasil.

[Fabíola Cidral]: Chegou a vez de São Paulo. Qual é a São Paulo que você sonha? Qual é a São Paulo que você está construindo? Quem você quer no comando dessa cidade pelos próximos 4 anos? Essa é a nossa missão aqui, te ajudar a escolher quem é essa pessoa. Quem vai comandar essa cidade nos próximos 4 anos? A gente fez aqui um recorte, UOL e Folha, para ouvir os 4 primeiros colocados na última pesquisa Datafolha. A última pesquisa divulgada na semana passada mostrou que os 4 primeiros convocados nessa eleição que estão ali entre os mais votados, pelo menos na intenção de voto, são Ricardo Nunes, o atual prefeito, com 24%; Guilherme Boulos, com 23%; José Luiz Datena, com 11%; e Pablo Marçal, com 10% das intenções de voto. E são esses 4 que nós vamos ouvir nos próximos dias. Vamos começar com o Pablo Marçal, que já está aqui, inclusive no nosso estúdio. Olá, boa tarde. Pablo, seja muito bem-vindo.

[Pablo Marçal]: Boa tarde, Fabíola. Boa tarde a todos que estão assistindo. Boa tarde a Landim e a Carol. Boa tarde a todos. E a gente começa abrindo aí com a minha participação e imagino que vai terminar o resultado da eleição dessa forma. A gente está inaugurando e vai inaugurar um governo diferente, um futuro diferente para São Paulo.

[Fabíola Cidral]: Bom, o Pablo Marçal, para quem ainda não conhece, tem 37 anos de idade e foi o nome escolhido, inclusive, pelo PRTB, que é o seu partido atualmente, para disputar a Prefeitura de São Paulo. Nasceu em Goiânia, é bacharel em Direito pela Universidade Paulista, é empresário, escritor, autor de vários livros e influenciador digital, inclusive, com muitos seguidores. Hoje tem mais de 16 milhões de seguidores em várias redes sociais. Ganhou projeção nacional, inclusive, nas emissoras de TV em relação àquela expedição, com 32 pessoas no topo, que tentaram subir lá, subiram, na verdade, no topo do Pico do Marins, no interior de São Paulo. E, com muita chuva, ventania, acabaram com a ajuda do Corpo de Bombeiros para conseguir descer. No mesmo ano, anunciou também a pré-candidatura à Presidência pelo PROS, mas teve a candidatura barrada pela Justiça Eleitoral. E, nessa última pesquisa, a Datafolha, como eu disse, ficou na quarta colocação, com 10% das intenções de voto. E garante aí que segue firme nessa disputa. A partir de agora, a gente faz a entrevista com o Pablo Marçal. Comigo, nessa entrevista, Raquel Landim, minha companheira aqui no UOL. Olá, Raquel.

[Raquel Landim]: Boa tarde. Oi, Fabíola, boa tarde. Oi, Pablo, boa tarde. Boa tarde, Carol.

[Fabíola Cidral]: Carolina Linhares, que é do jornal Folha de São Paulo, conosco ao vivo também. Olá, boa tarde.

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[Carolina Linhares]: Boa tarde para todo mundo.

[Fabíola Cidral]: Você que está nos acompanhando pelo YouTube e pela página do UOL, pode mandar sua pergunta também aqui para o Pablo Marçal. Eu estou aqui com o chat aberto e a gente pode, inclusive, ler sua pergunta. Vamos lá, Pablo. Eu queria iniciar te perguntando por que você quer ser prefeito da cidade de São Paulo. Você é um empresário super bem-sucedido. Inclusive, você fala bastante sobre isso. Uma pessoa que conseguiu sair de uma família mais pobre, chegar onde você chegou. Você tem várias empresas nesse momento. Você tem livros publicados. Você é um crítico do sistema. Você sempre coloca isso como uma grande crítica do sistema atual político, do que está errado na política. Por que você quer se tornar prefeito da cidade de São Paulo? Por que você quer entrar no sistema?

[Pablo Marçal]: Na verdade, não é eu que quero, é o povo que precisa. Aí está uma grande diferença. Todo dia, algum amigo, algum empresário, pessoas que trabalham no nosso grupo, que direta e indiretamente tem mais de 2 mil pessoas, eles perguntam: "Mas você já tem tudo. O que você quer?" Se eu tivesse tudo, eu não estava aqui. Eu quero um país desenvolvido. Eu quero um país de primeiro mundo. E eu acredito que, se São Paulo mudar, se São Paulo acreditar nisso, o Brasil inteiro vai ganhar. Então, não é que eu estava sem problema. É um grande problema a prefeitura de São Paulo. É um grande desafio. E aí, no final da sua pergunta, você deixou, eu não sei se foi proposital, você falou assim: "por que você quer entrar no sistema?" Não, eu não quero entrar no sistema. Eu quero colocar pessoas que não se curvam para esse tipo de sistema. O sistema não é a lei. O sistema é o modus operandi que o político toca a política. Eu já estou na política há alguns anos, auxiliando, ajudando. Quando eu era garoto, meu pai era funcionário do Legislativo. Então, eu entendo um pouquinho como essas coisas funcionam. E a grande verdade é que eu não acordei com essa vontade. Eu percebi que o Salles, que tinha 18 pontos na pesquisa, que era para ele ser candidato, falava aquela mesma língua que eu. E eu percebi que ele foi sacado. E eu falei: "O que está de errado aqui nessa prefeitura de São Paulo? Por que o Valdemar fez esse saque?"

[Pablo Marçal]: E uma das eleições mais difíceis que existe é a de prefeitura, a municipal, de vereador e de prefeito. E são tantas alianças que ninguém deixa gente boa disputar. Se tivesse realmente gente à altura, com mentalidade, querendo tirar o povo de verdade da miséria, não com proselitismo, não com barganhas eleitoreiras, eu jamais ia mexer com isso. E como eu tenho um sonho, um sonho de ver esse país se tornar uma nação de primeiro mundo, pessoas do nosso nível de trabalho, de esforço, de servidão, eu que já venho servindo uma nação africana, na verdade eu tenho servido várias, mas a principal onde eu dedico é em Angola. Eu fui picado ali pelo espírito público em 2019. E, quando eu estava saindo dali, eu lembro de um garoto chamado Paulo falando "você nunca mais vai voltar aqui, né". Agora no final do ano, faz cinco anos que eu estou nesse projeto, e eu prometi para esse garoto, "eu só saio daqui depois que a última família entrar na última casa".

[Pablo Marçal]: Todos os meus aniversários a gente faz arrecadação, faz leilão, eu levo muitos empresários para lá para investir, todos os eventos que eu já produzi na África, o recurso fica nesse lugar. A gente realmente tem uma aliança com esse povo. E eu estou um pouco assustado porque São Paulo tem a África do Brasil. E eu percebi, por exemplo, indo lá em Travinhas, eu perguntei para todas as pessoas que eu tive contato ali, quanto tempo vocês estão aqui enfiado dentro do esgoto? "30 anos". Aí eu me pergunto, já passaram três governos do PT, esses três governos aí de Doria, Covas e Nunes, e pegar as últimas seis prefeituras, não existe um único melhoramento na vida dessas pessoas. Aí alguém pode falar: "Está faltando dinheiro!". Como que está faltando? Está faltando R$111 bilhões, o terceiro maior orçamento do Brasil. Não faz o mínimo sentido.

[Pablo Marçal]: Falta gente que tem que parar de sequestrar emocionalmente os mais pobres e dar oportunidade para eles. Na vida privada, eu tenho um milhão e meio de alunos, um pouco mais de um milhão e meio, e eu falo realmente sobre prosperidade. E falo para eles, 'vocês têm que criar suas oportunidades!'. Só que essas pessoas estão enfiadas nos esgotos, essas pessoas precisam que a gente dê oportunidade e pegue na mão delas. E eu quero servir. Se não for para servir as pessoas, eu não quero entrar em um sistema. O prefeito ganha menos do que um piloto de helicóptero meu. Então, por que eu vou mexer com isso?

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[Fabíola Cidral]: Você vai abrir mão do seu salário?

[Pablo Marçal]: Salário para mim, se eu abrir meu Instagram aqui e falar qualquer coisa, eu acho que eu ganho esse salário a cada 30 segundos. Tanto faz para mim isso. Se o povo pedir, eu dou. Isso é irrelevante para mim. Eu não quero falar que vou dar para dar manobra eleitoreira, que eu sei que pessoas fazem por isso.

[Fabíola Cidral]: O Doria doava o salário dele.

[Pablo Marçal]: É, mas eu não tenho nada a ver com o Doria. O Doria é da turma do Nunes. Então, se ele fez isso, eu já não vou fazer em homenagem a não seguir o caminho dele.

[Raquel Landim]: Pablo, mas como é que você pretende chegar lá? Porque as últimas pesquisas estão te mostrando com 7% a 10% de intenção de voto.

[Pablo Marçal]: Qual pesquisa está mostrando isso? O último Datafolha te mostra com 10% de intenção de voto.

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[Raquel Landim]: O último Datafolha te mostra com 10% de intenção de voto.

[Pablo Marçal]: Ah, legal. A Veritá está mostrando com 14,6%, empatado tecnicamente com Nunes. Você viu essa da Veritá?

[Raquel Landim]: Tem várias pesquisas na praça. A gente pode citar um monte aqui. A minha pergunta é sobre estratégia. Como é que você pretende chegar no segundo turno?

[Pablo Marçal]: Não vai ter segundo turno. Eu não estou pretendendo chegar em segundo turno. Nós temos 8 milhões de eleitores. Eu preciso de 3 milhões de pessoas que querem fazer o Brasil ir para frente. A prefeitura de São Paulo não é sobre uma cidade. É sobre o futuro do país. Se fosse qualquer outra prefeitura, eu não entraria. Eu quero é mudar a cabeça do povo. Se São Paulo realmente mudar, a gente levar esse povo para o futuro, o Brasil inteiro é obrigado a mudar. Para mim, hoje, entendendo a seriedade da prefeitura de São Paulo, ela é mais importante que a Presidência da República. Um prefeito com disposição, com relacionamento, que não é esses caras que ficam afobados com o poder ou ouvir centenas de milhões ou bilhões. Se esse cara realmente for do social e virar um pau na máquina e produzir, o Brasil inteiro vai mudar.

[Raquel Landim]: Mas, Pablo, qual que é a sua estratégia? Porque hoje o seu arco de alianças hoje não te permite, por exemplo, acesso ao fundo partidário, que os partidos usam. Como você vai financiar a sua campanha?

