Nunes e Boulos trocam acusações em horário eleitoral na TV por apagão em SP

Os candidatos à Prefeitura de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) trocaram acusações em razão da falta de luz durante os programas eleitorais na TV na noite desta segunda-feira (14).

O que aconteceu

Eles criticaram a postura um do outro em meio ao apagão que a capital paulista enfrenta há três dias. Nesta segunda-feira, mais de 400 mil casas seguem sem energia elétrica, segundo boletim divulgado pela Enel, concessionária responsável pelo serviço na cidade. Há menos de um ano moradores do município ficaram aré uma semana sem luz após um temporal.

Nunes disse que tem candidato que "quer lacrar na internet" e "usar a dor do povo para fazer vídeozinho". O assunto foi abordado no meio do programa eleitoral do candidato à reeleição com imagens dele e de sua equipe na central de monitoramento da prefeito. Em um dos trechos, a narradora da propaganda diz que o atual prefeito "não dorme" desde sexta-feira, quando milhares de casas ficaram sem luz.

O candidato à reeleição afirma que repudia o comportamento do adversário que age "por questão eleitoral". O emedebista cita também que entrou com ação judicial contra a Enel. Desde o início, Nunes tem responsabilizado a companhia pela falta de energia na cidade. O programa abordou o tema por quase dois minutos.

Boulos usou três minutos e 30 segundos para apresentar reportagens e vídeos publicados nas redes sociais. Uma das matérias mostra um morador da cidade que solicitou desde 2019 dez vezes para prefeitura a poda de uma árvore. "Tudo isso que você viu poderia ter sido evitado", diz o candidato em um dos trechos da propaganda eleitoral. O psolista mora no Campo Limpo e também foi atingido pelo apagão.

O candidato do PSOL deixou trinta segundos para falar de propostas do plano de governo. Ele afirmou que, se eleito, vai ampliar as equipes responsáveis pelas podas de árvores e que vai tornar o serviço "mais eficiente" com máquinas que permitem cortá-las sem colocar em risco os funcionários.

Mais cedo, os candidatos já haviam trocado acusações durante agendas de campanha. Boulos chamou Nunes de omisso, que rebateu dizendo que o adversário é "bom para lacrar e muito ruim de trabalhar".

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