Veja íntegra da sabatina UOL/Folha com a candidata Tabata Amaral

A candidato à Prefeitura de São Paulo Tabata Amaral (PSB) foi sabatinada pelo UOL e a Folha de S. Paulo nesta quinta-feira (5).

A nova rodada de sabatinas com os candidatos tem como objetivo tratar os problemas da cidade e está dividida em sete temas: educação, saúde, segurança, habitação, zeladoria, mobilidade e conjuntura política.

Veja a íntegra da sabatina, conduzida pelos jornalistas Fabíola Cidral, Raquel Landim, colunista do UOL, e Fábio Haddad, editor da Folha.

[Fabíola Cidral]: Bom dia para você que já tá esperando a gente aí pelo canal UOL. Seja muito bem-vinda, seja muito bem-vindo a mais uma rodada de sabatinas UOL e Folha a respeito da prefeitura de São Paulo nessa disputa na cidade de São Paulo a gente está entrevistando os dez candidatos a Prefeitura de São Paulo, justamente para focar nos planos de cada um deles e trazer para você aí que sonha com uma cidade melhor, respostas aos seus objetivos.

Esse é justamente o nosso objetivo aqui nessa sabatina, que é muito diferente de outros formatos que a gente já fez. Nessa segunda sabatina que a gente está fazendo com todos os candidatos, ontem tivemos a oportunidade de fazer isso com o Pablo Marçal, nós vamos tratar especificamente dos problemas de São Paulo.

A ideia é ser propositiva objetiva em sete temas. Educação, habitação, zeladoria, transporte saúde, segurança e conjuntura política. E assim, dessa forma a gente consegue cumprir esse objetivo de trazer para o eleitor propostas de governo. A gente conversou com muitos especialistas urbanistas e também especialistas nessas áreas para entender os planos governo de cada um deles E a gente traz os candidatos aqui para questioná-los a respeito do que está escrito e foi registrado no Tribunal Regional Eleitoral.

Para isso, a gente tem um tempo aí em cada um desses blocos e uma regra Se o candidato não falar sobre o tema, a gente faz uma advertência. Se ele continuar não falando do tema a segunda advertência. Na terceira a gente muda de tema e ele perde o tempo que está destinado a este assunto. Bom, hoje a nossa convidada é Tabata Amaral, candidata do PSB, que já está conosco ao vivo.

Comigo nessa entrevista Raquel Landim e Fábio Haddad também. Olá, candidata Bom dia. Seja bem-vinda mais uma vez aqui.

[Tabata Amaral]: Bom dia, Fabiola. Bom dia, Raquel. Bom dia, Fábio. Bom dia a todos que nos acompanham, muito feliz de estar aqui com vocês mais uma vez, e queria agradecer e parabenizar pela iniciativa, acredito que vai muito de encontro ao que as pessoas querem, que é a gente ir lá de São Paulo falar das propostas então muito obrigada.

Continua após a publicidade

[Fabíola Cidral]: Para isso a gente tem que estudar bastante, né Fábio, mas para o Fábio está tranquilo editor de cotidiano da Folha de São Paulo tem os números na cabeça. Olá, Fábio, bom dia para você.

[Fábio Haddad]: Oi, Fabiola. Olá bom dia, Raquel. Bom dia, Tabata, é um prazer estar aqui mais uma vez, nunca é fácil, vamos lá.

[Fabíola Cidral]: Raquel Landim colunista aqui do UOL, também apresentadora bom dia, Raquel.

[Raquel Landim]: Bom dia, Fabiola. Bom dia, Fábio meus parceiros nessa empreitada. Bom dia, candidata, seja bem-vinda.

[Fabíola Cidral]: Vamos lá, a gente escolheu começar por segurança pública, o tema aqui da Sabatina até porque, Tabata, ao ouvir muitos especialistas a respeito do seu plano de governo, muitos elogios um plano com boas ideias com algo que realmente precisa na cidade, e um dos pontos que foi apontado pelos especialistas foi justamente na segurança pública.

Acham que está não tão robusto assim, diante da necessidade e da preocupação dos moradores de São Paulo. E eu queria até iniciar com, não sei se uma promessa é isso que eu quero saber aqui, em relação à Cracolândia. Você traz no seu plano, de certa maneira, um compromisso de acabar com as Cracolândias em quatro anos.

Continua após a publicidade

Teve um levantamento feito pela Folha que hoje a gente tem mais ou menos 72 Cracolândias espalhadas por 47 47 bairros E esse é um problema danado na cidade de São Paulo, né? E a gente sabe aqui que [00:06:00] outros candidatos, outros prefeitos já fizeram essa promessa, como o ex-prefeito João Doria, e acabou virando até piada, porque nunca conseguiu fazer isso.

A promessa é essa mesmo? Vai acabar com as Cracolândias em quatro anos?

[Tabata Amaral]: Sim Fabiola. Eu sei que esse é o tema mais complexo que a gente tem aqui em São Paulo e que sozinha eu não consigo enfrentar esse desafio tão grande. Mas por que eu tenho tanta convicção e tanta firmeza quando eu falo da importância da urgência da gente acabar não só com a Cracolândia na região central, mas entender que é um sistema que se espalhou pela cidade?
O primeiro ponto que eu trago é que eu não vejo alternativa Enquanto prefeita de São Paulo, eu não posso virar as costas para essa questão e eu não posso cegar enquanto a gente não conseguir colocar um fim a isso. E aí, falando um pouco de onde vem a minha convicção, as pessoas sabem que eu passei os últimos dois anos juntando o time, ouvindo as pessoas, ex-prefeitos ex-ministros, ex-secretários.

A gente trouxe quase 800 pessoas de forma voluntária Para construir o plano de governo. E uma coisa que a gente conseguiu fazer foi trazer pessoas da centro-esquerda à centro-direita que já atuaram na Cracolândia, que sabem do que estão falando, mas que ainda não tinham atuado conjuntamente. Então, indo para como que a gente vai fazer isso.

É um tripé. A gente vai ter que olhar para a segurança, para a saúde e para a assistência. E talvez um diferencial é ter a mesma coragem para olhar para o bandido, para combater o crime organizado que se instalou ali e a mesma firmeza moral para olhar para o doente. Porque a gente viu gestões, historicamente que olharam mais para um público ou para o outro.

Bandido você enfrenta doente você acolhe. A gente trouxe Luciana Temer, Floriano Pêsaro, Coronel Zé Roberto, General Campos Dr. Jair Mari, vou ficando por aqui, Laura Miller, porque essa experiência conjunta da centro-esquerda e centro-direita vai ser necessária. Sobre o crime organizado que está ali, é um sistema que lucra quase acima de 200 milhões de reais, de acordo com uma estimativa da Polícia Civil, antes mesmo da gente ver as operações mostrando o envolvimento de agentes públicos, o envolvimento de hotéis, eu já batia nessa tecla, essa é uma coisa que o Leandro Piquet traz muito, é um sistema econômico e a gente precisa mapear como é que o crack entra, como é que o dinheiro sai, tem hotel envolvido? Tem. Tem ferro velho envolvido? Tem. Esses lugares têm que ser fechados, não existe outra alternativa. Tem agente público envolvido? Infelizmente sim, uma minoria mas que está lucrando em cima dessa miséria que a gente vê. E esse é um trabalho que a gente vai fazer com o governador Tarcísio, com a Polícia Militar, com a Polícia Civil, para além da GCM.

Continua após a publicidade

Falando do doente Você pega hoje São Paulo, a gente não tem vaga, a gente não tem profissional para tratar quem está doente. Eu fiz o mapeamento e venho batendo muito nessa tecla. São Paulo, sua rede municipal tem 1.300 psicólogos para uma cidade com 12 milhões de habitantes. Você soma público e privado a gente tem 1.542 leitos de psiquiatria.

Esse é um compromisso de vida. Perdi meu pai para as drogas, tenho total clareza que dependência química não é sobre força de vontade da pessoa, é doença, e eu espero fazer, como fiz em Brasília, criando a primeira bancada da saúde mental, fazer com que São Paulo seja referência no assunto. Todo posto toda UBS tem uma equipe de saúde mental, todo hospital municipal tem uma enfermaria psiquiátrica.

E aí, para não me alongar mais, terceiro ponto, o outro pezinho desse tripé, é a gente olhar para o trabalho da assistência, acabar com essa porta giratória em que a pessoa é internada, quem consegue, mas volta para a rua. Aqui, gente, não tem bala de prata, não. É você buscar a família para tentar reconstruir esse vínculo, é você olhar para a moradia, olhar para a saúde que eu já mencionei, apostar na empregabilidade.

Então, olhem o tempo que eu gastei Mesmo tentando simplificar, é complexo. E aqui eu só falei da Prefeitura e do Governo do Estado.

[Fabíola Cidral]: Então, candidata, porque isso tudo que a senhora está falando, a já ouviu de vários prefeitos e vários candidatos. É ousada essa promessa, eu só queria ouvir da sua boca.

Vou acabar com a Cracolândia é isso mesmo? O eleitor pode acreditar na senhora é isso?

[Tabata Amaral]: Sim Fabíola, o meu compromisso em quatro anos é a gente colocar um fim às 72 Cracolândias que a gente tem na cidade. E aí, talvez uma última linha... Me parece que uma complexidade é essa dificuldade na polarização de você enxergar o bandido e enxergar o doente.

Continua após a publicidade

Mas tem uma outra complexidade é que esse não é um trabalho só da prefeitura. Por isso que a boa relação que eu tenho com o governador Tarcísio vai ser tão importante, mas também as reuniões que eu já venho fazendo com lideranças religiosas com o Ministério Público e as conversas com a própria imprensa.

Esse é um desafio para toda a sociedade, mas a gente não tem alternativa.