[Pablo Marçal]: Não vou usar isso. Eu fico até com pena de quem precisa de fundo partidário. O que eu mais tenho é gente querendo doar na campanha. Eu falo "calma, não precisa disso". Eu não quero dever a ninguém. Só pra você ter uma noção, eu tenho um milhão e meio de alunos e eu faço alguns lançamentos, eu faço 60 milhões, 120 milhões, 189 milhões. Quando a pessoa me conhece e sabe que eu consigo mudar a realidade dela, ela paga por isso. Agora, você imagina eu pedindo para as pessoas doarem numa campanha, vai ser igual o Trump, o Trump já arrecadou mais de um bilhão.

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[Fabíola Cidral]: Mas não é complicado misturar isso?

[Pablo Marçal]: Não, eu já te respondo. O Trump já arrecadou, o Trump é bilionário, ele já arrecadou mais de um bilhão de reais na campanha e nem esquentou a campanha ainda. Só pra você entender, o União [Brasil] provavelmente vai andar com a gente, só não selou ainda porque tá caro demais o pedido deles, eu preciso crescer um pouco mais, eu não sei se você tá acompanhando direitinho, a gente tá crescendo 102 mil votos, interseção de votos todos os dias.

[Raquel Landim]: Caro em que sentido o pedido deles?

[Pablo Marçal]: É o que eles estão me pedindo, é caro pra mim.

[Fabíola Cidral]: O que é que eles estão pedindo? O que é que é o caro?

[Pablo Marçal]: É tipo a minha alma, eu não quero entregar isso.

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[Raquel Landim]: Você prometeu apoiar o Ronaldo Caiado em 2026 na eleição presidencial?

[Pablo Marçal]: O Ronaldo é meu amigo de muitos anos, caso o Bolsonaro não esteja elegível, já falei isso pra ele, dependendo de qualquer acordo que ele quiser, a pessoa que a gente vai apoiar é o Bolsonaro. Aí alguém fala, mas o Bolsonaro tá apoiando o Nunes, é aí que tá o jogo de xadrez, tá apoiando até a hora que alguém revelar pra ele que o Nunes é o seu irmão. Deixa eu só terminar a linha de raciocínio.

[Raquel Landim]: O acordo com a União Brasil passa por um apoio a Ronaldo Caiado e esse acordo está fechado pelo Ronaldo?

[Pablo Marçal]: Vamos lá, a União Brasil, o nome é União, é o Rueda, ACM e Caiado, Caiado é meu amigo de muitos anos, tem meu respeito e eu já respondi que o apoio a ele tá vinculado ao Bolsonaro continuar inelegível. Isso se eles vierem a gente acertar os ponteiros. Quando eu falei pra vocês que tá caro, tá caro por quê? Porque, se eu cresço um pouco mais, vai ficar mais barato o que eles tão me pedindo. E o que eles tão me pedindo, a gente toda hora tá sentando pra resolver isso, não dá pra revelar agora.

[Pablo Marçal]: Mas a grande verdade é o seguinte, eu tô muito animado porque alguém falou assim pra mim, o Instituto de Pesquisa já prevê seu teto, vocês não deram conta nem de prever que eu ia entrar? Primeira coisa. Segundo, vocês falaram a mesma coisa do Bolsonaro. Bolsonaro tinha um teto de 7% e virou presidente do Brasil. É assim, eu fico 'animadaço' quando a gente tá ali crescendo, é legal, eu gosto de zoar com os outros, os candidatos se cumprimentam, a gente troca mensagem no WhatsApp, só um dos pré-candidatos que estão na frente que eu não converso, os demais eu falo com todo mundo. O Nunes manda mensagem, 'parabéns pelo crescimento', a gente troca ideia todo mundo. Eu sou o único pré-candidato que segue todo mundo, inclusive, então tá tudo certo.

[Carolina Linhares]: Mas, candidato, o senhor tá defendendo a candidatura do Bolsonaro em 26, acima aí dessa conversa que o senhor tá tendo com a União Brasil, o senhor esteve com ele, o senhor já disse que gostaria de ter tido o apoio dele e o senhor mencionou que ele apoia.

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[Pablo Marçal]: Eu não falei isso.

[Carolina Linhares]: O senhor gostaria de ter o apoio do Bolsonaro?

[Pablo Marçal]: Eu não falei isso, isso é só uma palavra sua, desculpa. Todas as vezes que vocês falarem, você falou abrindo aspas, eu vou corrigir.

[Carolina Linhares]: Não, o senhor, eu fiz uma entrevista com o senhor, eu perguntei, o senhor gostaria de ter o apoio do Bolsonaro? O senhor me respondeu, abre aspas, quem não gostaria, fecha aspas.

[Pablo Marçal]: Então é diferente, você fez uma pergunta aí, presta atenção, então é muito bom você verbalizar.

[Carolina Linhares]: Deixa eu continuar minha pergunta, pré-candidato. O senhor tem essa proximidade com o Bolsonaro e como é que o senhor se sente vendo ele apoiar o Ricardo Nunes, que não é uma pessoa que nasceu no seio da direita, talvez não pense como o Bolsonaro, não tem as mesmas afinidades que o senhor tem e hoje a gente vê que a pesquisa Datafolha mostra que 42% dos eleitores do Bolsonaro votam em Ricardo Nunes e apenas 22% votam no senhor, quer dizer, o apoio do Bolsonaro, o Bolsonaro dizer para as pessoas votem no Ricardo Nunes surte efeito, as pessoas votam no Ricardo em vez de votar no senhor. Como que o senhor se sente vendo isso?

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[Pablo Marçal]: Ele deve estar há dois anos fazendo campanha, entregando um monte de obra, está bem interessante. O eleitor do Bolsonaro é um eleitor que pensa, ele não é movido por essa paixão aí não. As pessoas estão me mandando mensagem, principalmente os bolsonaristas, falando, caramba, que entrevista foi aquela, na Jovem Pan. Que entrevista foi aquela? Mas se é mais uma aqui, que pessoas vão acordando para a realidade e até agradeço o espaço de vocês para a gente mostrar o que eu estou fazendo. Existe uma desconfiança, muita gente acha que eu estou dando um golpe de marketing, que eu estou de brincadeira, correndo risco de vida, que eu fui ameaçado de morte, verdadeiramente, já registrei aqui na delegacia de São Paulo. Tem gente que acha que eu vou parar meus negócios, que tem um valor de mercado de bilhões para ficar fazendo gracinha, só que as pessoas estão descobrindo aos poucos.

[Pablo Marçal]: Um bolsonarista roxo aqui falou, "se você for o que você está falando, eu vou te apoiar". Eu respondi para ele "eu sou mais do que eu estou falando", eu estou falando o que você pode ouvir por enquanto. Então assim, sobre o Bolsonaro, tem uma pesquisa também da Datafolha que fala que 63% do eleitorado da cidade de São Paulo não vai votar por indicação de padrinho político. O próprio Bolsonaro não tinha um padrinho político, o que eu quero é o povo, eu preciso conquistar o povo e esse ônus é meu, esse ônus é meu, todas as vezes que eu fui nas comunidades, nas periferias, estou indo nas favelas, as pessoas estão me conhecendo e tomando um susto. 'A gente achava que você era um cara arrogante, eu arrogante?'. Eu arrogante, não. Você viu um corte na internet que eu fiz de propósito para você enxergar o outro cara, para eu entrar na sua cabeça, para depois eu te mostrar quem eu sou, infelizmente no Brasil não tem como você, se vocês pegarem seus celulares, que é o que vocês vão fazer durante essa sabatina, vamos pesquisar uma coisa aqui do Marçal, eu duvido que vocês consigam achar alguma notícia boa ao meu respeito e eu já fiz muita coisa boa, já ajudei muita gente, só que eu não pago notícia.

[Pablo Marçal]: Só que tem gente que não gosta de mim, que só quer me sarrafear, pelos meus ideais, porque eu defendo espiritualidade, eu defendo família, eu defendo prosperidade, que parece que é tudo contra o que as pessoas do centro intelectual desse país defendem. Você só vai achar coisa ruim, se você ficar pesquisando meu nome até eu falo, cara, o que a gente tem que fazer? Eu tenho a vontade de comprar uns 10 sites desses iguais de vocês, UOL, Folha, para ver se controla esse país, estou falando sério, respeito demais a imprensa, mas o desafio que eu faço para todo mundo que está assistindo é pesquisa meu nome, vê quantas casas eu já construí, quantas famílias eu já restaurei. Só vê quantas milhares de pessoas prosperaram. Você não vai ver notícia boa ao meu respeito. Por que a mídia é desse jeito? É uma coisa muito simples.

[Raquel Landim]: Mas o que você está dizendo? Você tem vontade de comprar sites de informação para manipular as informações que vão ser publicadas?

[Pablo Marçal]: Não, para falar a verdade, para falar a verdade.

[Raquel Landim]: Não, mas se você falar a verdade e falar bem do senhor...

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[Pablo Marçal]: Para falar a verdade tem que pagar, mãe, para falar a verdade tem que pagar, está igual a pesquisa eleitoral de 2022, eu sentei com alguém e falei, mas por que eu não saí de 1% para presidente? Porque pagaram para você não subir. Na eleição do governo de São Paulo, eu lembro do ex-governador de São Paulo com o peito aberto falando, não, eu tenho 489 prefeituras, eu vou ganhar, eu falei, mas ninguém está falando de você na rua.

[Fabíola Cidral]: Mas você acha que o papel da imprensa é falar bem?

[Pablo Marçal]: Não, é falar a verdade, você pode falar do pico dos marins, mas fala, esse cara está ajudando o povo lá do sul, no sul ainda saí de fazedor de fake news, eu fui o cara que mais ajudou, e não tem uma notícia falando, o Marçal mandou 206 carretas, 3.9 milhões de quilos, parou todas as suas empresas, usou todos os seus aviões, usou seu networking, ninguém, nem zero notícia, mas aí a bonitona lá do Globo News, junto com o governo que banca a notícia, ele é o fazedor de fake news. E junto com o Paulo Pimenta que quer ser governador e senador do Rio Grande do Sul, e começa a falar o que quer, o que acontece, o povo já não é bobo mais, quando você fala pesquisa, fala isso, que pesquisa, cada uma das pesquisas é enviesada do horário que faz a pesquisa.

[Pablo Marçal]: Se você for na 'quebrada', por exemplo, e fizer pesquisa durante a semana, vai dar um resultado, porque quem está lá é um neném, nem estuda e nem trabalha, se você for no final de semana, quem trabalha, vai estar lá, eles vão estar no descanso, aí a resposta da pesquisa é outra, se você fizer pesquisa com mil, eles que estão fazendo, eu já falei, não precisa, porque a gente precisa de um câmbio de energia, de mostrar a verdade e falar com as pessoas, eu ainda continuo falando, e quero, quero ter, sabe pra quê?

[Raquel Landim]: O senhor quer ter um veículo de comunicação.

[Pablo Marçal]: Não, quero um não, quero dez.

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[Raquel Landim]: Pra manipular a informação que for publicada.

[Pablo Marçal]: Isso é da sua boca, você que está falando, eu já te respondi, manipular é só da sua boca.

