Quem são os pais de Guilherme Boulos, candidato a prefeito de São Paulo?

Guilherme Boulos, candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSOL, é filho de dois médicos infectologistas que construíram suas carreiras na saúde pública.

O que aconteceu

Guilherme Boulos, neto de imigrante libanês, cresceu em uma família dedicada à medicina e à saúde pública. Seu pai, Marcos Boulos, e sua mãe, Maria Ivete Castro Boulos, são médicos infectologistas com experiência tanto na academia quanto no serviço público.

Marcos e Maria Ivete Boulos estão casados há mais de quatro décadas. Eles se conheceram durante os estudos de medicina e desenvolveram suas carreiras juntos.

Marcos Boulos, nascido em São Paulo em 1945, é especializado em doenças tropicais. Filho de um comerciante libanês e de uma paulista, ele passou parte da juventude em Santo Anastácio, no interior de São Paulo. Para ajudar sua família, deu aulas de matemática enquanto estudava para o vestibular. Formou-se em Medicina pela PUC de Sorocaba em 1972 e posteriormente iniciou sua carreira acadêmica na USP.

Marcos Boulos tem uma carreira focada no estudo de doenças infecciosas em populações carentes. Com mestrado, doutorado e livre-docência em Doenças Infecciosas e Parasitárias pela USP, ele atuou como diretor da Faculdade de Medicina da USP e superintendente da Superintendência de Controle de Endemias. Especializou-se em malária, dengue, HIV, leishmaniose e doenças dos viajantes, realizando pesquisas de campo na Amazônia e prestando consultoria a países africanos.

Maria Ivete Castro Boulos, natural de Campina Grande, Paraíba, formou-se em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba em 1974. Selecionada para um internato no Hartford Hospital, em Connecticut, nos Estados Unidos, fez residência em Doenças Infecciosas e Parasitárias no Hospital das Clínicas da USP, onde concluiu seu mestrado em 1987.

Atualmente, Maria Ivete coordena o Núcleo de Atendimento à Violência Sexual do Hospital das Clínicas da USP. Seu trabalho inclui o atendimento a vítimas de violência sexual e questões relacionadas a HIV em gestantes e hepatite B. Ela também é consultora técnica do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde.

Afastada após caso de estupro na faculdade. Em 2016, Maria Ivete foi afastada do NEADH (Núcleo de Estudos e Ações em Direitos Humanos) da USP após solicitar que um estudante acusado de estupro fosse impedido de realizar sua última prova.

Além de seu trabalho na saúde pública, Maria Ivete se envolve em movimentos feministas e antirracistas. Assim como o marido, participou ativamente no combate à desinformação durante a pandemia de covid-19.

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