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Em missa crismal, papa pede aproximação de sacerdotes com seu povo

Do UOL, em São Paulo

28/03/2013 07h32Atualizada em 28/03/2013 08h59

O papa Francisco celebrou, na manhã desta quinta-feira (28), a chamada Missa do Crisma, na basílica de São Pedro, no Vaticano, ao lado dos sacerdotes de Roma. A missa crismal consiste em dois pontos, a bênção dos santos óleos, que são os óleos do Crisma, dos Enfermos e do Batismo, e a renovação das promessas sacerdotais por parte dos sacerdotes diante do bispo.

Durante a celebração, o pontífice afirmou que ser sacerdote é uma "unção, não uma função" e quando o "óleo" da graça de Deus desce ao seu povo através do sacerdote, então este é realmente uma cura.

Francisco também ressaltou a importância de os sacerdotes se aproximarem do "rebanho" e saírem do centro para a periferia, geográfica e simbólica. "O Senhor dirá claramente que a sua unção é para os pobres, presos, doentes e aos que estão tristes e abandonados. A unção não é para perfumar a nós mesmos, e menos ainda para que a conservemos num frasco, pois o óleo se tornaria rançoso e o coração amargo", explicou o pontífice, mostrando a simbologia da unção.

"Nota-se quando o povo é ungido com óleo da alegria, por exemplo, quando sai da missa com o rosto de quem recebeu uma boa notícia. O nosso povo gosta do Evangelho quando é pregado com unção, quando o Evangelho que pregamos chega ao seu dia-a-dia, quando escorre como o óleo de Aarão até às bordas da realidade, quando ilumina as situações extremas, 'as periferias' onde o povo fiel está mais exposto à invasão daqueles que querem roubar a sua fé", disse Francisco. 

O papa afirmou que "o sacerdote que sai pouco de si mesmo, que unge pouco, perde o melhor do nosso povo. Quem não sai de si mesmo, em vez de ser mediador, torna-se pouco a pouco um gestor".

Durante a Missa do Crisma, é concedida a bênção com os óleos perfumados, ungindo os fiéis. Ao falar sobre a importância de ungir a todos, Francisco apontou a necessidade de sair do centro e atingir a totalidade: "amados sacerdotes, renove no nosso coração de tal modo que a unção chegue a todos, mesmo nas periferias onde o nosso povo fiel mais a aguarda e aprecia", disse em sua homilia.

A partir das 17h20 (13h20 no horário de Brasília) o papa celebrará a missa "in coena Domini", que relembra a última ceia de Jesus com seus discípulos, que oficializará o início do Tríduo Pascal, momento mais importante do ano litúrgico da Igreja Católica, em um instituto penal para menores em Roma. Segundo informações oficiais do Vaticano, a cerimônia será extremamente simples por vontade expressa do papa Francisco. (Com informações da Ansa)