[Raquel Landim]: O senhor que falou.

[Pablo Marçal]: Landim, você falou manipular, a Fabíola reforçou e eu falei assim pra ela.

[Raquel Landim]: O senhor disse que quer ter veículo de informação para eles publicarem as informações boas.

[Pablo Marçal]: A verdade, ela falou boa, eu falei verdade, você tem que estar em sintonia, foi ou não foi, Fabíola?

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[Fabíola Cidral]: Perguntei.

[Pablo Marçal]: Eu não pergunto, é pra mandar a notícia boa não, é pra falar a verdade.

[Carolina Linhares]: Mas falando de pesquisa, candidato, o senhor, a pesquisa, a gente vai saber no primeiro turno, a gente vai saber quando as urnas forem fechadas, a contagem foi feita, quanto cada candidato vai ter. O senhor hoje tem uma rejeição que é a segunda principal rejeição, só pede pro Boulos em rejeição.

[Pablo Marçal]: O Lula que tinha a maior rejeição foi presidente da República.

[Carolina Linhares]: E o senhor não deixou claro ainda como que o senhor vai chegar lá, o senhor disse que não vai ter nem segundo turno, que o senhor vai chegar no primeiro turno.

[Pablo Marçal]: O povo de São Paulo é direto no ponto, não gosta de enrolação.

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[Carolina Linhares]: E o senhor disse que precisa conquistar o povo, que os bolsonaristas não vão seguir o que o Bolsonaro tá dizendo quando conhecerem o senhor, mas o senhor não explicou qual que é a estratégia, qual que é a receita, qual que é o método.

[Pablo Marçal]: Se eu der a receita, o Boulos vai usar, ué. Eu vou contar a receita com você?

[Carolina Linhares]: A gente tá aqui pra saber como é que o senhor vai fazer a campanha do senhor.

[Pablo Marçal]: Não, mas eu não vou contar como é que eu vou fazer isso. Eu já falei, vou conquistar o povo, eu acabei de dar a resposta.

[Fabíola Cidral]: Pelas suas postagens e entrevistas, é possível ver que o senhor tem atacado bastante no Nunes, falar que vai vir o seu voto? por exemplo, tirar votos do Ricardo Nunes?

[Pablo Marçal]: O Nunes nunca teve voto pra prefeito, ele veio de um cargo de vice, ele é herdeiro, então ele vai experimentar a urna como prefeito pela primeira vez.

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[Fabíola Cidral]: Porque, você acha que é possível você pegar voto, por exemplo, do Guilherme Boulos?

[Pablo Marçal]: Você imagina você parar lá na quebrada e perguntar, seu voto é de quem? A maioria não tá nem pra isso, é igual o campeonato de futebol, é só no final que o povo decide. Tem gente que fica sacaneando todo ano e fala, põe o nome do Boulos aí, porque parece que ele defende a gente. O que que Boulos fez por esse povo? A favela tá lá há 30, 40, 50 anos do mesmo jeito. O povo não é bobo não, eles vão ver que tem alguém que vai fazer.

[Pablo Marçal]: Inclusive, toda favela que deixar eu entrar, se eu ganhar ou não pra prefeitura, se vocês falarem, a gente não quer te contratar pra ser o prefeito, eu vou ajudar do mesmo jeito. Já fica nítido isso aí.

[Carolina Linhares]: E por que que o senhor não ajudou até agora, se o senhor é eleitoral?

[Pablo Marçal]: Eu já ajudo lá na África, eu ajudo em outros países.

[Raquel Landim]: E em São Paulo?

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[Pablo Marçal]: Porque senão depois vão me colocar um processo eleitoral ainda. Ajudei lá no Rio Grande do Sul quando precisou, ajudo até gente que precisa nos Estados Unidos, porque o filme não mostra que tem gente precisando. Eu tenho empresas em alguns países e a gente ajuda outras nações. Já faço isso há muitos anos.

[Raquel Landim]: A Polícia Federal reuniu uma série de evidências sobre Jair Bolsonaro no caso das joias. Qual é a sua opinião sobre esse caso? O senhor acha que ele é o comandante dessa organização criminosa que desviava...

[Pablo Marçal]: De qual organização?

[Raquel Landim]: Vou explicar. Que desviava joias, presentes, recebidos por líderes internacionais para o patrimônio público brasileiro, que desviava isso para o exterior e vendia lá fora para custear a estadia de Bolsonaro nos Estados Unidos?

[Pablo Marçal]: O presente é de quem? O presente é do presidente da República ou da União? Você sabe responder?

[Raquel Landim]: O presente pode tanto estar em caráter personalíssimo quanto em caráter de patrimônio público, mas não pode ser vendido no exterior.

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[Pablo Marçal]: Tá bom. Se não pode ser vendido no exterior, então ele que arque com isso. Agora a gente quer saber os outros containers que o Lula tirou lá do...

[Raquel Landim]: Eu perguntei sobre o Bolsonaro.

[Pablo Marçal]: Eu respondo o que eu quiser, porque eu vou te explicar. Já respondi.

[Raquel Landim]: O senhor acha que ele é o comandante dessa organização criminosa ou não?

[Pablo Marçal]: Isso é uma ilação falar isso. Primeiro, é uma suposição que tem.

[Raquel Landim]: Não, não é uma ilação, não.

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[Pablo Marçal]: É uma ilação.

[Raquel Landim]: A Polícia Federal indiciou ele. Eu estou perguntando a sua opinião.

[Pablo Marçal]: A Polícia Federal prendeu o Lula, foi condenado em três instâncias por nove juízes, cumpriu 588 dias de cadeia e alguém foi lá e descondenou ele e todo mundo o chamou de inocente. Quem é a Polícia Federal nisso?

[Pablo Marçal]: A Polícia Federal é o ministro da Justiça que está mandando nele, pode fazer o que quiser. Inclusive, não tem nenhuma irregularidade na minha campanha de 2022, a Polícia Federal foi lá em casa também.

[Fabíola Cidral]: Você não acredita na Polícia Federal?

[Pablo Marçal]: Eu acredito em Deus. Todo mundo é corrompível. É uma pena ver isso, esse bombardeio da mídia em cima do Bolsonaro. Por quê? Porque está aumentando o gás e a gasolina e tem um pacote querendo aumentar todo tipo de taxa e imposto. Só que aí coloca o Bolsonaro na frente, o povo fala dessas jóias e depois rouba a jóia lá do prato da sua casa, rouba a comida básica que você tem, o gás está ficando mais caro, a gasolina está ficando mais cara, esse sempre foi o jogo.

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[Raquel Landim]: Mas o senhor disse então que se foi vendido no exterior ele tem que responder. Agora o senhor está dizendo...

[Pablo Marçal]: Peraí só um pouquinho. Primeira coisa que a gente precisa? Para esclarecer.

[Raquel Landim]: Agora o senhor está dizendo...

[Pablo Marçal]: Eu posso responder?

[Raquel Landim]: Só um minutinho.

[Pablo Marçal]: Não, deixa eu terminar.

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[Raquel Landim]: O senhor esclarece a pergunta.

[Pablo Marçal]: Eu tenho que terminar.

[Raquel Landim]: Eu tenho que esclarecer a pergunta.

[Pablo Marçal]: Fica à vontade, tem 41 minutos. Seguinte, se o Bolsonaro tem acesso aos presentes, a maioria que eu tive notícia ele devolveu, o presente é dele. E uma declaração já da PGR, da Advocacia Geral da União, já falou que o presente é dele. Ele faz o que ele quiser com esse presente? Ele é um cara simples, eu tenho conhecimento dele, ele usa um G-Shock, ele usa um relógio normal. Ele não gosta dessas preservadas que o Lula gosta e anda de Patek Philippe não. E eu não sou contra que eu também ando de Patek Philippe, só que o Bolsonaro não gosta disso. E vocês querem massacrar a imagem dele como se ele tivesse devendo alguma coisa. Se ele não pode ficar com os presentes, eu duvido que ele vai ficar, é só devolver.

[Pablo Marçal]: Inclusive o Eduardo Bolsonaro, brilhantemente, pediu para o príncipe da Arábia Saudita pegar os presentes de volta, já que vocês estão com essa confusão toda. Eu acredito de verdade que o Bolsonaro, pela simplicidade dele, a mídia soltou lá de forma chula, que era R$ 25 milhões e depois teve que corrigir, e ninguém fala que é fake news. Eu não vi nenhuma notícia falando que vocês soltaram fake news de R$ 25 milhões.

[Raquel Landim]: Não foi a mídia. A Polícia Federal divulgou dentro do...

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[Pablo Marçal]: Então vocês têm que divulgar. A Polícia Federal divulga fake news.

[Raquel Landim]: Nós todos divulgamos.

[Pablo Marçal]: Isso. Não é errou. Não, tá escrito assim ó, Polícia Federal errou. Não, vocês têm que escrever, Polícia Federal divulga fake news, que isso é notícia mentirosa.

[Raquel Landim]: A Polícia Federal, dentro do relatório, colocou um número e depois se corrigiu.

[Pablo Marçal]: Ou seja, fez uma fake news e depois corrigiu.

[Carolina Linhares]: A Polícia Federal não faz notícia. A Polícia Federal faz investigação, não faz nem fake news, nem isso.

[Pablo Marçal]: Então isso aí não virou notícia?

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[Carolina Linhares]: Eles fizeram uma avaliação das joias e corrigiram essa avaliação, esse é o papel da Polícia Federal.

[Pablo Marçal]: Então a impressão errada foi uma fake news e depois vocês passam esse paninho. Desculpa falar, mas é muito chato.

[Carolina Linhares]: Agora o senhor falando da Polícia...

[Pablo Marçal]: A Polícia Federal não faz fake news, e eu faço lá no Rio Grande do Sul. Quem tem que fazer fake news é qualquer pessoa que dá notícia errada. A Polícia Federal fez sim. Aí foi lá poucas horas depois e corrigiu? Eu sou contra 100%. Não precisa ficar inventando conversa. Fale a verdade.

[Pablo Marçal]: Só que passar pano: 'Ah, ela não é fazedora de notícia.' Qualquer pessoa que dê declaração tá criando uma notícia. E prejudicou muito o presidente Bolsonaro. Eu odeio injustiça. Eu já fui processado criminalmente por 13 anos, fui injustiçado e eu tenho pavor disso. Eu tenho raiva disso.

[Carolina Linhares]: Exatamente, a gente queria falar desses assuntos também, o senhor mencionou a Polícia Federal, o senhor é alvo de investigação da Polícia Federal por causa da campanha do senhor de dois mil e vinte e dois, qual que é a suspeita da Polícia Federal, qual que é a acusação de que o senhor usava o dinheiro da campanha, que foi parte paga pelo senhor, parte de doações, pra contratar empresas do senhor, pra usar?