[Raquel Landim]: Candidata vamos falar então dessa questão da competência do prefeito da prefeita para agir. No seu plano de segurança pública, a senhora fala em instalar aqui em São Paulo o CompStat que é uma referência foi sucesso em Nova Iorque, que é basicamente um mapeamento do crime e patrulhar.

É onde o crime está sendo cometido na cidade e colocar a patrulha. Mas, de novo, a patrulha é competência da polícia municipal Ele está. Não é competência da CGM, não é competência da prefeita. Como é que a senhora vai fazer isso? Como é que a senhora vai fazer isso? Porque lá nos Estados Unidos, a patrulha a polícia está subordinada ao prefeito, o chefe de segurança pública está subordinado ao prefeito

[Tabata Amaral]: Raquel, eu venho ressaltando muito nessa eleição que de fato eu sou uma candidata independente, não sou a candidata nem do Lula nem do Bolsonaro, mas eu também venho ressaltando muito que eu terei apoio do governo federal e do governo do estado para governar, inclusive tanto o presidente Lula quanto o governador Tarcísio já foram questionados sobre isso e foram firmes em dizer, a Tabata vai contar com o nosso apoio.

Então, inclusive foi pontuada a Tabata fala muito do governo do estado no plano de governo, é claro, segurança não é uma competência principal da prefeitura e apesar disso é uma das maiores questões que as pessoas trazem, então porque é que enquanto prefeita eu fiz tantas reuniões com o governo do estado, enquanto candidata a prefeita perdão Estou profetizando aqui, se Deus quiser vai dar certo, mas fiz reuniões com a polícia civil, com a polícia militar, com o governador Tarcísio, porque eu não poderia colocar isso no meu plano de governo sem a concordância, sem o apoio deles, então quando fiz é porque essas conversas já tinham acontecido.

Continua após a publicidade

E aí nessa dificuldade que a gente tem, que é quase de legislação de organização, o que seria o comistate, o que vai ser aqui para a gente? É a gente garantir que a prefeita se reúne mensalmente com o delegado geral da polícia civil, com o comandante da polícia militar, com o comando da GCM, a segurança tem que estar na pauta da prefeita e a gente não pode se esconder atrás do fato de que sim, a gente precisa trabalhar com o governo do estado.

Tem uma proposta que eu coloco... coloco ali no plano de governo, que se você olha para o número ela é barata, o custo é de 31 milhões de reais, 1 milhão de reais por subir prefeitura, que é o quê? A gente está vendo a instalação de câmeras pela cidade, só que esse trabalho está sendo feito pela metade. A gente não está trazendo os dados meteorológicos os dados de trânsito.

E o mais importante, a gente não tem um centro por subprefeitura por região, em que a Polícia Civil, a Polícia Militar, a GCM possam acessar essas informações conjuntamente, possam ter esse chamado chegando e uma distribuição melhor da atribuição de cada um. Eu estou batendo muito nessa tecla. O maior número de chamados que a Polícia Militar responde hoje é por ruído.

É por perturbação do sossego. Isso é uma competência da Prefeitura. Quando a Prefeitura não tem fiscal para fiscalizar a lei do Psiu, quando a GCM não está equipada para poder cuidar da ordem urbana, a gente sobrecarrega PM. Então, é por isso, inclusive, que houve uma concordância tão grande dessas forças policiais.

Porque elas sabem que, muitas vezes, elas deixam de fazer o combate ao crime porque estão sendo sobrecarregadas com problemas de zeladoria de ordem urbana aqui na cidade. E aí um último ponto, eu fico acompanhando obviamente a fala dos outros candidatos e me preocupa muito algumas falas bem responsáveis e mentirosas que a gente vem vendo.

Eu vi candidato dizer que vai dobrar. O efetivo da GCM, eu vi candidato dizer que vai triplicar o efetivo da GCM, eu quero saber se vão fazer isso aumentando imposto ou que conta que eles estão fazendo, porque a gente tem um compromisso em trazer mil novos guardas para fortalecer a GCM, a gente tem um compromisso em aumentar a remuneração de quem atua em um território vulnerável, em trazer uma remuneração por desempenho, mas eu fiz a conta a gente sair de 7.500 para 8.500 guardas com essas estratégias custa um bilhão de reais, então como é que vão duplicar e triplicar?

Continua após a publicidade

Sei que eu tenho uma abordagem que depende de articulação e ajuda essa questão do Psiu.

[Fabíola Cidral]: que a senhora falou e esse é um problema, né Fábio? O Psiu que a gente viu aí, a reclamação de barulho não é isso?

[Raquel Landim]: Porque a senhora está se referindo a Guilherme Boulos e a Pablo Marçal um propõe duplicar e o outro propõe triplicar, mas a questão do PSIL não é tão simples, acho que o Fábio tem um dado sobre isso.

[Fábio Haddad]: É, pra puxar esse gancho, inclusive, candidata, é de fato um problema grave, mas a cidade tem hoje 279 fiscais em trabalho operacional. O seu projeto pra lei do silêncio, basicamente é transferir a responsabilidade pra GCM, que também não tem gente pra fazer isso, e depois transferir pros fiscais que tem menos ainda. Não é uma ciranda meio maluca ali, inviável pra fazer funcionar um problema que é tão grave.

[Tabata Amaral]: Fábio só queria questionar esse dado que eu sei que é dado que a Prefeitura vem divulgando, porque quando a gente fez inúmeros questionamentos e encontrou lá no começo do ano um dado ainda pior, de que a gente tinha menos de 10 fiscais Olhando para a fiscalização da lei do Psiu.

Então, diante dessa denúncia que a gente trouxe, ao responder, a prefeitura deu uma inflada nesse número, trazendo fiscais que têm outras atribuições, e não só a questão da lei do Psiu. Então, só para dizer que a situação é ainda pior, o desafio é ainda maior. Vamos falar do número que eles não tinham maquiado ainda no começo do ano.

Continua após a publicidade

Como é que uma cidade extensa como a nossa, com 12 milhões de habitantes, tem menos de 10 fiscais olhando para a questão da lei do Psiu? Não é à toa que a gente liga num 5-6, que a gente tenta fazer uma reclamação e ninguém responde? Não é à toa que as pessoas acabam levando para a PM, porque tem uma confiança maior de que a PM vai resolver, de que ela vai comparecer?
Sim, a gente está falando aqui de uma ampliação de efetivo, e aí para trazer o número concreto de efetivo de servidores, né, votados para fiscalização. Como a prefeitura começou a maquiar os números, a gente literalmente não tem acesso a hoje a quantos fiscais que a gente tem. Qual é o nível de ampliação que a gente está dizendo?

Mas eu volto a dizer, qual é a alternativa? Será que é melhor a gente ter um compromisso de fortalecer de ampliar os servidores que fazem a fiscalização, ou é melhor a gente continuar tirando o tempo da PM que já tem o efetivo reduzido para fazer o combate ao crime? Tem investimentos tem contas que são feitas que são contas que não fazem sentido.

A gente tem uma prefeitura que jogou 5 bilhões de reais em obras sem licitação, 200 contratos sendo investigados por combinação de preço para favorecer a empreiteira. Tudo é superfaturado, da armadilha do mosquito à garrafa de água. Então, acho que essa é um pouco da conta que a gente tem que fazer. A cidade está escura, a cidade está esburacada, a cidade está suja.
Isso impacta na segurança pública também.

[Fabíola Cidral]: Já falando de zeladoria aí, já entramos no segundo bloco zeladoria emendando, porque segurança pública e zeladoria se misturam um pouco quando a gente fala da esfera municipal. Tem um ponto no seu plano de governo que, uma das coisas e um dos objetivos dessa nossa sabatina é essa questão de vender sonhos que todos os candidatos fazem.

É o jogo da eleição. E aí a gente quer também tirar isso um pouco do sonho e buscar a realidade. No seu plano de governo, a senhora fala em trazer parques municipais, criar parques municipais na cidade de São Paulo, nas áreas periféricas. E a minha questão é, onde esses parques serão criados? Onde serão? Com qual dinheiro? Qual vai ser o custo? A gente sabe da dificuldade de criar parques, né. Quem mora na periferia tem dificuldade do acesso ao verde. Onde esses parques serão criados exatamente? Quantos parques serão criados? E qual vai ser o custo disso, candidata?

[Tabata Amaral]: Perfeito. Essa é uma pauta super importante, mas só queria dar um passinho atrás, Fabiola, porque te ouvindo eu me lembrei de uma senhora que me abordou na estação do Capão Redondo faz dois dias e ela trouxe exatamente o que você trouxe.
Tudo lindo e maravilhoso. Mas por que você é diferente dos outros e vai conseguir entregar? O argumento que eu usei com ela... Que naquele momento a convenceu e que eu gostaria de usar com quem está nos ouvindo, porque é verdadeiro, é que o que a gente tem para saber e para validar o que os candidatos estão trazendo é o histórico.

Continua após a publicidade

Eu sou deputada federal há seis anos. Fiquei dois anos sem partido político, cheguei sem padrinho político. As pessoas conhecem a minha seriedade e a minha integridade. Nesses seis anos, eu fui autora, coautora, relatora de 18 projetos de lei que foram aprovados. Mudanças climáticas, marco do ensino técnico, distribuição de absorvente. Eu sei que legislativo...

[Fabíola Cidral]: O candidata, só pra gente não fugir que o tempo é curto vamos para o parque. Quantos parques, onde os parques e o custo?

[Tabata Amaral]: Mas em resumo, capacidade de entrega eu venho demonstrando. Em relação a parques, o nosso compromisso, 385 praças, 10 parques de tamanho médio, 5 parques de tamanho maior, 5 parques grandes.

