Boulos aciona Justiça por atraso e mudança de Marçal em direito de resposta

O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) acionou a Justiça Eleitoral para que Pablo Marçal (PRTB) republique o vídeo de direito de resposta nas redes sociais.

O que aconteceu

Boulos alega que o ex-coach alterou o início do vídeo ao colocar uma tela preta. "O requerido ainda atrasou cerca de 11 horas para publicar o vídeo em suas redes, o que ocorreu por volta das 00h30 dessa terça-feira (3)", diz trecho da ação.

A campanha do candidato do PSOL pede que Marçal seja intimado a publicar novamente o conteúdo sem a tela preta. A equipe jurídica de Boulos diz que o empresário tentou se "esquivar" de cumprir a decisão judicial ao publicar vídeo na madrugada para reduzir alcance da postagem. Segundo a ação, o conteúdo deve ter a mesma repercussão da ofensa veiculada, uma "vez que este visa reparar o dano causado pela propagação de ofensas ilegais".

O ex-coach foi obrigado pela Justiça Eleitoral a publicar o vídeo de resposta gravado por Boulos após associar o psolista, sem provas, com o uso de drogas. Como a tela preta foi escolhida comocapa da publicação, os seguidores que entrarem nas redes do ex-coach só saberão que se trata do direito de resposta ao acessarem o post.

A Justiça também determinou que o direito de resposta deve ser veiculado pelo dobro do tempo em que os vídeos com acusações sem provas ficaram no ar. Marçal também precisa realizar o mesmo "impulsionamento" dos outros posts, conforme decisão.

No vídeo, Boulos afirma que foi alvo de uma "invenção absurda". O psolista disse que suas duas filhas, adolescentes, foram hostilizadas na escola devido ao ataque propagado por Marçal e que "mexer com a honra e a família das pessoas não se faz".

Boulos ganhou mais quatro direitos de resposta

Campanha afirma que Justiça decidiu a favor de Boulos em outros quatro casos. Até o momento, Marçal publicou apenas um vídeo do direito de resposta.

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Em entrevista ao programa Roda Viva, ontem (2), Marçal voltou a se esquivar de provar a acusação contra Boulos. Ele deu a entender que não usou o caso do homônimo de Boulos revelado pela Folha e afirmou que apresentará provas no último debate antes do primeiro turno.

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