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[Pablo Marçal]: Zero. Dinheiro meu, da minha esposa e de um sócio.

[Carolina Linhares]: Isso, pra usar os jatinhos, pra usar os jatinhos do senhor, né, quando o senhor precisou se deslocar na campanha, o senhor contratou a sua própria empresa de jatos. A dúvida é, o senhor teme que esse processo possa levar o senhor à ineligibilidade e como que o senhor vai tratar o dinheiro desta campanha, o senhor vai contratar as suas empresas de novo?

[Pablo Marçal]: Vamos lá, Brasil que tá me assistindo: eu doei meu dinheiro, minha esposa doou e um sócio doou, não tem um real de dinheiro público. Eu sou jurista, fiquei cinco anos na academia de direito, eu tenho um corpo jurídico muito bom, nós avaliamos e falamos, nós vamos contratar um táxi aéreo para gastar vinte mil reais por hora, trinta mil reais por hora?

[Pablo Marçal]: Não, vou usar a minha máquina que eu gasto oito, doze mil reais por hora e tudo tá muito bem declarado, só que a tática é simples, vamos criar um embolo, vamos noticiar isso pro Brasil inteiro e o mais bonito de tudo, é que eu quero agradecer vocês, é esse o meu grilo pessoal com mídia, é que seis horas da manhã os caras estavam lá, seis e quinze, sei lá, seis e trinta, todos vocês publicaram ao mesmo tempo, parece que vocês fazem parte do mesmo rolê, sabe?

[Raquel Landim]: Isso é uma ilação que o senhor tá fazendo.

[Pablo Marçal]: Isso não, isso é real que eu tô falando.

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[Raquel Landim]: Não, é uma ilação. Que existe um rolê.

[Pablo Marçal]: É porque não faz sentido todos publicarem ao mesmo tempo, eu tava acompanhando, eu tô falando da coisa que aconteceu comigo, se vocês ganharam alguma coisa com isso eu não sei.

[Raquel Landim]: Isso aí é outra ilação que o senhor tá fazendo.

[Pablo Marçal]: Como é que é? Você tem um grupo do WhatsApp e aí põe a notícia e todo mundo posta junto?

[Carolina Linhares]: O senhor que vive nas redes sociais sabe quando a notícia acontece a gente tá lá em cima da notícia.

[Pablo Marçal]: Tá todo mundo junto, tipo assim, dezoito canais de comunicação soltando.

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[Fabíola Cidral]: Quando acontece uma operação da Polícia Federal, ela divulga, tá até no site dela, você pode acompanhar, eles divulgam ao mesmo tempo, todo mundo tá lá, tá no site da Polícia Federal, iniciada uma operação.

[Pablo Marçal]: O cara tava lá na minha garagem, postou a foto, aí ele manda pro lugar, saiu automaticamente, tudo bem, é só pra gente pensar aí, zero, não tem nada de errado nisso. Tá correndo o inquérito, eu espero, né, que a polícia estava lá em casa, e aí, cadê os documentos? Que documentos? Tá tudo aí, é digital, nós estamos na era digital, o maior respeito do mundo e eles todos sem graça, né, tipo, o que nós estamos fazendo aqui? Tem que cumprir ordem? Eu entendo. Só que aí que tá o detalhe, o presidente da República tendo o poder de mandar na Polícia Federal é uma lástima.

[Pablo Marçal]: A gente tem três poderes, a gente precisava de ter uma cobrança em cima desses três poderes pra alguém que ajudou o ex-presidente da República, porque eu ajudei e financei também a campanha do presidente, alguém me pôs numa lista pra me perseguir.

[Pablo Marçal]: A minha esposa dentro do banheiro lá de casa, com a Federal lá dentro, falou, agora você desiste desse 'trem' de política, agora que eu vou até depois do fim, a gente não deve nada e eu tô pronto pra última consequência. Pra vocês que acham que eu vou vender a minha candidatura, igual tem outra pessoa aí que vai vender, todo ano faz isso. Eu não vou vender. Se você acha que eu tô de palhaçada, eu não tô de palhaçada e nós seremos o próximo prefeito da cidade de São Paulo.

[Raquel Landim]: Candidato, em 2010, o senhor foi condenado por participar de uma quadrilha que desviava dinheiro dos bancos pela internet. O senhor nunca chegou a ser preso porque quando o processo transitou em julgado, a sua pena já estava prescrita.

[Pablo Marçal]: Graças a Deus.

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[Raquel Landim]: O senhor acha que essa condenação, ela coloca uma mancha moral pro senhor ser prefeito de São Paulo?

[Pablo Marçal]: Não, meu pai me ensinou a ser homem, nunca toquei nada de ninguém, essa quadrilha que você fala, eu nem sei quem é, nem sei que quadrilha que é, você consertava o computador pra um cara e um dia eu fui lá e tomei um processo de 13 anos.

[Raquel Landim]: O senhor também tirava a lista de e-mails e entregava pra ele das vítimas.

[Pablo Marçal]: Negativo, isso aí, pô, você tá inventando.

[Raquel Landim]: Não, quem disse, é a Polícia Federal no processo.

[Pablo Marçal]: Pode falar o que quiser, eu tô falando a realidade. Eu consertava o computador pra um cara, ganhava R$ 400 pra ajudar em casa, nossa família realmente não tinha condição nem de existir, eu trabalhei uns 3 meses e depois tomei um processo de 13 anos, eu não sei se você acompanhou o processo inteiro, nem advogado tinha, a minha parte correu a revelia, eu não tinha dinheiro, R$ 2 mil pra pagar o advogado.

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Eu odeio injustiça e eu sei porque que muitas mães aqui na quebrada sofrem, porque seus filhos se não tiver condição, se a gente não der oportunidade pra eles, eles vão enfrentar esse tipo de coisa e vai pro front com a polícia e vai morrer todo mundo. Eu vim da periferia também, eu vi um monte de gente saindo de lá, indo pra caixão porque não tiveram oportunidade.

[Fabíola Cidral]: Como é que você enriqueceu tão rápido, Pablo?

[Pablo Marçal]: Você acha rápido?

[Fabíola Cidral]:Não foi 2010 que você falou que não tinha dinheiro nenhum?

[Pablo Marçal]: Não, 2010, não, 2011, 2012, 2013 começou a ter dinheiro, trabalhando. Aqui a mão, olha meus calos aqui, dá pra pegar aí ou não?

[Fabíola Cidral]: Mas como é que foi o processo de você conseguir se tornar essa pessoa tão rica? Como é que foi isso? Como é que você chegou lá?

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[Pablo Marçal]: Na verdade, todo mundo é rico, só que a escassez não deixa as pessoas prosperarem.

[Fabíola Cidral]: Mas é rico sim de comprar carro importado, de ter uma mansão, eu tô falando rico nesse sentido, não nessa riqueza espiritual que você fala.

[Pablo Marçal]: Ela vem de lá, ela é espiritual, depois desce na alma e depois que o seu corpo aceita com o seu cérebro é que você acessa isso aí. Meu primeiro carro bom foi um Jetta em 2011 e eu comprei sendo funcionário da Brasil Telecom. Eu tinha três caminhos, eu tava estudando Direito, eu queria ser presidente do grupo Brasil Telecom, com a telefonia, que eu fiquei lá quase oito anos, então tem uma história boa lá, fiquei quase oito anos lá e aí um amigo me chama pra fazer um evento, um show e nesse show, em poucas semanas, eu fiz o dinheiro que eu não consegui fazer em quase oito anos de Brasil Telecom, eu fui picado pelo rica vírus fazendo evento.

[Fabíola Cidral]: Você era promoter assim?

[Pablo Marçal]: Isso, eu fui.

[Fabíola Cidral]: Você ganhava porcentagem em cima do evento?

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[Pablo Marçal]: Sim, eu produzi o evento em poucas semanas e o negócio acontecia. Aí o que aconteceu? Eu queria ser o melhor advogado do Brasil, era o meu sonho, na verdade eu queria ser delegado da Polícia Federal quando eu entrei no Direito, eu queria ser delegado e depois eu falei agora eu quero ser juiz e o que mais intensificou foi ser advogado e aí eu fui vendo a vida de alguns, igual do Nelson Williams e dessa turma aí, eu falei, cara, dez anos eu vou conseguir ser o melhor advogado do Brasil.

[Fabíola Cidral]: Você chegou a passar na OAB ou não?

[Pablo Marçal]: Não passei na OAB, vou te explicar porquê. Ao mesmo tempo, eu queria ser o melhor advogado do Brasil e queria ser presidente do grupo Oi. E é uma longa jornada, depois de 18 anos dessa data eu cheguei a contratar um CEO que queria essa mesma coisa lá, eu levei ele para o meu grupo e eu percebi, poxa, 18 anos e o cara também não conseguiu.

[Pablo Marçal]: Nesse caminho eu fui picado pelo empreendedorismo e eu acredito nisso, inclusive em São Paulo a partir de 2025 todas as empresas vão ter braço de ensino e nós vamos fazer com que as empresas ensinem adultos com inteligência emocional, com finanças, com empreendedorismo, com profissões do futuro, com tecnologia, porque o nosso povo vai ser escravizado por outras nações que são tecnológicas.

Quando eu comecei a entrar nessa divisão de evento, mexeu muito comigo, até hoje eu faço milhões com evento. Depois disso, eu comecei a dar treinamento, eu tive esse cargo dentro da Brasil Telecom, eu fui instrutor de treinamento lá, me apaixonei pelo ensino e eu gosto demais da aula até hoje.

Eu não falo para me exaltar, mas eu sou o professor mais bem pago da América Latina e eu construí repertório para isso, eu construí história, eu tenho resultado para isso, eu usei a internet, a internet é muito boa para isso.

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Depois que eu comecei a dar treinamento, eu saí da Oi, da Brasil Telecom, eu me formei em direito, não quis seguir a carreira jurídica, fui trabalhar na empresa do meu sogro, que encurtando a história, três anos e meio depois de funcionar no meu sogro, agora na virada do ano eu acabei comprando um grupo de empresa dele que tem 35 anos de mercado.

A gente faz aquisições de muitas companhias, mas para responder a sua pergunta não foi muito rápido, foi mais de 15 anos construindo isso.

[Fabíola Cidral]: Mas não é rápido você ficar bilionário desse jeito?

[Pablo Marçal]: Mas não é rápido, é porque é o seguinte, você precisa de destravar sua mente e precisa ficar exponencial, precisa de modelar a gente, você precisa acessar outras culturas, você precisa sentar em mesa. Não foi rápido, tudo tem uma base, a gente vai construir o maior prédio aqui da história do mundo.