Quanto custa isso? 1,65 bilhões de reais. É um baita investimento. Quem paga essa conta? Aí eu vou precisar falar rapidamente das finanças do município. Eu trouxe um time de ministra e viráveis para essa área. Pércio Arida, Armínio Fraga, Leani Lemos. O que esse time vem fazendo? Olhando para o orçamento do município e pensando como é que a gente sai de um orçamento hoje que é desenhado por gastos e vai para um orçamento por desempenho que tem marcadores, por exemplo na questão climática, que a gente muda a taxonomia é um debate mais técnico, mas qual é o resumo?

A gente preparar a cidade de São Paulo para chegar no cenário global e conseguir trazer recurso de fora. A gente ser a primeira capital brasileira que está no mercado internacional de carbono conseguindo arrecadar. A gente sabe que empresas por conta do ISG Outros países, eles estão prontos para financiar iniciativas verdes.

Eles estão prontos para financiar quem esteja preparado para enfrentar as mudanças climáticas, para mitigar esses eventos extremos que a gente infelizmente viu no Rio Grande do Sul. Então, não é um detour aqui, porque isso aqui é muito importante. Todo esse trabalho que eu venho fazendo na área de finanças, que é um debate padrão mundo, orçamento por desempenho, orçamento com marcador, que é essa linha impacta a questão climática.

Continua após a publicidade

Essa linha impacta a questão ambiental. É para a gente poder ir lá fora e falar Noruega Alemanha, Banco XYZ, a gente está pronto Você vai poder dizer... Na questão do mercado internacional de carbono, que ao colocar dinheiro aqui na Prefeitura de São Paulo para criar esses parques, jardim de chuva, tudo isso que a gente está pensando para absorver melhor a água, para diminuir a temperatura, vocês vão poder dizer que vocês estão fazendo a sua parte e compensando a poluição que vocês geram.

Então, é sim um debate mais técnico, espero que as pessoas estejam aqui com a gente ainda, mas só para dizer que sem readequar as finanças do município, eu não consigo fazer. Mas o mundo está pronto para pagar o Brasil para fazer isso.

[Raquel Landim]: Vamos falar de uma coisa bem prática agora. Coleta de lixo. É muito comum, infelizmente, nos bairros e lá no centro de São Paulo, as pessoas vão, colocam o lixo na rua, a população de rua carente vai lá, revira o lixo, o lixo fica todo jogado.
Como vai ser o trabalho para evitar que isso aconteça? Exemplo bem prático do que é importante ali na vida da população e que o prefeito pode...

[Fabíola Cidral]: É, teve um morador do centro que mandou, inclusive, e também pergunta sobre isso. O centro é um horror em relação à coleta de lixo.

[Tabata Amaral]: Perfeito. Esse é um dos maiores problemas que a gente tem. O prefeito Ricardo Nunes é recordista de denúncias na zeladoria. Foram mais de 10 mil denúncias em um ano e muitas delas relacionadas à questão do lixo. Eu só preciso fazer um pano de fundo porque existem inúmeras irregularidades na renovação automática que o Ricardo Nunes está fazendo dos contratos de coleta e varrição.

A gente sabe que existem denúncias de corrupção e são contratos que foram majorados para cima, ou seja, a prefeitura vai pagar muito mais por um serviço inferior. E a gente obviamente, diante dessa denúncia, encomiou aos órgãos [00:24:00] judiciais. Mas vamos falar de outra coisa que é... Supondo que a gente tem uma prefeita um prefeito sério, que está de fato pleiteando o melhor para a cidade, a gente ainda vai ter esses problemas de descarte legal de lixo, inclusive em porta de escola.

Eu estava recentemente na Milton Campos que é uma escola municipal da Brasilândia, no Santo Amaro 1, que é uma escola municipal de pedreiras da Jademar, e as crianças estão tendo que ir pela rua, porque a calçada está tomada de lixo. Tem algumas iniciativas aqui. Tem uma, que isso vale para toda a cidade, que essa é uma cidade que recicla muito pouco.

Continua após a publicidade

Menos de 1% do lixo que é gerado aqui, ele é reciclado. Então tem o debate nacional, mas a ser feito com as empresas aqui em São Paulo, que é a gente pensar na economia circular. Começando pelos contratos que a prefeitura banca que é o quê? Trazer as empresas para se responsabilizarem pelo plástico, pelo lixo que é gerado.

Essa é uma coisa estrutural. Tem outra coisa que é estrutural que é, enquanto a questão do reciclável, do lixo que pode ser reciclado, ficar na clandestinidade ficar na informalidade isso vai ser, inclusive, usado pelo crime organizado. Então, por isso, a importância da gente apostar em cooperativas, da gente formalizar, da gente incentivar a legalização, porque essa é uma forma da gente ampliar a coleta de lixo reciclável, que é, inclusive, esse lixo mais volumoso, gerando emprego de qualidade para as pessoas e não deixando na clandestinidade como está hoje.

Terceiro ponto, quando a gente fala desses locais de descarte ilegal esse é um trabalho quase artesanal a ser feito com as comunidades. Eu conheço lideranças na Brasilândia por exemplo, que conseguiram em suas comunidades, acabar com o descarte ilegal. É você sentar para conversar com a comunidade... Você indicar uma liderança que está fazendo essa fiscalização. E aí, gente, é pouco teoria da janela quebrada. Sujou, a prefeitura tem que tirar no mesmo dia. Sujou, tem que tirar no mesmo dia. É vencer pelo cansaço trabalhando com as comunidades nesses pontos maiores. Sei que o tempo aqui é curto, mas o último ponto que eu acho bem importante é a questão dos ecopontos.

Hoje não existe nenhum incentivo para que as pessoas levem o seu lixo para os ecopontos e que elas possam ajudar a gente nessa organização. Tem uma outra proposta que a gente tem, que é o passaporte da cidadania. Que é o quê? Pessoas que fizerem atividade física em academias públicas que comparecerem às consultas no horário marcado e que destinarem seu lixo de forma correta, elas vão acumulando pontos que elas vão poder trocar para ir num evento esportivo, para ir num evento cultural.
Então, São algumas estratégias acho que uma das questões que mais vão me tomar tempo como prefeita é a questão do lixo e por isso que a gente foi cuidadoso em pensar nessas áreas.

[Fabíola Cidral]: Vamos para outro tema que é a educação, que é a sua área, seu plano de governo tem bastante coisa relacionada à educação e eu até queria entrar num ponto que é muito pouco falado e muito grave, não só na nossa cidade, mas no nosso país, que é o racismo estrutural que a gente vive.

O seu plano de governo traz um plano, uma promessa de uma educação antirracista, mas claro, a prefeitura tem o foco na rede municipal, o que a gente vê em episódios que acontecem aqui na cidade de São Paulo registrados na rede particular, algo muito relacionado inclusive à elite paulistana. Eu queria saber, como prefeita caso a senhora seja eleita, o que a senhora pretende fazer em relação ao racismo O racismo que existe nas escolas Em São Paulo, e não só o racismo mas a gente ampliando isso para a homofobia, para a questão inclusive do bullying, do preconceito é possível a prefeitura também agir nesses locais onde a situação em muitos casos é até mais grave?

Continua após a publicidade

[Tabata Amaral]: Fabiola, primeiro só manifestar a tristeza que eu senti diante da notícia do Pedro Henrique que foi um aluno que era bolsista de uma escola de elite e Enfim, a gente o perdeu para o suicídio e um aluno que sofria bullying, sofria racismo sofria homofobia, existe um debate a ser feito sobre essas bolsas, sobre o SEBAS um debate nacional, e é um debate que me move muito porque eu fui bolsista integral em uma escola de elite aqui em São Paulo também, mas falando da rede municipal, queria trazer três questões muito específicas sobre o combate ao racismo é...

[Fabíola Cidral]: Candidata eu não queria nem o foco no municipal, eu queria o foco nesse, porque a senhora trouxe um problema, né, esse caso está sendo investigado mas a gente tem outros casos. É muito grave a situação. Nesse momento, eu sou mãe, posso te dizer, os grupos de escolas particulares estão muito preocupadas Há grupos antirracistas, estão discutindo isso. Eu queria saber o poder público, como prefeita, a senhora mesmo foi bolsista, também pode falar um pouco sobre isso, o que viveu em uma escola particular vindo de uma região periférica?

De que maneira como prefeita pode combater o racismo nas escolas particulares? É possível ou não?

[Tabata Amaral]: Quando a gente fala de escolas particulares, esse é um debate nacional, tem muito pouco que a prefeita pode fazer, mas dado o meu trabalho na bancada da educação, é que eu queria muito falar sobre o combate ao racismo e ao bullying aqui em São Paulo, mas existe um debate sobre o SEBAS, o que é isso?

Muitas escolas particulares de elite fornecem essas bolsas de estudo recebendo uma isenção de imposto, então somos nós coletivamente que pagamos essas bolsas de estudo, mas muitas pessoas não sabem disso, não existe uma regulamentação bem feita, não existe uma transparência, eu apresentei um projeto de lei que foi inclusive muito criticado por escolas particulares, mas que vem dessa minha experiência pessoal e dos casos que a gente está vendo.

Eu acho que seria importante que ficasse transparente e claro quando uma escola fornece uma bolsa que está sendo financiada pelos nossos impostos e que houvesse mais transparência de como essas bolsas estão sendo destinadas e mais responsabilidade da escola. Quando você acolhe um aluno que vem da periferia um aluno negro, você precisa pensar essa inclusão.
A gente está falando da formação dos profissionais, a gente está falando da criação de uma cultura de paz contra o preconceito contra o bullying, a gente está falando de canais de escuta que possam ouvir esses alunos, então é um debate bem complexo é um projeto que eu apresentei há alguns meses porque a gente já via vendo coisas como essas e de fato é um debate nacional porque a legislação do SEBAS é uma legislação nacional.

