Sequestrador de Cleveland faz acordo e ficará "a vida toda e mais 1.000 anos" preso

Ariel Castro, acusado de sequestrar e manter em cativeiro três americanas durante dez anos, aceitou um acordo judicial que o livrará da pena de morte. Em troca, ele se livrará da condenação à morte pelas mais de 10 mil acusações a que responde.

No entanto, o sequestrador de Cleveland passará o resto da vida na cadeia. A pena dele é de uma condenação à prisão perpétua mais 1.000 anos, sem direito à liberdade condicional.

Pelo acordo, Castro, 53, não testemunhará e se declarará culpado por 937 acusações. 

As três vítimas de Castro - as jovens Amanda Berry, Gina DeJesus e Michelle Knight - não quiseram estar na corte para a audiência desta sexta-feira (26). Elas conseguiram escapar em maio deste ano da casa de Castro, onde foram mantidas em cativeiro por dez anos.

As três mulheres desapareceram entre 2002 e 2004, quando tinham 14, 16 e 20 anos. Todas aceitaram caronas de Castro, um ex-motorista de ônibus. Durante o período de cativeiro, Castro se aproximou da família de uma de suas reféns e chegou a participar de uma vigília organizada quando ela era considerada desaparecida.

O ex-motorista também é acusado de provocar ao menos cinco abortos em uma das mulheres, que foi espancada e passou fome até perder as crianças.