Aí o pessoal fala, vai ser do nada, não, eu estou entrando de sócio no maior prédio residencial do mundo, em Balneário Camboriú, eu preciso entender que tem como, um prédio de 570 metros. Mas para finalizar, eu fui consultor de empresa, aí depois de ser consultor de empresa, eu caí a ficha, o Fabíola. Eu falei, por que eu vendo a minha hora para essas pessoas, que eu vim de uma multinacional, uma transnacional com 200 mil funcionários na época, por que eu estou vendendo o meu tempo para ajudar outras empresárias e não faço as minhas empresas? Por que eu não posso fazer isso?

Aí começou com o treinamento e o treinamento é muito forte, hoje nós estamos em divisões, segmentações, automobilística, aviação, escola, fazenda, a gente tem MVP de banco também, o General Bank, a gente está construindo, ele está em fase de teste. A gente tem hotelaria, tecnologia, editora, a maior plataforma de ensino da América Latina é nossa, a maior plataforma de lançamento digital também é nossa, chama PLX, e aí respondendo a sua pergunta, que até pelo olhar seu de incredulidade, como ficar rico desse tanto, eu tenho mais de 100 sócios.

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Se você se juntar com pessoas em unidade e linguagem e de fato quiserem produzir uma coisa, que é a cultura de todas as nossas empresas, que eu criei, chama multiplicação de talento, eu não estou atrás de gente carreirista, não estou atrás de gente que quer um bom salário, eu estou atrás de gente que quer explodir.

E aí como eu tenho um braço de ensino, que é isso que nós vamos fazer, o braço de ensino atrai muitos talentos, atrai muita gente boa, o grande segredo nosso de ter crescido muito rápido, que ainda não é a sombra do que há de vir, Fabíola, é multiplicar talento e usar o ensino, se toda empresa entender que o braço de ensino é o que mais traz gente, aí o negócio vai explodir.

[Raquel Landim]: Eu queria olhar para o lado das pessoas que assistem as suas mentorias. Lá no site está dizendo que é para ajudar as pessoas a se organizarem, a terem que comprar a sua casa própria, terem o seu próprio negócio, quantos por cento das pessoas que assistem essas mentorias conseguem efetivamente comprar a casa própria, conseguem efetivamente ter o seu próprio negócio?

[Pablo Marçal]: Eu acho que você deve ter visto do RCI, por causa do perfil, mas a maioria não tem nada escrito sobre casa própria, porque eu ensino a pessoa a investir primeiro. Esse sonho nosso de comprar uma casa própria, não é um ensino que a gente faz, a gente ensina a pessoa a investir nela primeiro, ela cresce, é melhor ela alugar uma casa e aprender a investir, aprender a empreender, comprar e vender do que já amarrar num financiamento de 30 anos.

Agora esse lançamento recente sobre o corpo, mente e shape, às vezes tem pessoas que pelo perfil a pessoa está com esse desejo, aí eu falo, cara, cuida do seu corpo primeiro, cuida da sua mente primeiro, não é o grande lance, a maior parte das pessoas elas estão buscando é destravar a escassez, e aí eu ensino, você precisa modelar pessoas, o que é modelagem? Você olha para uma pessoa, tira aquilo que é bom, o que é ruim você esquece.

[Carolina Linhares]: Mas o senhor mede?

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[Pablo Marçal]: No Brasil o EAD, 7% dos brasileiros, você viu o tanto que é ruim o EAD no Brasil, 7% das pessoas terminam os cursos, e o nosso as pessoas chegam a 92%.

[Raquel Landim]: Mas o que elas alcançam?

[Pablo Marçal]: Aí depende da pessoa, se você assistir inclusive, por cortesia, eu posso liberar para vocês, não só investigarem, mas também ser abençoado com isso, me dá um e-mail, eu libero para vocês, vocês vão ver que é um percurso um pouquinho longo na mente, ninguém explode em dois anos.

[Raquel Landim]: Mas o senhor não tem estatística do seu sucesso?

[Pablo Marçal]: Eu tenho, eu tenho testemunhas, eu acho que deve ter 168 horas no YouTube de gente que já fez milhão, fazer milhão de reais na internet é a coisa mais besta do mundo, as pessoas estão, todo mundo vidrado ali na internet, você cria um funil de vendas, cria um store telly, vai lá, faz um lançamento, qualquer pessoa, qualquer um, jornalista comum se falar eu quero fazer um milhão, dá conta de fazer um milhão.

[Fabíola Cidral]: Mas vamos trazer isso para São Paulo, né, São Paulo é uma das cidades também muito desiguais do nosso país, quando você fala sobre essa questão da prosperidade, muita gente vê isso, claro, todo mundo quer ser próspero, todo mundo quer ser milionário, bilionário como você, óbvio que sim.

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[Pablo Marçal]: Não, bilionário não, mas pelo menos um milhão, acho que qualquer um dá conta.

[Fabíola Cidral]: Já, você falou que as suas empresas tem mais de bilhões aí, se for vender todas elas.

[Pablo Marçal]: É valor de mercado.

[Fabíola Cidral]: É, então, mas é isso que vale, né, na hora de contar ali. Como é que você vai fazer isso na cidade de São Paulo? A tua proposta é fazer com que todo mundo fique rico? Todo mundo seja próspero, todo mundo tenha um shape legal, como você promete, porque é mentalidade, shape e riqueza, né?

[Pablo Marçal]: Não, a pessoa tem que querer.

[Fabíola Cidral]: O que é isso, assim, eu queria muito entender é que esse hoje é o teu curso, né, que é vendido, você falou aqui que para a gente distribui gratuitamente, é dois mil reais mais ou menos.

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[Pablo Marçal]: Não, não, eu posso abrir para vocês, para vocês terem acesso a mais de cem, não entenda isso como, é uma cortesia para vocês verem, até para vocês sentirem o que eu estou falando.

[Raquel Landim]: Tá lá no seu site, prometendo ajudar as pessoas a comprar a casa própria.

[Pablo Marçal]: É o de hoje, é o que eu estou falando, é o de hoje. É a questão mais de cento e trinta produto, é esse de hoje, eu cumpri minha proposta.

[Fabíola Cidral]: Eu queria saber como você vai fazer isso, porque aí, agora, a gente está falando sobre a prefeitura de São Paulo, 12 milhões de habitantes na cidade de São Paulo. A gente tem aqui uma pobreza grande na cidade de São Paulo, muita desigualdade, você mesmo agora foi visitar, - você publicou isso nas suas redes sociais - uma favela, você falava que passava pela cidade e sobe de helicóptero, foi até uma favela, pé no chão lá, sofreu, se emocionou inclusive. Como você vai tornar o paulistano próspero? Como é que você vai fazer isso na prática, Pablo? Você vai conseguir fazer isso em quatro anos? Ou essa é uma promessa vazia aí? Como é que as pessoas vão entender isso?

[Pablo Marçal]: É o seguinte, você achou que eu enriqueci do nada, mas é um processinho, acordando 4h59 da manhã todo dia. aprendendo muito, já li mais de mil livros.

[Fabíola Cidral]: Não achei que era do nada, você tá colocando na minha boca, perguntei.

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[Pablo Marçal]: É o seguinte, primeira coisa, não é qualquer um que vai prosperar, a pessoa tem que deixar de ser um qualquer um. Desses 12 milhões de paulistanos, vamos chamar todo mundo, mesmo que não sejam daqui, vamos chamar todo mundo de paulistano. 3 milhões e meio, você pode falar o que você quiser, essas pessoas não vão conseguir fazer nada. Elas estão em um estado de subnutrição, isso atrapalha o desenvolvimento cerebral. Essas pessoas estão debaixo de ataque da segurança pública e elas se sentem como animais nessa possibilidade que elas estão colocadas. Essas pessoas, a maioria, não tem nenhuma atividade para ocupar a cabeça delas e o que a gente precisa fazer com elas? Nós temos 12 perfis comportamentais, tem 63 mil na rua, leva de 6 meses a 2 anos para recuperar essas pessoas. Meu líder de plano de governo, que é o [Felipe] Sabará, ele deixou o secretariado do Tarcísio para vir andar comigo, nosso grupo.

[Pablo Marçal]: Ele,comprovadamente, ele já tirou 3.500 pessoas da rua e deu emprego. Então, tem atendente do call center que estava na Cracolândia há 3, 4 anos atrás. A galera pira quando descobre isso. O que acontece? A gente precisa fazer as pessoas saberem o perfil que elas estão e convidar elas para avançar. Então, a pessoa que não tem emprego em São Paulo, a gente não pode demonizar os empreendedores porque são eles que arrumam, eles que dão emprego, não é o governo que dá emprego. Então, se eu não ajudar com algum tipo de incentivo, as empresas não vão crescer. E não é para o empresário ficar mais rico, é para ele prosperar e dar mais emprego. Se eles derem mais empregos, vocês vão ter os empregos. Então, as pessoas que não têm emprego vão ser promovidas socialmente para o emprego. Você que tem emprego, eu quero te ensinar. Isso eu vou te ensinar como prefeito também. Ninguém vai me segurar, eu quero ensinar. Eu quero pegar a pessoa que tem emprego e falar, você precisa ter uma renda alternativa.

[Fabíola Cidral]: Você vai aplicar o seu curso para toda a cidade, é isso? A ideia é essa?

[Pablo Marçal]: Eu não sei se alguém vai me deixar fazer isso. Não, eu vou fazer o que vocês gostam, do jeito que a lei manda, mas aquilo que a lei não proíbe, eu vou fazer o que quiser. Eu quero que as pessoas sejam afetadas por isso. Você que é empreendedor, eu vou te ensinar a ser investidor, contratar alguém para você ter mais tempo para você pensar em outros negócios. Você que é investidor, eu vou te pedir para parar de investir nos Estados Unidos.

[Fabíola Cidral]: Você vai dar uma mentoria gratuita para a população de São Paulo, a ideia é essa?

[Pablo Marçal]: Claro, abrir tudo para esse povo. Você imagina a gente encher no estádio do Itaquerão, lotado de gente e falar, vocês estão desempregados, então aqui, vocês vão fazer isso e isso.Conta comigo, eu vou fazer. Eu tenho energia para ser prefeito de São Paulo, para amar o povo, para ir na favela toda semana. Vocês vão me ver toda semana indo na escola, eu sou dono de rede de escola infantil também. E eu vou lá, mesmo sendo um homem muito ocupado, eu vou lá pegar livro que eu já publiquei e leio com as crianças. Nos Estados Unidos, os políticos fazem isso. Pode esperar que eu vou fazer isso também.

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Eu vou sentar na escola pública para ver que jeito está a merenda. Aí vocês vão começar a falar na mídia, ele é populista. Não, eu só quero ver o que está acontecendo. Eu quero uma cidade organizada, eu quero um rio Tietê e não um esgoto Tietê. Eu quero que as pessoas tenham a condição de não ter que dormir na rua mais. Isso eu não acostumo e não vou acostumar.