Continua após a publicidade

Quando a gente traz aqui para o município um dos compromissos que a gente traz é a formação dos servidores municipais no combate ao racismo estrutural. A gente tem denúncias de mulheres negras que durante seu pré-natal durante o parto, sofrem uma violência maior por serem negras recebem menos medicamento para a dor.

A gente sabe da violência que existe contra meninos negros na periferia, tem uma matéria recente que mostra o quanto a gente perde crianças da periferia por essa violência institucional. Por isso a importância de preparar nossos servidores que estão na ponta para poderem lidar com esse viés que todos nós temos, porque o racismo é estrutural.

Segunda coisa, a implementação plena da Lei 10.639, que é uma lei que traz a importância de os currículos trazerem não só a educação antirracista mas a história antirracista da África, a história, inclusive da escravização que a gente viveu aqui, os grandes escritores negros que nós tivemos, como Machado de Assis.

Então, São Paulo hoje diz que cumpre, mas não é o que a gente ouve em sala de aula. E aí tem um terceiro ponto que eu acho que esse é até mais ousado, mas talvez mais importante ainda, que é aqui na rede municipal, dentro da escola pública, alunos negros têm notas piores de português e matemática do que alunos brancos.

Então, é o nosso compromisso, isso você faz com a avaliação, com formação de professores, isso você faz com reforço tutoria, que é da gente aproximar o resultado, o desempenho de alunos negros.

[Raquel Landim]: Eu queria falar só um minutinho, Fabi. Tem um ponto no seu programa de governo que me chamou muita atenção pela ausência A senhora fala que é preciso combater a violência sexual dentro das escolas, preparando os professores para identificar casos de violência sexual nas famílias e ajudar as crianças que estão sendo vítimas de violência sexual.

Continua após a publicidade

Mas a senhora não fala de educação sexual? A senhora acha que a escola é lugar de educação sexual? A senhora defende isso?

[Tabata Amaral]: Raquel, eu acredito que eu já falei sobre isso inclusive com você, mas é tanta coisa que eu posso estar me confundindo. Defendo sim a educação sexual feita com responsabilidade de acordo com a idade E traduzindo para quem nos acompanha é a importância da gente virar para uma criança pequena e dizer, olha, ninguém pode tocar nas suas partes íntimas Se alguém tocar, você precisa avisar um adulto em que você confie.

Então, tem gente que pesquisa sobre isso. Qual é a forma adequada para a idade? E aí muita gente vira e fala, mas por que, Tabata? Não esperar que a criança vire adolescente e esteja no ensino médio. Porque a gente vive em um país em que mais da metade dos abusos sexuais acontecem contra meninas com menos de 13 anos de idade.

E os últimos anos nos mostram que professores gestão escolar, merendeiras são, ainda hoje, uma principal canal de denúncia que a gente tem.

[Raquel Landim]: Aí, educação sexual, eu estou entrando em outro ponto. Eu estou entrando em métodos contraceptivos eu estou entrando em outras questões mesmo, na educação sexual, de uma forma ampla. A escola é lugar de educação sexual? Ou a senhora acha que não, por questões religiosas por outras questões tem uma parte da sociedade que não concorda com isso. Eu queria saber.

[Tabata Amaral]: Eu já te respondi mas vou deixar mais claro. Educação sexual é importante e tem que ser feita com responsabilidade e de acordo com a idade. Uma discussão sobre métodos contraceptivos vai fazer muito mais sentido para o público de ensino médio. E é por isso que tem gente que estuda isso, para nos guiar. Quando a gente fala dos pequenininhos não é sobre métodos contraceptivos, é sobre a importância de ninguém poder tocar aquela criança, daquela criança saber que aquilo é errado e que ela tem que fazer uma denúncia.

Continua após a publicidade

E aí eu só queria voltar um ponto que é super rápido, mas ficou de fora, que é na questão do combate ao bullying dentro das escolas municipais. A gente viu esses casos horríveis de tragédias atentados que aconteceram no ano passado, e isso você tem que monitorar esses fóruns tolerância zero contra a violência, preparar a equipe escolar para saber o que fazer, reforçar o policiamento comunitário que acontece fora da escola com a GCM.

Mas tem uma outra violência que é muito mais presente, talvez mais silenciosa, Que é a agressão contra o profissional da educação, que é o bullying contra alunos com deficiência, por exemplo, contra alunos por quaisquer razões que sejam, que é a homofobia que é o racismo. Então, eu bato muito nessa tecla de toda escola municipal ter a presença de um psicólogo ou uma psicóloga.
Toda UBS ter uma equipe de saúde mental referenciada às escolas da região. Por quê? Porque hoje nossos professores estão sozinhos enfrentando isso, sofrendo violência com a saúde mental em frangalhos e vendo seus alunos sofrerem essa violência sem ter o que fazer. Então, quando a gente fala de cultura de paz, da gente falar proativamente sobre isso, quando a gente fala da presença do psicólogo ou da psicóloga, é porque, sim, a gente está...

[Fabíola Cidral]: A gente vai falar um pouquinho mais disso na área da saúde, mas ainda em educação... Tem o ponto da alfabetização, né, Fábio?

[Fábio Haddad]: Sim sim. Candidato a gente precisa falar sobre isso, sobre a alfabetização das crianças. 38% em São Paulo, só na rede municipal, são alfabetizadas na idade certa. O seu plano de governo é muito ousado ao dizer que vai chegar em 100%.

É ousado por quê porque o MEC mesmo tem como objetivo chegar em 80% em 2030. Mas o seu plano não diz muito bem como, nem dá prazos. Eu queria entender isso da senhora e entender como uma promessa de campanha Quando e como a gente vai chegar em 100%.

[Tabata Amaral]: Perfeito Fábio. Me permitam só trazer um panorama porque vai ajudar a mostrar o que está acontecendo e como que a gente vai reverter.Quando o Bruno Covas era prefeito, São Paulo estava na posição número 2 no ranking nacional de alfabetização. Em apenas três anos, com a gestão Ricardo Nunes, São Paulo caiu 19 posições. Vamos falar de um outro indicador de português e matemática, que é IDEB. Se a gente pega os anos iniciais, o Brasil, mesmo com a pandemia, aumentou o seu resultado, a região sudeste aumentou também, o estado de São Paulo cresceu e São Paulo foi uma das pouquíssimas capitalistas.

[Fabíola Cidral]: Já falando desse panorama, esses números a senhora tem falado bastante, e me chama bem a atenção essa piora. A senhora fala assim... Eu acho estranho falar a senhora eu vou falar você, tá? Você fala que... O seguinte, que até passada com esse resultado... Antes até de responder a pergunta do Fábio, qual é o diagnóstico Já que você é uma especialista em educação, o que aconteceu?

Professor mal treinado, falta de infraestrutura, o material didático está errado, as crianças não estão alimentadas, o que está acontecendo para São Paulo despencar nesse grau.

Continua após a publicidade

[Tabata Amaral]: Fabíola, eu faço questão de trazer onde nós estávamos três anos atrás, porque nesses três anos mudou muito pouco. Quais são os profissionais que nós temos alfabetizando na ponta? A infraestrutura formação de professores é fundamental, especialmente na alfabetização. E já vou falar o que a gente tem que fazer. Infraestrutura é fundamental, mas esses são fatores que permaneceram mais ou menos iguais nos últimos três anos. O que mudou foi o prefeito, o que mudou foi a presença do Ricardo Nunes.

[Fabíola Cidral]: Candidata, isso a gente entendeu. O que eu quero saber, o que você vê ali? Você está escutando, professores você tem aí no seu plano de governo grandes educadores, se não me engano a Cláudia Costin está contigo e tudo mais. O que dizem O que está acontecendo?

[Tabata Amaral]: Fabíola, qual que é nossa dificuldade? Aqui eu vou trazer denúncias, e sendo muito clara que cabe ao Judiciário, ao Tribunal de Contas, vou trazer algumas coisas, explicar, explicar não, decidir se as denúncias que eu tô trazendo, que estão na imprensa são corretas ou não. Mas é, tudo me leva a crer que essa deteriorização que a gente tá vendo da alfabetização, tem a ver com essa redução do dinheiro que vai pra educação e desses desvios.

O prefeito Ricardo Nunes abriu mão, nesses três anos, de quase 5 bilhões de reais que deveriam ir pra educação por conta do mínimo constitucional Ele está respondendo sobre isso no Tribunal de Contas. A gente está vendo inúmeras notícias sobre a máfia das creches. Um parcelamento de contratos e uma queda na qualidade das creches.

Então, por que eu falo disso? Primeiro porque a gente tem um prefeito... Que está sendo investigado por ter recebido dinheiro de acordo com essa denúncia na máfia das creches, mas porque a creche é fundamental para a criança chegar preparada para ser alfabetizada. É na creche que a criança vê as letras de forma lúdica, que ela começa a ser introduzida a esse mundo.

Então, quando a gente tem tantas denúncias envolvendo nossas creches e a prefeitura se recusa a ter um padrão de qualidade a avaliar o que está acontecendo, essa é a minha suspeita. Eu sou muito cuidadosa aqui porque, de novo estou falando de denúncia que está na imprensa.

Continua após a publicidade

[Fabíola Cidral]: Então a sua suspeita então, é que desvios de recursos na área da educação fizeram esse desvio fez com que a qualidade da educação em São Paulo caísse nesse ponto, é isso?

[Tabata Amaral]: Essa é a minha principal suspeita. Primeiro porque com essas inúmeras denúncias que a gente tem nas creches, caiu a qualidade nessas creches e isso impacta como o aluno chega no primeiro, no segundo ano e quando a gente fala do ensino fundamental, a gente está vendo muita reclamação inclusive dos profissionais da educação, de uma incapacidade de repor o profissional que faltou, o profissional que se ausentou por uma doença, que se ausentou por um atestado.

