Secretário-geral da ONU condena ataque a escola e pede ''fim da matança''
O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, condenou nesta quinta-feira (24) o ataque a um abrigo da entidade na faixa de Gaza, que matou ao menos 15 pessoas e 200 feridas. Entre as vítimas estavam mulheres, crianças e funcionários da ONU.
Palestinos atribuem o ataque a Israel - que, por sua vez, culpa o Hamas. Para a ONU, as circunstâncias ainda não estão esclarecidas.
O local, uma escola da Agência de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNWRA) em Beit Hanoun, era usado por dezenas de pessoas como refúgio dos últimos confrontos na região entre Israel e o Hamas.
"Estou horrorizado com as notícias de um ataque a uma escola de UNRWA, em Gaza do norte, onde centenas de pessoas haviam se refugiado", afirmou Ban em comunicado datado no Iraque, onde se encontra de visita, e que foi distribuído por seu escritório de imprensa.
“O ataque de hoje destaca a necessidade imperativa de parar a matança – e pará-la agora”, disse Ban.
O chefe da ONU novamente apelou para que Israel e o Hamas respeitem as regras humanitárias internacionais durante o conflito e respeitem a “santidade das vidas civis”.
Ele chamou a atenção também para a inviolabilidade das premissas da ONU, como a segurança de trabalhadores humanitários.
Depois do ataque à escola, os Estados Unidos pediram maiores esforços para proteger os civis na ofensiva de Israel contra a faixa de Gaza.
“Estamos muito tristes e preocupados por este trágico incidente", afirmou a porta-voz do departamento de Estado, Jen Psaki, no Cairo, onde o secretário de Estado americano John Kerry tenta negociar um cessar-fogo.
Desde o início do confronto há 17 dias, ao menos 700 palestinos morreram. Do lado israelense, houve 32 mortes, a maioria de soldados.
Quarto ataque a prédio da ONU
Este foi o quarto ataque a uma instalação da ONU desde o início da ofensiva militar de Israel, em 8 de julho.
Pela Convenção de Genebra, instalações do organismo são invioláveis.
Israel afirmou que está investigando o incidente e que o Hamas também estava disparando foguetes na região.
Em 17 de julho, a UNWRA anunciou ter descoberto 20 foguetes do Hamas escondidos em uma de suas escolas vazias em Gaza. Na última terça-feira (22), mais foguetes foram encontrados, em outra escola vazia do organismo em Gaza. (Com agências)
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