[Raquel Landim]: Vamos para a prática. Tarifa de ônibus, por exemplo. O prefeito Ricardo Nunes foi lá e estabeleceu a tarifa zero aos domingos. Ele sabe que tem um custo grande para o Tesouro. Muita gente viu como uma medida eleitoreira. Guilherme Boulos tem ali uma solução semelhante para também fazer tarifa zero. Você é a favor da iniciativa privada, preocupado com custo fiscal?

[Pablo Marçal]: Eu sou a favor do povo.

[Raquel Landim]: Como que você vai fazer com a tarifa zero do ônibus?

[Pablo Marçal]: Então...

[Raquel Landim]: Você vai manter, vai revogar?

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[Pablo Marçal]: Qual que é o benefício? Vou perguntar para o povo. Vocês estão gostando disso? O povo não quer ficar rodando na cidade no final de semana. Eu imagino.

[Raquel Landim]: É plebiscito?

[Pablo Marçal]: Claro. Tudo é perguntando para eles. A gente pode criar tantos...

[Raquel Landim]: Mas a Câmara dos Vereadores é para isso também.São os representantes do povo.

[Pablo Marçal]: Ótimo. Então, eu também sou representante do povo. A partir do momento, mesmo não tendo um cargo público, se eu quiser falar pelo povo, eu junto um povo e falo por eles. Agora, vocês não estão sabendo que nós vamos fazer em 2025. Eu já fui em Balneário para pegar isso e estou em contato com a empresa suíça para conseguir trazer isso para cá.

Nós vamos fazer um cinturão interligando as comunidades. Nós vamos transformar as comunidades em polos turísticos e gastronômicos, as principais. Cada povo ali tem uma história. Aí nós vamos colocar um teleférico rasgando o céu de São Paulo. Por que nós vamos fazer isso?

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Ao invés de só preocupar com tarifa de ônibus, nós vamos colocar esse teleférico, que esse é meu desejo, não vai ser com dinheiro público, vai ser parceria público-privada, para os moradores vai ser gratuito e para quem for de fora, qualquer pessoa de fora da cidade de São Paulo, essas pessoas vão pagar e nós vamos criar um turismo.

Sabe por que vai ter turismo nas favelas de São Paulo? Porque a favela de São Paulo é mais segura do que o centro em São Paulo. Você acredita, Raquel, que eu ando na favela e eu fico em paz? É claro que eu estou andando com os meus seguranças, mas só o líder comunitário falar assim, fique tranquilo.

[Raquel Landim]: Mas qual a sua posição sobre a tarifa zero? Você vai manter ou revogar?

[Pablo Marçal]: Imagina eu falar que vou manter ou revogar? Eu vou perguntar para as pessoas. Se é um direito adquirido e está tudo certo, ah, mas isso custa tantos milhões, mas isso é benefício para o povo? O povo gosta disso? Que mantenha, não está faltando dinheiro. Se eu estivesse aqui agora, sabe, com a máquina na mão, desesperado, está faltando um bilhão aqui, a gente tem que fechar uma conta. Mas não está, a gente tem dinheiro.

[Carolina Linhares]: Pablo, mas um estudo da Rede Nossa de São Paulo mostra que quem mora em Marsilac leva 73 minutos para se deslocar todos os dias para o trabalho. O senhor acha que essa pessoa está precisando de ônibus ou de teleférico?

[Pablo Marçal]: Essa pessoa precisa de uma praça de empreendedorismo lá na região dela para parar de ficar carregando 3,5 milhões de pessoas. A gente carrega todos os dias da zona leste para o centro da cidade um país chamado Uruguai nas costas.

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[Pablo Marçal]: É desumano uma pessoa ficar 73 minutos ou duas horas. Imagina, tem gente que trabalha aqui em Osasco, a pessoa às vezes leva duas horas só para chegar e depois duas horas para ir embora por causa do horário de pico. O que a gente precisa é descentralizar esse mecanismo. Não faz sentido em uma comunidade não ter oficinas de costura. Não faz sentido a gente não dar essa oportunidade para essas pessoas. A gente fica arrastando essa multidão de gente que parece que a gente não está tratando eles como seres humanos. Você está na melhor cidade do país, parece que nós estamos na pior cidade do país quando se fala de mobilidade.

[Pablo Marçal]: Esses quase 7 milhões de carros aí que ficam andando. Por que não termina nunca esses 44 quilômetros do rodado do Rio Norte? Eu fico indignado de ver uma obra que custou mais de 5 bilhões que se fizer aquilo ali e tivesse política pública para seguir a ideia do passado de pegar Ceagesp, levar para a região norte, tirar a prefeitura do centro, que é uma ideia minha. Inclusive estou aberto para falar. Não, não vamos fazer. Estou discutindo com todo mundo o plano de governo.

[Fabíola Cidral]: Aliás, Pablo, você vai morar em São Paulo? Você mora em Alphaville, né?

[Pablo Marçal]: Não, eu moro em São Paulo, Jardim Europa.

[Fabíola Cidral]: Você não está mais em Alphaville?

[Pablo Marçal]: Não, é porque eu tenho casa em Itu, eu tenho casa em Porto Feliz, eu tenho casa nos Estados Unidos, eu tenho algumas casas em alguns lugares. Eu moro em São Paulo.

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[Fabíola Cidral]: Você mora no Jardim Europa aqui?

[Pablo Marçal]: Sim. Tenho cobertura perto de Congonhas também que eu uso bastante.

[Carolina Linhares]: O que eu ia perguntar para o senhor é, o prefeito tem uma agenda forte na questão de mudança climática. O senhor anda pela cidade de helicóptero, o que não é muito sustentável, né? Qual é a agenda do senhor, se o senhor for prefeito, para combater os efeitos da mudança climática aqui em São Paulo?

[Pablo Marçal]: É interessante. Tem 7 milhões de carros e 400 helicópteros. Olha o percentual disso. Vamos usar a matemática. As pessoas que estão se movendo com os helicópteros são as pessoas que tomam a decisão para isso aqui continuar prosperando. E eu só ando de helicóptero, é um sonho, eu tenho um sonho novo agora. É não andar mais de helicóptero em São Paulo. Libera o rodoanel, tira o CEAGESP. Eu vou apresentar isso no plano de governo que é SP50, que vai além de um processo eleitoral. E aí a gente não vai precisar de andar disso. Eletrificar a frota inteira que a gente tem em São Paulo. A gente colocar esses teleféricos. Você sabe o que vai acontecer nessa cidade de São Paulo? Pela primeira vez na vida.

Quantos anos você tem, Carol?

[Carolina Linhares]: 32.

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[Pablo Marçal]: Pela primeira vez na vida, você vai ver como é que na cidade de São Paulo você pisar no freio. Isso vai acontecer. Só que vocês ficam pegando no pé do 400 barra 7 milhões. Isso não significa absolutamente nada. Nada. Isso é só para criar intriga entre rico e pobre, que é uma tática bem poderosa para as pessoas continuarem bloqueando as suas cabeças para falar, está vendo? Tem avenida aqui em São Paulo que tem mais helicópteros.

[Raquel Landim]: É o custo de cada tipo de transporte, é o tanto que produz. O quanto polui.

[Pablo Marçal]: Ótimo, é o que eu quero, você não entendeu. O Ricardo Nunes, sendo prefeito em Dano Conde, resolveu o que ele resolveu? Vou te dar uma solução para o trânsito que não precisa gastar nada. Tem mais de 350 mil placas de trânsito, acho que vai ter que gastar só com placas de trânsito. Mais nada de engenharia nem de infraestrutura. Liberar para virar à direita com sinal vermelho, igual nos Estados Unidos. Coisa mais básica do mundo. Por que não faz um negócio desse?

[Pablo Marçal]: Sabe o que nós vamos fazer para o trânsito? Tem dez rodovias que entram na cidade de São Paulo. Nas dez rodovias, eu mesmo, com meus olhos, eu já achei as áreas, nós vamos criar bolsões para colocar de 10 mil, dependendo da área, até 50 mil carros e ligar teleférico até na estação de trânsito. Você imagina um cinturão de teleférico ligando as comunidades e reforçando, levando empreendedorismo, tecnologia, gastronomia, hotelaria para esses lugares. Vai pirar, o mundo inteiro vai querer aprender com a gente. Isso tem em Medellín, um projeto bem pequeno. Imagina a gente liberando, ajudando o governo do estado a liberar essa obra aí.

[Fabíola Cidral]: Já sabe o custo dessa obra?

[Pablo Marçal]: Já está prevista, já está da mão de uma empresa e não sai do lugar, tem que pôr pressão. O povo tem que ficar indignado. Vai depender do tamanho do cinturão. É mais ou menos um gasto aí de 50 milhões de reais por quilômetro. Só que é o seguinte, não tem freio, vai de 16 a 22 quilômetros por hora sem parar. Você imagina isso transitando e fazendo um cinturão em volta da cidade de São Paulo. Um negócio assim. Para terminar essa solução, que eu acho que o povo se interessa muito nisso. Você imagina as 10 rodovias tendo um bolsão onde a gente pode fazer evento. O cara que vem de fora para a cidade de São Paulo, ele estaciona ali com preço justo, é tudo privado. Não vai gastar dinheiro público.

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É para pegar a caneta BIC e desapropriar o terreno. Pega esse terreno aqui, aí faz 10 andares para baixo, deixa o térreo aberto para fazer evento. E o evento não precisa de fazer esses grandes eventos arrastando para dentro da cidade de São Paulo, porque a cidade de São Paulo hoje, ou Paulistano, tem 100 mil eventos por ano. Se a gente coloca os bolsões nas 10 entradas de rodovia, faz um cinturão de teleféricos nas comunidades, não em outro lugar, para ligar no metrô.

A gente coloca esses centros de empreendedorismo nas favelas. Mais de 300 podem fazer isso. A gente para de arrastar esse povão na cidade, libera o Rodoanel, que é 44 quilômetros. Essa liberação só é isso. Libera o vermelho para virar a direita. Pela primeira vez a cidade de São Paulo vai respirar no trânsito.

[Fabíola Cidral]: Pablo, para ser prefeita da cidade, precisa ser casada e ter filho?

[Pablo Marçal]: Não, claro que não.

[Fabíola Cidral]: Por que o senhor falou isso nas suas redes sociais, naquele jogo de cartas?

[Pablo Marçal]: Gostou? Foi legal, né?

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[Fabíola Cidral]: Não gostei, como mulher, de ouvir aquilo. Ao dizer a seguinte, abri a carta da Tabata, o senhor virou e falou, ela não sabe o problema de um casamento, ela não sabe o problema de ter filhos, ela não tem condição da conta de cuidar dessa cidade. Faltou eu falar. Não foi machista essa frase?