E aí quando a gente olha para os números, São Paulo tem o segundo maior investimento do país das capitais, são 20 mil reais por ano por aluno. Arredondando aqui, então se a gente tem um recurso se a rede e a infraestrutura não mudou tanto me parece que é porque esse recurso não está chegando, e aí como que a gente vira esse jogo?

E eu vou ter com certeza mais condições de explicar o que aconteceu, porque realmente é abismal como prefeita é surreal a gente tem essas suspeitas mas mesmo se fosse algo mal intencionado, é difícil pensar São Paulo caindo tanto em tão pouco tempo é a primeira vez que São Paulo não está entre as 10 melhores capitais do país isso é histórico e é uma tragédia como é que você reverte?

O que é o meu foco aqui, primeiro dar total independência aos órgãos de controle para que investiguem essas corrupções. Segundo, exigir qualidade na primeira infância. É claro que as conveniadas são muito importantes. A maioria das vagas em creche estão com conveniadas. Essas parceiras são fundamentais, mas a gente precisa elevar a qualidade da parceira.

Isso você faz com avaliação, isso você faz trazendo mais exigências para a formação para a qualidade do profissional que está ali, colocando o padrão. E você vai olhar quando você tiver uma avaliação. A creche que faz um bom trabalho tem seu contrato renovado. Aquela que não faz, não importa se ela é amiga do prefeito.

Continua após a publicidade

Ela precisa ser trocada por outra. E aí, quando a gente fala já do ensino fundamental, para alfabetizar, a gente precisa trabalhar com avaliações bimestrais. Que é o quê? Você vai avaliando a cada dois meses, a nível individual, qual é a dificuldade daquela criança, e você coloca toda a gestão escolar, todo o corpo de professores, para focar na alfabetização. É isso que Sobral fez, é isso que Teresina fez, que são exemplos para a gente. E aí, com avaliação bimestral, reforço, tutoria, inclusive atrás de alunos que estão no terceiro quarto, quinto ano e ainda não sabem ler e escrever, A gente tem condição sim, de chegar nesse 100%. Sim, é uma meta ousada. O Brasil espera chegar em 80%, mas a gente tem muito mais dinheiro do que o resto do Brasil, a gente tem uma rede com muito mais experiência e competência do que o resto do Brasil, e a gente tem condição de fazer isso.

[Fabíola Cidral]: A gente queria até dar mais tempo, mas a senhora até tem uma agenda logo mais, então eu vou passar para a saúde, mas você consegue responder muito rápido. Tem uma curiosidade no seu plano, e todo mundo quando olha você, que foi para a Harvard e tudo mais, você traz ali o intercâmbio é o intercâmbio para 200 alunos se não me engano, que está no seu plano de governo. Como é vai ser a seleção dessas pessoas, desses alunos?

[Tabata Amaral]: Vamos lá, é que as coisas são mais complexas, mas essa é uma inspiração em algo que Eduardo Campos fez quando era governador de Pernambuco, e uma provocação, nós precisamos criar referências na escola pública, de quem viaja pelo mundo, esse repertório é fundamental, e referências de quem vai progredindo e está tendo sucesso por conta da educação, porque referências no crime e no mundo das drogas a gente tem aos montes, a precisa criar referências diferentes, é um programa barato, é mais barato você pagar o intercâmbio do que você pagar a prisão, por exemplo, só para trazer a provocação no lugar certo, é um programa que ele custa 50 mil reais, então, perdão, 50 milhões de reais, não é um programa caro, é um investimento que a gente tem total condição de fazer, e o nosso objetivo é todo ano, pelo menos um aluno por escola pública fazer o intercâmbio, então a gente está falando de um número maior de alunos.

[Fabíola Cidral]: E prova? Vai colocar prova ara eles, é isso?

[Tabata Amaral]: Isso a gente vai desenhar junto com a rede municipal. Isso não está fechado. Inclusive ontem eu estive no Centro Professorado Paulista e eu disse para eles, política pública educacional, eu vou construir ouvindo os professores. Então, está claro qual é o objetivo, qual é o investimento que a gente vai fazer, mas qual vai ser o modelo de seleção a gente vai fazer junto com os professores Vamos para lá E só uma correção, a gente, inclusive de uma fala minha, a gente tem 550 escolas de ensino fundamental aqui, 58 CELs então é um público maior de mais de 600 alunos que vão ser impactados.

[Fabíola Cidral]: 600 alunos impactados. Fábio, vamos para a saúde, a sua pergunta.

[Fábio Haddad]: Saúde, candidata. No seu plano de governo, você fala em alcançar 75% de cobertura do programa Estratégia Saúde da Família. Especialistas que a gente consultou estimaram que isso levaria a um aumento de 800 equipes hoje no programa. Algo que é factível, apesar das dificuldades para contratar médico no poder público em geral, mas é possível, mas isso vem casado.

Além dessa dificuldade de contratação, na ampliação obrigatória da rede das UBS, que muitas têm uma estrutura antiga não tem mais espaço para abrigar novos serviços. Como você vai materializar essa promessa de campanha? Em quanto tempo você vai chegar nisso? Quanto vai custar?

Continua após a publicidade

[Tabata Amaral]: Perfeito. . Deixa eu falar primeiro da estratégia anotei tudo aqui para não esquecer, porque o 75%, 30% da população de São Paulo tem convênio e se a gente olha para os últimos anos tem o impacto da pandemia aí e também da crise econômica, o número de pessoas com convênio vem caindo, Então, quando a gente coloca que são 75% das pessoas, é porque se a gente não entender a importância da atenção primária desse cuidado inicial, a gente vai continuar com as emergências, com as filas de cirurgia grandes do jeito que estão.

Então, 75% é para ninguém em São Paulo ficar descoberto olhando obviamente, para quem depende do SUS. Qual que é investimento a ser feito? É 1,25 bilhões de reais. Então, esse está mapeado. Tem uma outra coisa que a gente traz, que é ampliação, e essa é uma proposta do nosso coordenador, doutor Saldiva, daquelas UBSs que estão próximas a terminais de grande fluxo.
Então, é ampliação do horário Para quê? Para que a pessoa possa passar no médico, na consulta antes ou depois do seu trabalho, ali próximo ao terminal Jabaquara, terminal Tucuruvi, Capão Redondo e por aí vai. A gente está falando de 30 UBSs é uma ampliação de 4 horas no total, a um custo de 400 milhões de reais.

E aí, talvez, trazer o último grande investimento estrutural que a gente prevê é na questão das UPAs As UPAs são, junto com as AMAs, a AMAs para uma emergência menor, a UPA para uma emergência maior, são fundamentais para a gente poder desafogar os hospitais municipais. E a gente tem alguns vazios aqui em São Paulo.

Falando por exemplo, de Cidade Ademar, é uma região extremamente populosa que ela, hoje, não conta com nenhuma UPA. E aí o Hospital Pedreira, que é hospital estadual, ele fica sobrecarregado. E aí, para dizer quantas UPAs serão, isso a gente não consegue calcular hoje, por quê? A gente se organizou desde a época do Serra, numa administração da atenção primária com as organizações sociais, e hoje elas trabalham como ilhas Cada organização social tem a visão do seu território, dos seus dados, do seu controle de estoque de remédio.

A gente está sem essa visão do todo. Então, uma das coisas que eu coloco no plano de governo é a gente com transparência com tecnologia, conectar os dados que estão hoje com as OS, conectar a rede municipal ao CROSS, que é da rede estadual, para que a gente possa enxergar onde está faltando UPA, onde é a AMA que tem que ser ampliada.

A gente tem clareza desse investimento das equipes de saúde da família e desse investimento da ampliação do horário das UPSs.

Continua após a publicidade

[Raquel Landim]: Candidata, tudo no seu plano de governo parece muito encaixado e parece fazer muito sentido, mas as pessoas às vezes têm dificuldade para entender aonde vai chegar. Por exemplo, São Paulo hoje tem quase 500 mil pessoas na fila Para exame.

A senhora falou ali, escreveu aí uma série de medidas, mas quando a gente pega lá no plano, a senhora diz, olha, vou dar transparência para essa fila. Transparência é fundamental, ninguém aqui quer que a senhora faça propostas mirabolantes mas o ponto é, é possível resolver esse problema? O cidadão olha para a senhora e diz, quando a senhora vai acabar com essa fila?

[Tabata Amaral]: Eu vou cravar um número que está também nas nossas propostas que é, ninguém vai esperar mais de um mês aqui em São Paulo para fazer um exame. Esse é número, esse é o objetivo. E eu volto a dizer, eu estou falando aqui, gente de um investimento grande, de um financiamento de custeio da contratação de novos profissionais.

É por isso que a boa relação e que a independência para a gente trabalhar com o governador Tarcísio e o governo Lula vai ser fundamental. Prefeito obrigado com o governador ou com o presidente da república não consegue ampliar o atendimento em saúde. Essa é a primeira coisa. E aí, por que eu consigo cravar essa questão do um mês?

A gente já teve uma experiência aqui do Corujão da Saúde, que é quando uma pessoa está muito tempo na fila você contrata essa vaga no privado. Eu coloquei isso no nosso plano de governo. Quem ficar esperando mais de um mês para fazer um exame, a gente vai contratar essa vaga no privado. Mas qual que é diferença entre a nossa proposta e o que foi o Corujão da Saúde?

É que debaixo dessa proposta tem esse todo que eu estou trazendo. É a ampliação do horário da UBS, é a gente colocar a UPA onde hoje não tem, é a gente trazer mais recursos do governo federal e estadual, usar a tecnologia. Um terço das consultas que são marcadas aqui em São Paulo, a pessoa não comparece.

