Em seu primeiro Angelus, papa prega a misericórdia e o perdão
O papa Francisco rezou o Angelus na manhã deste domingo (17), o primeiro de seu pontificado, da janela do apartamento papal, que tem vista para a praça de São Pedro. Na bênção, acompanhada por dezenas de milhares de pessoas, ele falou sobre a importância da misericórdia. "Temos que aprender a ser misericordiosos com todos"
VEJA O ANGELUS
Angelus é a oração que se reza três vezes ao dia (6h, 12h e 18h) em honra à hora da Anunciação do anjo Gabriel à Nossa Senhora, segundo a crença católica.
"Para nós cristãos é importante encontrar-nos todos os domingos, saudar-nos, conversamos em uma praça que, graças aos meios de comunicação, tem as dimensões do mundo", disse o argentino Jorge Bergoglio, que escolheu o nome Francisco para exercer o pontificado.
Ele afirmou que Deus "jamais se cansa" de perdoar os homens e que se Deus não perdoasse, o mundo "não existiria".
"Vocês já pensaram na paciência de Deus? É sua misericórdia. Ele não se cansa de nos perdoar, se soubermos voltar para ele com o coração arrependido. É grande a misericórdia de Deus", disse, vestindo a batina branca e uma cruz de ferro no pescoço. "Somos nós os que cansamos de pedir perdão."
Ao final da oração, ele ainda completou: "A misericórdia torna o mundo menos frio e mais justo". "Somos nós que nos cansamos de perdoar."
No fim do discurso sobre a misericórdia, ele rezou o Ângelus, pediu que os fiéis rezem por ele e falou: "Bom domingo e bom almoço!".
A multidão da praça São Pedro, então, aplaudiu e gritou: Viva o papa!
A bênção foi marcada por momentos de descontração do pontífice. Ao falar sobre um livro que havia lido sobre a misericórdia, escrito por um cardeal, ele brincou: "E não, não estou fazendo publicidade."
Missa no Vaticano
Mais cedo, o papa celebrou uma missa dominical na paróquia de Santa Ana no Vaticano, antes da oração do Ângelus na praça de São Pedro, o primeiro do pontificado.
Na chegada à pequena igreja do Vaticano, o papa cumprimentou as pessoas com apertos de mão, fez carinho nas crianças e se mostrou tranquilo, sorridente e feliz.
O papa estava usando vestes roxas, em referência ao período da Quaresma.
Celebrou a missa em conjunto com cardeais, o italiano Angelo Comastri, arcipreste da Basílica de São Pedro, e Prosper Grech, o clérigo octogenário de Malta, que pronunciou a última meditação no conclave em que foi eleito.
Antes de entrar na igreja, foi para a rua, que está a poucos metros da Praça de São Pedro e cumprimentou as pessoas que estavam presentes.
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