Datena diz que se segurou após cadeirada: 'Não podia matar nem uma mosca'
José Luiz Datena (PSDB) afirmou que precisou "se segurar" diante das provocações de Pablo Marçal (PRTB) no debate RedeTV!/UOL, realizado hoje, dois dias após ter dado uma cadeirada no adversário durante o debate da TV Cultura.
O que aconteceu
Datena afirmou que tomou "cadeirada o debate todo" de Marçal, mas evitou a reagir a provocações. Durante o debate, Marçal acusou o apresentador de tentativa de homicídio, o chamou de agressor reiteradas vezes e citou novamente denúncias de assédio sexual contra o tucano.
"Fui obrigado a me segurar aqui porque hoje eu não podia matar nem uma mosca", declarou Datena ao UOL, após o debate. Hoje, candidato do PRTB chamou o apresentador de "assediador". Datena definiu Marçal como um "mentiroso contumaz".
"Não bato em covarde duas vezes", disse Datena, no início do debate RedeTV!/UOL. "Você pode me provocar da forma que você quiser, que eu não vou partir para agressão porque eu não bato em covarde duas vezes. Covarde apanha uma vez só", declarou o candidato do PSDB, após ataques de Marçal no primeiro bloco.
O apresentador voltou a negar as acusações de assédio e se referiu a Marçal como "bandido condenado". "Ele continuou me qualificando como assediador. Ele desqualificou uma posição hedionda, que é do estupro, para outra de assédio. (...) Ele é um "mentor de almas", ele é um "ilusionista". Só que atacar a honra das pessoas com essa ilusão é demais", criticou Datena, após o debate. O candidato tucano reiterou não haver investigação policial ou processo no Ministério Público contra ele.
Ao chegar para o debate, Datena disse que esperava "civilidade" entre os candidatos. O tucano declarou que a expectativa era que temas de "referência à cidade" fossem discutidos e que houvesse "clima de democracia".
Menção ao suposto caso de assédio sexual no debate da TV Cultura provocou agressão de Datena a Marçal. Uma ex-repórter do Brasil Urgente, da Band, registrou queixa pelo crime contra o apresentador em 2019. Mais tarde, a jornalista recuou, e o processo foi arquivado. Em outro momento, ela disse que foi induzida a retirar a acusação.
Datena disse ao UOL, nesta terça, que foi "levado ao extremo" e deu cadeirada para "defender a honra" da família. "Não trocaria minha honra e da minha família por qualquer cargo e por qualquer eleição. O que eu fiz foi defender a minha honra e a da minha família. Aquilo foi um ato humano, absolutamente de resposta a uma agressão", declarou ele, que disse ter levado uma "cadeirada moral" de Marçal no debate da TV Cultura.
O apresentador avaliou que o debate RedeTV!/UOL foi o "mais próximo" que se chegou da democracia. Ele alertou que a eleição de Marçal seria um perigo para São Paulo. "A gente continua com um elemento tóxico e não só perigoso à democracia. Imagina um sujeito desse [Pablo Marçal] eleito prefeito de São Paulo."
*Participaram desta cobertura Ana Paula Bimbati, Anaís Motta, Anna Satie, Bruno Luiz, Caíque Alencar, Diego Sarza, Fabíola Perez, Herculano Barreto Filho, Luca Machado, Natália Mota, Nathalia Florido, Marcelo Ferraz, Rafael Neves, Thaís Augusto, Saulo Pereira Guimarães e Silchya Rodrigues, do UOL; e Letícia Polydoro, em colaboração para o UOL.
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