[Pablo Marçal]: Até te peço perdão se você achou isso. Mas faltou falar que ela não empreendeu, não pagou milhões de impostos, que ela é uma garota, ela fez a postagem. Hoje eu sigo ela, acompanho tudo que ela faz. Eu acho ela uma garota brilhante. Ela ainda é uma menina. Ela me escreveu lá. Se alguém estiver assistindo, às vezes vai até editar. Mas dá para ver que edita. Ela com orgulho falou, eu sou uma garota. Eu acredito que o problema da cidade de São Paulo é de gente que aguenta pancada.

[Fabíola Cidral]: Mas é preciso ser casada e ter filho?

[Pablo Marçal]: Eu já respondi, falei que não. Eu respondi na hora que você fez a pergunta.

[Fabíola Cidral]: Então foi o erro que ela fala? Você se desculpou com a ela por isso? O que você está falando agora é o contrário do que você disse lá no vídeo.

[Pablo Marçal]: Não, eu não falei que precisa disso. Foi que ela é uma garota e tem que amadurecer. Inclusive, vocês são mulheres brilhantes. Você tem sua carreira. Então, sim, eu respeito as mulheres. Eu tenho minha filha, Isabela, de dois anos. Eu tenho a minha esposa, que eu casei virgem com ela. Minha única namorada. Eu tenho minha mãe, que desde quando meu pai divorciou, eu sustento ela. Eu tenho a minha irmã, que é um homem canalha. Colocou um filho na barriga dela.

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[Fabíola Cidrall]: As mulheres tem que ser sustentadas?

[Pablo Marçal]: As que precisam, sim. Tem as donas marias que não tem como. Elas precisam de ajuda. As que não dão conta, as que querem, podem fazer o que quiserem.

[Fabíola Cidral]: Mas homens não precisam ser sustentados?

[Pablo Marçal]: Deixa eu só terminar, porque é um assunto delicado.É um homem contra três mulheres. Deixa eu terminar ali de raciocínio.

[Raquel Landim]: Não tem contra aqui não, é uma conversa.

[Pablo Marçal]: Deixa eu terminar, Raquel. Na verdade, eu aposentei minha mãe e ajudo elas até hoje. No que preciso for. Elas têm a minha proteção e eu vou pra cima, mato e morro por causa delas. Então, é o seguinte. A Tábata foi um pouco injusta comigo. Na hora que chega a vez dela, pergunta se ela não foi eu que chamei ela pra conversar. No WhatsApp, chamei ela. Eu, com muito respeito, trato ela com respeito. E aí, depois disso, ela foi lá e criou a ilação com o seu ex-salão natal. Ela cometeu um crime, artigo 138 do Código Penal. Que é imputar crime falsamente a outra pessoa. Ela ficou fazendo essa ilação.

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[Pablo Marçal]: Eu não sou estelionatário e nem eu sou. Eu não sou bandido. Eu não tô devendo nada pra ninguém. E aí que tá o detalhe, ela forçou a barra. Só que nisso vocês não...

[Raquel Landim]: Candidato, o senhor disse o seguinte...

[Pablo Marçal]: Ah, quem começou não, eu só falei que ela precisa amadurecer. Se ela quiser? Não, é o seguinte, qual o problema que o mundo tem de entender que na minha visão a pessoa precisa aguentar o tranco.

[Raquel Landim]: Candidato, o senhor disse o seguinte...

[Pablo Marçal]: Ouvir verdade e falar? Não, tá bom.

[Raquel Landim]: O senhor disse o seguinte, abre aspas: eu também tive um pai que foi alcoólatra, mas a família ajudou e ele deixou o alcoolismo. Já o pai dela, ela foi pra Harvard e o pai dela acabou morrendo. Quando o pai da candidata Tabida se suicidou, ela estava no Brasil, ela ainda não tinha mudado pra Harvard. Por que que o senhor mentiu?

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[Pablo Marçal]: Não, eu não menti. É porque se ela tava aqui ainda e ele morreu, é pior ainda pra ela. Porque meu pai já sofreu disso por 30 anos e a gente não largou ele. Você sabe por que a pessoa vai pra situação de rua? Porque a família abandona. Agora, você não sabe o real estado da casa dela. Ela pode falar o que ela quiser, ela vai falar. Beleza, você tá tomando a dor dela. Ela cometeu um crime contra mim, artigo 138. Eu não vi você me defendendo.

[Raquel Landim]: Eu não tô tomando a dor dela.

[Pablo Marçal]: Não, você não me defendeu. Inclusive, eu conversei com você no WhatsApp sobre isso.

[Raquel Landim]: Estou dizendo o que o senhor disse. O senhor disse que o pai dela morreu porque ela foi pra Harvard.

[Pablo Marçal]: Se ela tava aqui, é pior ainda. É papel da mulher cuidar da pessoa doente da família? É papel de todo ser humano cuidar de todos os seus pais. A Bíblia fala pra você honrar seu pai e sua mãe. É interessante porque...

[Fabíola Cidral]: Mas o senhor não tem que ser mais cuidadoso nessas palavras? Porque, assim, o senhor tá aqui querendo participar de uma candidatura.

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[Pablo Marçal]: Vocês, na vez que ela vier, vocês vão falar com ela sobre o artigo 138? Que ela cometeu um crime contra mim?

[Fabíola Cidral]: Ela não está entre os quatro primeiros da Tabata.

[Pablo Marçal]: Então, pra que nós vamos falar da Tabata?

[Fabíola Cidral]: Nós estamos falando agora que ela ficou forçando. Tem duas falas suas. Primeiro essa, da carta que o senhor mesmo reconheceu. E a outra, que foi essa, que foi um dos momentos mais delicados da vida dela. Quando o pai dela cometeu suicídio. Ela estava no Brasil.

[Pablo Marçal]: Pior ainda.

[Fabíola Cidral]: O senhor falou durante uma entrevista. Não está faltando um pouco de responsabilidade?

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[Pablo Marçal]: Eu falei, mas eu já respondi. O que tá faltando de responsabilidade?

[Carolina Linhares]: O senhor é mais bem votado entre homens do que entre mulheres.

[Pablo Marçal]: Eu sou mais seguido por mulheres.

[Carolina Linhares]: O senhor acha que é resultado desse tipo de fala?

[Pablo Marçal]: Não, não, vocês estão criando isso aí. Sabe o que é interessante? Deve ser 60%.

[Raquel Landim]: O senhor acabou de dizer que a família é responsável quando uma pessoa se mata?

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[Pablo Marçal]: Toda a família é responsável pelos seus. Sim, senhora.

[Raquel Landim]: Quando uma pessoa se mata?

[Pablo Marçal]: Sim, senhora. Independente do drama familiar que tiver envolvido. Ninguém se mata do nada. Ninguém entra num vício do nada. O que eu mais ajudo é tirar as pessoas dos vícios. Não é porque ela decidiu amanhã eu vou morar na rua. Ninguém começa a virar mendigo. Ninguém é suicida de véspera. As pessoas vão tomando a decisão pelo afastamento das pessoas que ela mais ama. Eu sei como é que um vício funciona. E quando eu disse isso, eu disse isso em resposta à nojeira que essa menina criou. Ela imputou um crime falsamente à minha pessoa. E eu não vi vocês tomando dor em relação a isso. Esse é o problema do Brasil. Você valida uma pessoa que está errada que comete um crime porque você é do mesmo sexo?

[Fabíola Cidral]: Se ela estivesse numa entrevista e falasse que o senhor matou o seu pai?

[Pablo Marçal]: Tudo bem. Eu vou falar "Beleza". Você é da polícia? Não é. Eu sigo minha vida e vou continuar.

[Carolina Linhares]: Mas o que está em jogo é a Prefeitura de São Paulo.

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[Pablo Marçal]: Então, se é a Prefeitura de São Paulo, esse assunto nem precisa mais discutir aqui. Só tem nove minutos pra gente discutir.

[Carolina Linhares]: Mas o que eu gostaria de esclarecer, o senhor falou que diz que ela é despreparada, que ela não aguenta o tranco. E aí o senhor disse que a credencial que o senhor tem a apresentar, o fato de pagar milhões em impostos, isso credencia pra ser prefeito.

[Pablo Marçal]: Isso é palavra sua.

[Carolina Linhares]: O senhor falou que paga milhões em impostos.

[Pablo Marçal]: Não põe palavra na minha boca, não. Eu falei que ela é imatura por N motivos e que ela poderia empreender e fazer isso também. Tanto é que no vídeo dela fala eu que trouxe milhões. Não. Toda política é jumento do povo. A lei que manda ela trazer milhões. Só que as pessoas amam ouvir storytelling, amam. "Nossa, ela trouxe milhões pra nós". Não, isso é vinculado na lei. Inclusive, eu sendo prefeito eu vou virar jumento do povo, pra levar recursos pra todo mundo.

[Raquel Landim]: Posso só pedir falar de Cracolândia antes disso?

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[Fabíola Cidral]: Tá, vai lá, rapidinho.

[Raquel Landim]: Porque ele tava falando da dependência química, que seria a responsabilidade da família. Nós temos um problema grave na cidade de São Paulo que é a Cracolândia. O senhor tá dizendo que é responsabilidade de cada familiar.

[Pablo Marçal]: Com certeza. Cada família que tem ali, que deixou aquelas pessoas ali na Cracolândia.

[Raquel Landim]: Qual seria a sua solução como prefeito de São Paulo pra resolver a Cracolândia?

[Pablo Marçal]: Tratar essas pessoas como família, porque essas famílias já desistiram deles. Esse é o problema. 63 mil pessoas na rua, se eu tivesse 20 Felipe Sabaras com a Arca, que é uma ONG que tirou 3.500 pessoas, no máximo em dois anos a gente tira todo mundo. Só que o que acontece?

[Pablo Marçal]: Dos 111 bilhões de reais, 1 bilhão é dedicado a algumas ONGs que fazem de tudo pras pessoas não saírem. Por acaso as senhoras e senhoritas sabem que existe uma ONG chamada Acracoresiste pra fazer com que a Cracolândia continue existindo e tem destinação de dinheiro público pra essas pessoas? Ah, eu acho que isso não faz sentido. As pessoas não sabem o que é 1 bilhão de reais.

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[Pablo Marçal]: Só quem deu conta de fazer 1 bilhão de reais, você que tá assistindo, a diferença de 1 milhão pra 1 bilhão, mais ou menos, é que 1 milhão convertido em segundos leva 11 dias. 1 bilhão leva 31 anos. Pra você entender a dimensão. E a gente tem dedicado energia pra quem? Pra algumas ONGs que não querem que as pessoas saiam. É política pública manter as pessoas na rua. Só que eu, prefeito, não vou admitir isso nunca. Ninguém vai ser tirado da força. Mas eu vou convencer, isso é uma dor que tá no meio do meu peito.

[Pablo Marçal]: Eu sei que o abandono começa dentro de casa porque as pessoas não têm ferramentas pra suportar isso.