Continua após a publicidade

Porque não conseguiu remarcar, porque não ficou sabendo, porque a gente não consegue usar o WhatsApp para se comunicar com a população. Então, talvez soe ir técnico demais ou sério demais. Mas quando eu cravo, quem ficar mais...

[Fabíola Cidral]: Você promete então, aqui o quê? A pessoa não vai ficar nem um mês na fila esperando?
Qual é a promessa sua? Que nem você fez na Cracolândia com coragem no abre da entrevista que vai acabar com a Cracolândia. Agora, em relação ao exame, é isso mesmo?

[Tabata Amaral]: Ninguém vai ficar mais de mês esperando para agendar o seu exame. Se esse acordo que eu falei não funcionar, mas vai funcionar. Mas quando ele falhar, a gente vai marcar o exame no privado esse é o compromisso.

[Fabíola Cidral]: Bom, ainda na área da saúde tem um ponto, já falou em vários momentos aqui, a gente sabe o quanto a saúde mental é um foco seu, né, em projetos em discussão enfim, no seu plano de governo, mas tem uma lista lá de coisas relacionadas à saúde mental, que vai oferecer para os funcionários públicos que vai oferecer para as escolas, que vai oferecer nas UBSs eu quero saber quantos psicólogos profissionais da área da saúde mental serão contratados, vai ser concurso público, vai ser com parceria público-privada, o que vai acontecer?

Isso vai acontecer logo no primeiro mês de governo, vai colocar isso como uma prioridade mesmo?

[Tabata Amaral]: Fabiola, eu venho falando bastante, imagino que a imprensa tenha vivido isso, a dificuldade que a gente tem de acessar os dados da prefeitura hoje. Existe um grande apagão de dados e eu insisti muito nesses dados de saúde com requerimentos, que é um instrumento formal que a gente tem.

Continua após a publicidade

Qual é o tempo na fila? Qual é o profissional que está faltando? Qual é o tempo de espera? E a prefeitura segue sem responder. Então, vocês veem o cuidado que eu tenho para dizer quanto que é, quanto que custa, mas na saúde a gente não consegue enxergar. E a gente não consegue enxergar por isso que eu falei.

Cada organização social tem os seus dados. E não é que o prefeito Ricardo Nunes, nesse caso, não quer me passar informação. É porque ele não sabe. Ele não sabe, a prefeitura deixa os dados com as OSs, então seria irresponsável eu vir aqui e pontuar vamos contratar 345 fonos, porque eu suspeito pela ineficiência que eu vejo no sistema, que tem região...

Que tem fono sobrando e tem região que tem fono faltando. A gente estava no Jabaquara recentemente, está faltando um Novalgina, mas a gente também tem relato de medicamento que vence em outro posto. Então, aqui eu sou muito sincera com as pessoas. Sem fazer essa integração dos dados para olhar para a cidade e falar esse profissional está faltando, nessa região a gente tem um vazio eu não consigo cravar o número.

O que eu sei é, pela noção que tenho, uma cidade com 1.300 psicólogos não dá conta. Inclusive quando a gente quer referenciar para toda escola ter um profissional da saúde mental de referência. Mas esse é um dado que eu não consigo cravar. De profissionais de medicamento, porque hoje eu não consigo enxergar o todo.

O que eu sei é que aumentou o investimento em saúde, a gente investe cerca de 20 bilhões de reais por ano, é um investimento alto, mas tem muita perda no meio do caminho.

[Fabíola Cidral]: Tem três temas pela frente, habitação, mobilidade e conjuntura política. Então, vamos correr aqui que o teu horário vocês me disseram aqui que tem que sair daqui a 15 minutos, mas vamos lá.

Continua após a publicidade

É... mobilidade, não, habitação. Tem uma coisa no seu plano, tem muitos problemas na habitação, né? Mas no seu plano de governo tem uma coisa curiosa eu queria ir nesse ponto. Você traz a proposta de criar uma plataforma digital, que está escrito, criar uma plataforma digital de locação social e compra subsidiada de imóveis.

É uma espécie de quinto andar público? É tipo o Zap Imóveis Público? A prefeitura vai dar nisso? Quer dizer, ela vai ajudar a negociar imóvel, compra e venda? Como é que ela vai fazer a administração disso? Dá um trabalho danado. A prefeitura vai pagar alguma coisa? Vai ajudar as pessoas a comprar esses imóveis? Explica pra gente.

[Tabata Amaral]: Primeiro uma brincadeira mas ser prefeita de São Paulo dá um trabalho danado. Eu, pelo menos, prevejo aí oito anos sem muito final de semana, sem muito sono e está tudo bem. Essa é a maior cidade da América Latina e quem não tiver noção disso não pode ser prefeito, não. A gente tem um problema na cidade que é um déficit habitacional.

De novo o apagão de dados da prefeitura A prefeitura diz que são 400 mil pessoas, mas não conta para a gente qual foi a última vez que fez esse levantamento, quais são os critérios e do que a gente está falando. Uma coisa é quem mora hoje numa moradia precária que a prefeitura pode... Levar a mão de obra, o material e a própria comunidade faz aquela manutenção.

Outra coisa é quem tá na rua. A prefeitura usa o número mentiroso de 30 mil pessoas. A gente sabe que são pelo menos 80 mil. Então a primeira coisa é a gente refazer esse censo. É a gente ter clareza do que a gente tá falando quando a gente fala de déficit habitacional. Por que que eu aposto tanto nessa solução da locação social? É sim o quinto andar da prefeitura. Primeiro uma coisa é que eu vivi. Eu nunca consegui que alguém fosse fiador, fiadora pra eu alugar um imóvel. Quem não tem patrimônio quem não tem algo pra você colocar, depende de convencer alguém que tá um pouquinho melhor na situação financeira.

[Fábio Haddad]: Mas candidata isso não vai ser um pesadelo administrativo pra vocês?

Continua após a publicidade

[Tabata Amaral]: Então, deixa eu voltar um passo atrás, Fábio. A gente tem um compromisso em vencer o déficit habitacional. O mundo todo entendeu que uma solução mais barata E mais rápida é você apostar na alocação. A gente tem duas escolhas aqui, que a gente vai enfrentar essa questão, isso não é opcional, é um compromisso meu de vida.

Uma opção é você apostar todo o seu recurso para construir residenciais. Isso leva anos para encontrar o terreno, para você, e nem é uma solução que as pessoas hoje estão vendo que funciona. Colocar milhares de pessoas para morar juntas no mesmo local requer toda uma adaptação na saúde, no transporte nas vias e por aí vai.

Se a gente olha para o mundo, as grandes cidades, elas estão entendendo que mais do que grandes residenciais e essas obras que muitas vezes são superfaturadas e tem denúncia de corrupção, é a gente começar a trabalhar com coisas mais pontuais. É você comprar uma unidade do privado por exemplo. Então tem um imóvel...

[Fabíola Cidral]: Só para a gente entender isso, porque fica claro toda a tese. Vou comprar um imóvel... Eu comprar um imóvel, eu entro no aplicativo da prefeitura a prefeitura vai ser minha fiadora, é isso, ou vou alugar um imóvel, a prefeitura vai ser minha fiadora. A prefeitura vai poder me ajudar em alguma coisa, vai poder pagar uma parte, você tem já uma ideia de quanto que vai ser esse incentivo para as pessoas comprarem o imóvel?

[Tabata Amaral]: Fabíola, como eu falei, a gente não tem clareza hoje de qual é o déficit habitacional da cidade, então seria irresponsável eu chutar um número aqui. Na prática a gente tem um exemplo na cidade, só pra parecer que, enfim, a gente já teve coisas boas aqui que foram paralisadas na gestão Nunes. É o edifício Asdrubal Nascimento voltado pra Pop Rua, como funciona?
É a locação social, a pessoa paga o que ela pode, na questão da população em situação de rua é um extremo a pessoa declara, mas é muito interessante quem quiser entender e ir lá conhecer, tem gente que paga 800, população de rua, tem gente que paga 400 reais, e a prefeitura paga o que é necessário para poder complementar, é isso que é a locação social.

Quando a gente fala desse modelo que é voltado para baixa renda, não é para toda a cidade É para quem hoje, de fato, tem baixa renda. A gente vai entender. Da mesma [00:58:00] forma que é feito no Cadastro Único com o Bolsa Família, de novo, eu preciso ter isso mapeado. Isso a gente não tem hoje.

[Fabíola Cidral]: Mas é uma ideia, né candidata. Então vamos combinar aqui que é uma ideia colocada ali no plano de governo, foi uma ideia colocada, não tem ainda detalhamento sobre isso.

[Raquel Landim]: Candidata, eu queria falar sobre transporte que é um problema muito sério aqui em São Paulo. A tarifa de ônibus está congelada em 4,40 desde 2020. A senhora já disse que não vai aumentar a tarifa de ônibus Para isso, a prefeitura precisa pagar subsídio. A gente já está no valor mais alto de todos os tempos Valor histórico, recorde já está ali passando, beirando os 6 bilhões de reais.

Continua após a publicidade

Então a minha pergunta é... Por quanto tempo mais a senhora vai manter essa tarifa congelada por todo o seu mandato? Até quando, até quando e até quanto o orçamento da prefeitura aguenta esse rumo?

[Tabata Amaral]: A primeira coisa, Raquel, é a gente entender que existem hoje denúncias muito graves de que o transporte público está lavando dinheiro do crime organizado. A gente tem uma operação, a Operação Fim de Linha, que apontou duas empresas muito específicas que é a Transwolf e a Upbus, que, de acordo com essa denúncia feita pelos órgãos responsáveis, estão lavando dinheiro do crime organizado. Qual foi a atitude do prefeito Ricardo Nunes? Foi gravar um vídeo elogiando uma das empresas.

