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Campanha de Covas cria 'papamóvel' para aliada Marta Suplicy rodar a cidade

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), tem apoio da ex-prefeita Marta Suplicy nessas eleições - Divulgação/Campanha Bruno Covas
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), tem apoio da ex-prefeita Marta Suplicy nessas eleições Imagem: Divulgação/Campanha Bruno Covas

Pedro Venceslau

São Paulo

20/11/2020 07h12

Depois de a campanha de Guilherme Boulos (PSOL) montar um carro inspirado no "papamóvel" para que a candidata a vice, Luiza Erundina, de 85 anos, pudesse fazer campanha em segurança nas ruas durante a pandemia, a equipe de Bruno Covas (PSDB) adaptou um veículo com paredes de acrílico para a ex-prefeita Marta Suplicy, de 75 anos. Ambas estão no grupo de risco para a pandemia do novo coronavírus.

Erundina e Marta, ambas eleitas prefeitas pelo PT (em 1988 e 2000), são até hoje populares em bairros da periferia da cidade. Depois de atuar nos bastidores no 1° turno articulando uma frente pluripartidária de apoio a Covas, Marta vai ter protagonismo no 2° turno.

A estreia da ex-prefeita nas ruas será neste fim de semana em uma carreata na Zona Sul em bairros como Grajaú e Parelheiros, onde ela construiu os primeiros CEUs quando era chefe do Executivo.

Questionado se a campanha de Covas se inspirou na ideia do adversário, o coordenador da campanha tucana, Wilson Pedroso, desconversou.

"A inspiração foi o 'papamóvel' (veículo introduzido pelo papa João Paulo II para percorrer as cidades onde peregrinava nos anos 1980 e 1990). É uma forma dela fazer campanha em segurança e rodar a periferia com distanciamento, com ou sem o Bruno", afirmou o dirigente.

A primeira aparição pública de campanha de Luiza Erundina foi em uma picape com a caçamba adaptada com placas de acrílico para evitar que ela tenha contato direto com o público.

No dia votação no primeiro turno o candidato do PSDB prestigiou Marta. Os dois tomaram café da manhã juntos e em seguida o tucano acompanhou o voto dela um colégio no Jardim Paulistano.

Na saída a ex-prefeita exaltou a formação de um "frente ampla" contra Jair Bolsonaro (sem partido), que tem sido seu projeto político desde que encerrou o mandato como senadora em 2018.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.