[Fabíola Cidral]: Vamos abrir a pergunta aqui. Quem participa conosco também dessa batida é Raul Justilores, que é o nosso colunista de cidades. Ele tem uma pergunta pro senhor. Vamos lá.

[Raul Juste Lores]: Candidato, o Parque Dom Pedro fez 100 anos há pouco. Um dos mais históricos de São Paulo e tem péssimo estado há décadas. Há um projeto bilionário, mas bem completo, da gestão Kassab, que nunca foi adiante. E todos os prefeitos seguintes fizeram promessas que não avançaram. Queria saber qual o seu projeto pra esse parque e também pros inúmeros prédios públicos ao redor dele.

[Pablo Marçal]: Obrigado pela pergunta. Não vou prometer nada, já que quem prometeu não cumpriu. Eu vou chamar o Kassab aí no WhatsApp e saber que projeto que é esse. Mas a cidade de São Paulo é complexa porque pra ganhar eleição as pessoas precisam de prometer um monte de coisa e jogar confete pra enganar os outros. Eu te respondo o seguinte, o orçamento a gente tem pra resolver isso.

Agora a maioria das coisas que o Estado não dá conta, a gente precisa de ter as PPPs, as Parcerias Públicas Privadas e a gente precisa de simplesmente abrir a mente pra isso, porque senão vai continuar. O centro tá abandonado, vários pontos culturais dessa cidade estão abandonados. Eu me encarrego, depois de ver sua pergunta, é de chamar.

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[Fabíola Cidral]: Você conhece essa região?

[Pablo Marçal]: Conheço a região toda de São Paulo. Não dá pra conhecer 28 mil quadras de uma cidade, eu acho que ninguém aqui conhece. Eu quero achar o primeiro que conhece as 28 mil quadras da cidade de São Paulo. Mas eu me encarrego, não vou prometer resolver, porque quem prometeu não resolveu. Eu gosto mais de pegar o detalhe, estudar, igual eu fui lá no Brás, as pessoas vieram com um monte, ou as duas folhas de promessa, assina aqui, tá ouviu isso? Eu falei, eu não vou assinar. Sou jurista, fiquei cinco anos na faculdade de Direito, eu vou assinar aqui pra ganhar voto? Negativo. Eu vou estudar.

[Fabíola Cidral]: Já sabe quem vai ser seu vice? Vai ser uma mulher?

[Pablo Marçal]: Eu espero que seja mulher.

[Fabíola Cidral]: Espera ou faz questão? É porque não é assim que funciona, né? Eu posso falar. Não é? Mas só que eu acho engraçado, porque o senhor sempre fala do poder, não? Podemos, vou fazer, vou acontecer. Não pode determinar que pode ser uma mulher a sua vice? Não tem esse poder?

[Pablo Marçal]: É porque a política não funciona assim, não é romance a política.

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[Fabíola Cidral]: Ah, então tem que entrar no sistema.

[Pablo Marçal]: Não, não é o sistema, é porque é o seguinte, se eu falar, eu quero uma mulher, e se ela for incompetente?

[Fabíola Cidral]: Só tem mulher incompetente? Você não sabe qual é o partido? Qualquer partido deve ter uma mulher competente.

[Pablo Marçal]: Aí beleza, agora penso a mulher competente que não tem o mesmo ideal que eu. O que ela vai fazer com a prefeitura? Aí eu vou colocar o sexo em primeiro lugar e vou me ferrar. Por exemplo, o Moro foi andar com o Bolsonaro, os dois não batiam o ideal. O que aconteceu? Aquela vergonha.

[Fabíola Cidral]: Mas não existem mulheres de direita nos partidos com os quais o senhor tá conversando?

[Pablo Marçal]: Por exemplo, eu queria que o PL viesse. Pelo jeito, eu vou falar aqui uma profecia eleitoral. O Nunes vai colocar uma mulher de vice que ele precisa, porque o vice que ele colocou só tá atrapalhando ele. E o Bolsonaro vai sair dessa campanha. É só uma profecia, não tô falando em nome de ninguém.

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[Fabíola Cidral]: Ele veio pra você?

[Pablo Marçal]: Eu não sei. É só uma profecia sobre o Nunes.

[Fabíola Cidral]: Ou é desejo?

[Pablo Marçal]: Não, é uma profecia.

[Fabíola Cidral]: A gente tem o pinga-fogo, temos que começar o pinga-fogo. Pinga-fogo é a reta final da nossa entrevista.

[Pablo Marçal]: Meu desejo é que seja uma mulher, tá? Eu tenho que conversar com uma.

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[Raquel Landim]: Conversado com uma, quem?

[Pablo Marçal]: Não, mas aí fica ruim, né? Se você pesquisar no Google, ela já soltou a notícia pela Folha de São Paulo.

[Carolina Linhares]: É a Nisi Yamaguchi, doutora Nisi.

[Pablo Marçal]: Aí você tá falando, é você.

[Carolina Linhares]: O senhor pode confirmar ou não?

[Fabíola Cidral]: Mas ele já tinha falado que achava que ela não tinha a força pra gente ouvir o Nuno.

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[Pablo Marçal]: É aí que eu tô te falando. Aí tá o segredo. O segredo é o partido. É o partido, é a competência, é a ideologia, é a unidade, é o propósito.

[Fabíola Cidral]: Mas era dela que tava falando? Ou é outra mulher?

[Pablo Marçal]: Tem uma outra pessoa que é vereadora.

[Fabíola Cidral]: Vereadora atual?

[Pablo Marçal]: É, vereadora.

[Fabíola Cidral]: Não vai falar o nome?

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[Pablo Marçal]: Não pode.

[Fabíola Cidral]: Cadê a transparência de Paulo Marçal?

[Pablo Marçal]: É a transparência, é porque o político é um jogo de xadrez. Se eu tô jogando com alguém, eu não posso falar qual o jogo que eu vou fazer.

[Fabíola Cidral]: Do União Brasil?

[Pablo Marçal]: Não posso falar, gente.

[Fabíola Cidral]: Vamos lá, pinga fogo. Contra ou a favor é equiparar o crime de aborto ao crime de homicídio?

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[Pablo Marçal]: Eu acredito que a mulher precisa ser protegida.

[Fabíola Cidral]: Sim ou não? Contra ou a favor?

[Pablo Marçal]: Ao crime de homicídio, eu sou contra.

[Fabíola Cidral]: Descriminalização da maconha, contra ou a favor?

[Pablo Marçal]: Ela é criminalizada, eu sou a favor de continuar sendo crime.

[Fabíola Cidral]: Uso de câmeras em uniformes de agentes de segurança?

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[Pablo Marçal]: Eu sou a favor, eu sou contra de usar isso e a resposta é colocar na cela do prisioneiro pra gente assistir.

[Fabíola Cidral]: Cobrança de mensalidade em universidades públicas?

[Pablo Marçal]: Ah, pra gente rica é a ideia do Haddad. É uma coisa muito boa.

[Fabíola Cidral]: É a favor?

[Pablo Marçal]: Ah, imagina,R$ 86 bilhões pra faculdade, sim.

[Fabíola Cidral]: É a favor, né?

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[Fabíola Cidral]: É a favor Multa pra quem doa comida a pessoas em situação de rua?

[Pablo Marçal]: Não pode ter isso.

[Fabíola Cidral]: É contra ou a favor ao porte e posse de armas por cidadãos comuns?

[Pablo Marçal]: Cidadão comum, não. Eu sou a favor de porte e o artigo 144 da Constituição Federal fala o seguinte, que é dever do Estado e direito de todos a segurança. O Estado não cumpre o dever se o senhor não der conta.

[Fabíola Cidral]: É a favor. Privatização da Sabesp. Contra ou a favor?

[Pablo Marçal]: Não tem dinheiro no caixa, eu sou a favor.

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[Fabíola Cidral]: É contra ou a favor a taxa zero no transporte público?

[Pablo Marçal]: No domingo, a favor, porque o povo ganha.

[Fabíola Cidral]: Não, no geral.

[Pablo Marçal]: No geral não faz sentido. Quem vai pagar vai ser o povo de novo.

[Fabíola Cidral]: Terceirização na área da educação, vai ampliar ou vai reduzir?

[Pablo Marçal]: Na questão da municipalidade, não precisa. Não. Ensino básico municipal, não.

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[Fabíola Cidral]: Não vai ampliar?

[Pablo Marçal]: Municipal, não.

[Fabíola Cidral]: Mas é, boa parte das creches já são terceirizadas. O senhor que é mentor de tanta gente, quem é o seu mentor?

[Pablo Marçal]: Jesus.

[Fabíola Cidral]: Jesus não vale, um grande político.

[Pablo Marçal]: Grande político? Salomão.

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[Fabíola Cidral]: Salomão?

[Pablo Marçal]: É, ele era político, ele era rei.

[Fabíola Cidral]: Não, político do Brasil.

[Pablo Marçal]: Ah, Rui Barbosa.

[Fabíola Cidral]: Rui Barbosa é o seu mentor.

[Pablo Marçal]: Não adianta. Se for falar o que toca o meu coração, vou falar a pessoa que é o maior político de toda a história da humanidade, chama José O Justo, que é um cara de Israel que liderou lá no Egito. Ele era um cara de fora e pegou sete anos de bonança que teve no Egito, soube administrar o Egito e virou o maior centro mundial.

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[Fabíola Cidral]: Uma qualidade e um defeito seu?

[Pablo Marçal]: Qualidade minha. Eu sou servo e um defeito meu é às vezes a impaciência. Eu gosto mais de resolver rápido e essa amorosidade vai ser um negócio, um choque bem grande de realidade ver tanta gente torcendo contra a cidade de São Paulo, a impaciência vai bater todo dia.

[Fabíola Cidral]: Pablo, gostaria de agradecer a sua presença aqui na nossa Sabatina abrindo a nossa Sabatina UOL e Folha Pablo Marçal hoje que ficou conosco uma hora respondendo todas as questões. Muito obrigada por estar aqui e até uma próxima boa campanha.

[Pablo Marçal]: Obrigado Fabiola, Raquel, Carol e todas as mulheres de São Paulo, todos os homens de São Paulo e você que tem torcido contra São Paulo, você vai mudar essa cidade e você que mudou daqui por conta da segurança, você vai voltar, porque aqui vai voltar a ser um lugar seguro, um rio limpo e não vai ter gente morando na rua. Um beijo e tamo junto por São Paulo e pelo Brasil.

[Fabíola Cidral]: Agradecemos a sua audiência aqui na nossa Sabatina UOL e Folha. Voltamos na próxima sexta-feira com mais um pré-candidato sendo ouvido aqui nesse espaço. A gente vai receber Guilherme Boulos na sexta-feira às dez horas da manhã para uma Sabatina igual a essa que fizemos com Pablo Marçal. Muito obrigada pela sua audiência e uma boa tarde a você.

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