A prefeitura só fez o que deveria ter feito desde o início, que foi assumir a operação para as pessoas não ficarem na mão, quando o Ministério Público determinou. Isso não vai ser comigo. Eu estou deixando extremamente claro que eu não tenho medo de enfrentar o crime organizado. Eu não medo de enfrentar crime o crime organizado.

[Raquel Landim]: Sim, perfeito, mas estou perguntando da questão do congelamento da tarifa e do subsídio. A gente sabe que é tema polêmico, que qualquer um que fala que vai reajustar a tarifa de ônibus não se reelege, mas o nó é complicado, são bilhões de reais em subsídio. É possível manter esse congelamento por quatro anos? Vai estourar o caixa da prefeitura.

[Tabata Amaral]: Eu estava listando aqui, Raquel, justamente como é que a gente vai fazer isso. E eu sei que é um tema polêmico e que muitas pessoas preferem evitar. Mas ignorar o desvio de recursos do transporte público é não querer resolver o problema. Enquanto o transporte público estiver financiando o crime organizado, a prefeitura vai ter que colocar mais subsídio se a gente fala do macro, é isso vamos descer mais um andar a gente viu nos últimos anos um sucateamento do transporte público também tem briga com gente grande e é por isso que é importante a independência a gente tem um desenho de linhas muito ultrapassado meu pai foi cobrador de ônibus, as linhas estão hoje nos mesmos lugares que elas estavam 15 anos atrás o Haddad tentou fazer não conseguiu.
O Bruno Covas teve coragem de fazer. Inclusive colocou no contrato. Porque a gente tem linhas mais eficientes, mais diretas e não linhas que estão vazias e outras superlotadas.

Isso é comprar briga com gente grande. Vamos colocar aqui os pingos nos is. Mas a cidade cresceu, a periferia cresceu, as pessoas se movem pela cidade, CPTM e metrô cresceu, e tem linha que passa do lado do metrô, enquanto tem lugar que está sem linha nenhuma. Essa é uma coisa que a gente também colocou no plano de governo. Redesenhar as linhas para garantir que a gente está usando melhor o recurso e que as pessoas estão chegando mais rápido onde elas precisam chegar. Também é briga de gente grande. O Bruno Covas começou, Nunes não teve capacidade e coragem de fazer.

Vou terminar. Outra coisa, o Nunes tirou dinheiro do Fundurb, que é fundo importante para a gente financiar uma série de coisas na cidade, para colocar em asfalto superfaturado que esfarela. Isso a gente, na época, inclusive, me manifestei e entrei com uma ação. O recurso do Fundurb vai para o transporte público. Você quer falar?

Continua após a publicidade

[Raquel Landim]: Candidata a senhora está colocando pontos importantíssimos. Corrupção, mudança das linhas de ônibus, tudo isso é importantíssimo. Mas a senhora não respondeu a minha pergunta. Dá para manter essa tarifa congelada quatro anos?

[Tabata Amaral]: Como eu já disse isso algumas vezes, eu tinha entendido que você tinha me perguntado como que eu ia fazer.
Eu tenho um compromisso em manter a tarifa zero aos domingos. É um outro debate, mas fazendo algo muito mais interessante, que é fazendo linhas especiais para os domingos E já falei que não dá para ter tarifa zero de segunda a sábado e que vou manter a tarifa. É que quando eu afirmo isso com essa contundência, eu preciso explicar como financiar, que era por onde eu estava indo na minha resposta.

[Raquel Landim]: Só um minutinho, Fabiola, porque eu queria entender da candidata A senhora então, vai manter a tarifa congelada durante quatro anos? E de onde, em quanto vai chegar esse subsídio De onde vai estar esse dinheiro?

[Tabata Amaral]: Eu acredito que eu já respondi algumas vezes, Raquel, mas eu volto dizer, vou manter, já disse isso inúmeras vezes, e a gente vai fazer essa conta fechar Combatendo a corrupção, redesenhando as linhas, recompondo o uso correto do Fundurb explorando publicidade nos pontos, nas paradas, nos terminais de ônibus, mas acho que isso já ficou bastante claro para quem está nos ouvindo.

[Fabíola Cidral]: Eu queria, antes de a gente passar para a conjuntura política, que é nosso último bloco, rapidamente umas questões ainda relacionadas à mobilidade que dá para responder no Pa-pum. Vai reduzir a velocidade das vias? Esse é um grande problema apontado pelos especialistas em mobilidade, por causa dos acidentes de trânsito e as mortes 520 vidas perdidas nesse primeiro semestre.

Vai reduzir? Tem meta para zerar as mortes no trânsito, como algumas cidades ousadas como Paris?

Continua após a publicidade

[Tabata Amaral]: Não vou reduzir a velocidade das vias e a gente está olhando com muita preocupação É um recorde nos últimos nove anos, morte nos trânsitos. O que nos inspira aqui, na verdade, é um...

[Fabíola Cidral]: Por que não vai reduzir candidata? Me chama atenção quando ouço isso. Porque eu conheço pessoas que, inclusive estão no seu plano de governo e que defendem isso. Ouvindo pessoas ligadas à mobilidade, defendem muito forte. A redução da velocidade é um dos pontos mais fortes para reduzir mortes em trânsito. As cidades estão colocando com velocidade máxima em regiões de bairros de 30 km por hora.

Mas é uma medida antipopular, né? É por isso que diz que não vai reduzir a velocidade?

[Tabata Amaral]: Não Fabiola, eu sei que o tempo está apressado, mas é muito importante que eu consiga falar com quem está nos ouvindo. E eu estava dizendo exatamente isso. O que me inspira é o que aconteceu na Suécia. A Suécia tem um mote, uma inspiração que é morte de trânsito é morte evitável.

Se aconteceu uma morte no trânsito, a gente precisa se responsabilizar. Qual é essa visão que a Suécia traz de morte zero? E qual é a abordagem? A A redução da velocidade da via é uma abordagem mas não é a única. O que a Suécia faz? Toda vez que existe um acidente de trânsito, que alguém perde a sua vida, você para e entende o que é que está acontecendo.

É porque a curva está muito grande? É porque essa rua é muito inclinada? É porque a sinalização não está boa? Está faltando uma faixa de pedestre? É um ajuste a ser feito no semáforo? Existem inúmeras soluções que a gente vai fazer um trabalho que é o que está funcionando. Você reduzir a velocidade das vias é uma abordagem que pode funcionar em alguns casos e outros não, e que sim, traz outras consequências para quem usa a cidade.

Continua após a publicidade

Essa abordagem da Suécia, quando a gente fala do número de mortes que a gente teve, é vamos olhar no último ano onde é que as pessoas morreram. Existe uma concentração desses acidentes. E vamos olhar qual é a intervenção necessária. Faixa de pedestre, sinalização, é você colocar um guarda de reio para o carro não entrar, é você fazer uma intervenção para a curva ser mais suave é uma lombada.

Então, existem uma série de soluções. Quando a gente quer ter uma resposta pronta para o todo, é essa. Quando a gente quer resolver o problema e fazer intervenções que, de fato funcionem, acho que a Suécia é o melhor exemplo que a gente tem para seguir.

[Fabíola Cidral]: E um dos principais pontos da Suécia é a redução para 30 km por hora. Só para deixar claro aqui também, também estudei analisei o caso da Suécia, e é exatamente isso, a visão zero deles, um dos pontos principais é a redução de 30 km por hora.
Que aqui, na cidade de São Paulo, é algo totalmente antipopular. Claro é muito difícil. Só mais uma coisa, vai ampliar o rodízio municipal de veículos, manter como está, e pretende colocar pedágio urbano ou não?

[Tabata Amaral]: Vou manter como está o rodízio e eu não acho que a gente tem condições de fazer pedágio urbano nesse momento. Pedágio urbano é para a cidade que já resolveu seu transporte público e pode virar para o cidadão e dizer, se você for de ônibus e metrô vai ser mais rápido. As pessoas estão ficando 2 horas e 40 na média no transporte público em São Paulo. Tem gente que leva 3, 4 horas. Então, quem consegue e muitas vezes entra num carro comprometendo uma boa parte do seu salário é porque [01:07:00] não quer ficar essas 3, 4 horas no transporte público.

É por isso que existe um foco tão grande da gente trazer mais velocidade com corredor de ônibus, com semáforo inteligente, porque a gente vai fazer a discussão do pedágio urbano lá na frente. Mas quando eu puder virar para a população de São Paulo e dizer, se você for de transporte público vai ser seguro e vai ser mais rápido. Não é o caso hoje.

[Fabíola Cibral]: Vamos para a política, Raquel com você.

Continua após a publicidade

[Raquel Landim]: Candidata, depois que o seu partido conseguiu derrubar as redes, as principais contas para ser bem precisa, de Pablo Marçal, uma parte dos usuários de rede social estão apelidando você de Tabata de Moraes, uma referência ao ministro Alexandre de Moraes. Te incomoda uma parte da população associar o seu nome ao que eles chamam de censura?

[Tabata Amaral]: De forma alguma, Raquel. Jamais vai me incomodar ter coragem e ser reconhecida pela minha firmeza e independência. Está faltando gente corajosa nessa eleição. Inclusive nos últimos debates... Ou alguns não foram, ou outros foram e não tiveram coragem de me responder, como é o caso do Pablo Marçal.

O que acontece é que eu não tenho medo de criminoso e eu não tenho medo de denunciar quando tem um crime acontecendo. As pessoas acham que Pablo Marçal cresceu esse tanto de seguidores que ele cresceu em pouco tempo apenas pelo roxinho bonitinho harmonizado dele. Não é o caso. Pablo Marçal segue fazendo um trabalho de rede social que tem como base financiamento ilegal.
E eu não estou trazendo palavras vazias porque eu estou diariamente reunindo provas e encaminhando ao judiciário. Se um candidato contrata mil panfleteiros e paga esses panfleteiros com dinheiro do crime e não declara que pagou esses panfleteiros, a gente vai punir esse candidato. E a gente vai dizer que o candidato está fazendo caixa dois.

