Boulos: 'Nunes é o bolsonarismo civilizado; Marçal é o da pancadaria'

O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) afirmou, nesta terça-feira (24), que seus adversários Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB) são "duas faces do bolsonarismo". O prefeito seria o "civilizado" e o empresário, "o da pancadaria", segundo o deputado federal.

O que aconteceu

Boulos comparou os adversários e falou sobre eventual segundo turno com cada um. Durante sabatina da CBN nesta terça, o deputado foi questionado sobre quais estratégias pretende adotar em um eventual segundo turno com Nunes ou Marçal, e afirmou: "O que vou enfrentar no segundo turno é o bolsonarismo, o que tenta se vender como civilizado, que come de garfo e faca, e o Marçal, [que] nem isso tenta, é o da pancadaria, soco na cara, mentira e tudo mais".

O deputado negou que haja preferência por enfrentar Marçal na etapa final da eleição. Mesmo diante de pesquisas eleitorais, como o último Datafolha, que apontam vantagem de Boulos sobre o candidato do PRTB e desvantagem em relação ao atual prefeito em um eventual segundo turno, Boulos negou que esteja focando sua campanha em críticas a Nunes por preferir enfrentar Marçal na segunda etapa do pleito. "Não entrei na eleição para escolher qual bolsonarista quero enfrentar", afirmou.

"Marçal serve de boi de piranha para o Nunes", disse Boulos. Segundo o candidato do PSOL, Marçal, que protagonizou cenas de ofensas e agressões nos últimos debates, "normaliza o que Nunes tem dito e feito".

Na semana passada, ele [Nunes] falou contra a vacinação. Antes, disse que o 8 de janeiro não foi tentativa de golpe. O que vou enfrentar no segundo turno é o bolsonarismo, o que tenta se vender como civilizado, que come de garfo e faca, e o Marçal, [que] nem isso tenta, é o da pancadaria, soco na cara, mentira e tudo mais
Guilherme Boulos (PSOL), durante sabatina da CBN nesta terça (24)

Boulos também condenou a agressão durante o debate do Flow News, na segunda-feira (23). A confusão culminou na agressão a Duda Lima, marqueteiro de Nunes, pelo sócio e cinegrafista de Marçal Nahuel Medina. O deputado condenou "veementemente" o ato e afirmou: "É preciso dizer o absurdo que tem sido a participação de Pablo Marçal nessas eleições".

Não começou no debate de ontem, que culminou na agressão de um assessor dele ao do Ricardo Nunes. A provocação dele tem sido ostensiva, com mentiras e ataques baixos. Isso não vem de hoje, isso é expressão de um método. Muda a narrativa, mas o método é o mesmo, da extrema direita. (...) Dito isso e condenada veementemente a agressão que a gente viu ontem (...), me preocupa muito que a gente tenha dois candidatos bolsonaristas, cada um ao seu modo, na eleição de São Paulo
Guilherme Boulos (PSOL)

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