Porque é que quando alguém descumpre inúmeras legislações eleitorais e coloca dinheiro por fora na rede social, a gente quer um tratamento diferente. A gente precisa ser coerente. Eu não tenho nenhum problema com as m******* que o Pablo Marçal fala todos os dias. Inclusive com as sujeiras e mentiras que ele fala sobre mim, sobre a morte do meu pai, sobre a minha família e toda a baixaria que ele faz com maestria.

Pode falar o que for, a população é inteligente e vai fazer a melhor escolha no final dessa eleição. O que ele não pode, e o que eu não vou tolerar, é ficar trazendo dinheiro que ninguém sabe de onde vem, mas que as pessoas suspeitam. Afinal de contas, lá atrás ele já foi preso por fazer parte e condenado da maior quadrilha de fraudes bancárias do Brasil.

Então, a decisão do judiciário foi nessa linha, inclusive autorizando ele a continuar falando as asneiras que ele fala todos os dias, a continuar falando os absurdos mas ele não pode estar numa rede social.

Continua após a publicidade

[Fabíola Cidral]: Aliás nesse ponto só, deixa eu falar uma coisa, Raquel, por favor, só um pontinho aqui. A senhora você falou agora essa história do Pablo Marçal e que vai continuar nessa linha. Conversando com o seu estrategista, ele diz inclusive, que a senhora quer mais forte. Acha que, nesse último mês, tem que pegar ainda mais pesado com o Marçal? Dá para ter essa expectativa em relação à sua atuação nesse último mês de campanha? Vai pegar mais pesado ainda com o Marçal?

[Tabata Amaral]: Fabíola, os enfrentamentos denúncias que eu venho fazendo... Não são porque eu estou disputando eleitor com Pablo Marçal. Acho que a gente tem um perfil de eleitores bastante diferentes. Mas é porque a gente tem um candidato que tem inúmeros indícios de ser ligado ao crime organizado. E por isso que eu queria... Só para finalizar essa frase, é um segundo, prometo Só para não perder a linha do pensamento. A gente está falando de um candidato que é investigado por homicídio lavagem de dinheiro, tudo que vocês puderem imaginar. Isso é um grande risco para a nossa cidade. Num contexto em que a gente está vendo o crime organizado entrando nas prefeituras na região metropolitana.

Se eu vou continuar levando a Justiça, se eu vou continuar questionando as coisas, depende das denúncias, depende da postura dele. O problema é que Pablo Marçal não consegue seguir a lei. Tem um sistema que está contra ele. É o sistema prisional. Por enquanto ele está conseguindo escapar.

[Raquel Landim]: É isso que eu queria emendar a minha pergunta. Se na sua avaliação em algum momento da campanha... Vai chegar um ponto em que vai ser preciso, na sua avaliação, montar uma espécie de frente ampla contra a Pablo Marçal.

[Tabata Amaral]: Raquel, eu tenho muita convicção de que, sendo da vontade de Deus, esse projeto segue adiante Então não existe nenhum cenário nas próximas semanas e meses em que eu retiro a minha candidatura para apoiar um outro candidato, pela simples razão de que eu acredito que a gente reúne as melhores propostas, o melhor time e a independência e coragem necessários para cuidar de uma cidade tão complexa como a nossa.

Se outros candidatos vão desistir pela razão que seja, eu não posso responder por eles, mas o que eu sei é eu indo para a rua todos os dias, vou agora para 25 de março e as pessoas estão cada vez abordando eu, nossos candidatos a vereador com mais entusiasmo. Todas as pesquisas que saíram até aqui desde o começo da eleição, candidatos desceram subiram, Pablo Marçal sobe em todas, é justo reconhecer, mas eu também não fiquei no mesmo patamar de número em nenhuma das pesquisas Em todas eu subi um ou dois pontos, então tenho muita convicção da importância desse projeto e também de que a gente vai estar no segundo turno.

[Fabíola Cidral]: Bom, infelizmente a gente tem que encerrar aqui, poderia ficar um pouquinho mais, mas acho que você tem agenda agora, então os dois minutos para suas considerações finais Tabata?

Continua após a publicidade

[Tabata Amaral]: Primeiro queria agradecer vocês, Fabiola Fábio Raquel, pela essa oportunidade, agradecer a todos que nos acompanharam, é uma honra estar aqui falando das nossas propostas do nosso time, E pedir a vocês que conheçam um pouco mais, quem quiser se aproximar dessas propostas trazer sugestões nossas redes sociais estão à disposição, tabatamaral.sp, nosso site tabatamaral.com.br, em um minuto dizer do porquê que eu estou aqui.

Eu venho ressaltando isso, porque é para botar no currículo mesmo, sou uma filha muito orgulhosa de uma baiana e um paraibano, de uma diarista e um cobrador de ônibus, filha da periferia da escola pública, estou aqui porque tive inúmeras oportunidades que muitas pessoas que nascem onde eu nasci, sequer ouvem falar.

Então, meu trabalho no Congresso nesses seis anos, os projetos de lei que apresentei e aprovei, pé de meia, os absorventes nas escolas, minha luta desde os meus 15 anos, é para retribuir as oportunidades que eu tive, é para que a minha história deixe de ser uma exceção. Então convido vocês a terem essa mesma coragem que a gente está tendo e se lembrarem que São Paulo pode ser muito mais.

Essa é uma cidade construída por gente séria, gente trabalhadora, gente sonhadora e se a gente sai na rua hoje, escondendo o celular... Se deparando a cada esquina com uma pessoa em situação de rua, vendo a nossa educação cair desse jeito, é porque está faltando esse compromisso com São Paulo, essa seriedade.

A gente quer mudança, mas a gente sabe que mudança não pode ser de qualquer jeito, porque trocar o que está ruim por algo ainda pior nunca vai ser bom para a nossa cidade, especialmente pensando em quem não anda de carro blindado, nem tem dinheiro para colocar o filho em escola particular. Então esse é meu compromisso, convido vocês a conhecerem um pouco mais e vou trabalhar amanhã tarde e noite e também pelos próximos oito anos, se Deus quiser, para poder merecer o voto no 40, no dia 6 de outubro. Então, muitíssimo obrigada.

[Fabíola Cidral]: Candidata muito obrigada pela sua atenção de estar aqui conosco e respondendo perguntas a respeito desses sete temas. Acho que foi bem proveitoso a gente poder conhecer um pouco mais dos seus projetos. Para quem quiser mais detalhes também, há análise de especialistas numa reportagem na nossa página do UOL também sobre o plano de governo de Tabata Amaral.
Muito obrigada e até uma próxima próxima oportunidade.

Continua após a publicidade

Obrigada Raquel .Obrigada Fábio. Até amanhã. E assim a gente termina mais uma sabatina lembrando que amanhã é dia de ouvir o atual prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes, que tenta a reeleição e será sabatinado aqui pelo UOL e pela Folha. Nosso horário amanhã será às três horas da tarde, o horário que ele conseguiu na agenda dele, a gente abriu esse espaço, então amanhã a sabatina com o Ricardo Nunes será às três horas da tarde, nesse mesmo formato que a gente tem feito aqui.

E também na semana que vem teremos os demais candidatos, vamos entrevistar os dez candidatos. A gente tinha o início com o Datena, ele não pôde comparecer por causa de exames de rotina, e por isso a gente remarcou, a gente deu a oportunidade de remarcar, a sabatina de Datena foi marcada para a semana que vem, teremos semana que vem também Boulos e na outra semana também teremos Marina Helena e os demais candidatos que estão nessa disputa.

Muito obrigada pela sua companhia pela sua contribuição, vai chegando muita coisa aqui que a gente também fica de olho, e a gente vai agora para o nosso UOL News, ao vivo com Josias de Souza e também com Leonardo Sakamoto. Continue conosco, a gente faz aí alguns segundinhos e já volta ao vivo com análise inclusive da entrevista de Tabata Amaral.

Sabatinas UOL/Folha

O UOL e o jornal Folha de S.Paulo promovem sabatinas com todos os candidatos à Prefeitura de São Paulo para discutir temas que preocupam os eleitores da cidade. Pablo Marçal (PRTB) é o primeiro entrevistado. Veja a programação:

  • Pablo Marçal (PRTB): quarta-feira (4);
  • Tabata Amaral (PSB): quinta-feira (5)
  • Ricardo Nunes (MDB): sexta-feira (6), às 15h.
  • Guilherme Boulos (PSOL): segunda-feira (9), às 10h30;
  • Altino Prazeres (PSTU): terça-feira (10), às 9h;
  • Ricardo Senese (UP): quarta-feira (11), às 9h;
  • João Pimenta (PCO): quinta-feira (12), às 9h;
  • José Luiz Datena (PSDB): sexta-feira (13), às 10h;
  • Bebeto Haddad (DC): segunda-feira (16), às 9h;
  • Marina Helena (Novo): quarta-feira (18), às 9h.
Continua após a publicidade

O UOL e a Folha estão recebendo os principais candidatos à prefeitura de 18 cidades do país. Já aconteceram as sabatinas de:

Acontecerão ainda as sabatinas de Campinas, Sorocaba, Ribeirão Preto e São José dos Campos.

*Participam desta cobertura: Caíque Alencar, Rafael Neves e Wanderley Preite Sobrinho, do UOL, em São Paulo, e Letícia Polydoro, em colaboração para o UOL.

Deixe seu comentário

Só para assinantes