Topo

Secretário-geral da ONU condena ataque a escola e pede ''fim da matança''

Bebês choram ao serem atendidos após o bombardeio a escola da ONU em Beit Hanoun - Oliver Weiken/EFE
Bebês choram ao serem atendidos após o bombardeio a escola da ONU em Beit Hanoun Imagem: Oliver Weiken/EFE

Do UOL, em São Paulo

24/07/2014 14h56

O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, condenou nesta quinta-feira (24) o ataque a um abrigo da entidade na faixa de Gaza, que matou ao menos 15 pessoas e 200 feridas. Entre as vítimas estavam mulheres, crianças e funcionários da ONU.

Palestinos atribuem o ataque a Israel - que, por sua vez, culpa o Hamas. Para a ONU, as circunstâncias ainda não estão esclarecidas.

O local, uma escola da Agência de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNWRA) em Beit Hanoun, era usado por dezenas de pessoas como refúgio dos últimos confrontos na região entre Israel e o Hamas.

"Estou horrorizado com as notícias de um ataque a uma escola de UNRWA, em Gaza do norte, onde centenas de pessoas haviam se refugiado", afirmou Ban em comunicado datado no Iraque, onde se encontra de visita, e que foi distribuído por seu escritório de imprensa.

“O ataque de hoje destaca a necessidade imperativa de parar a matança – e pará-la agora”, disse Ban.

O chefe da ONU novamente apelou para que Israel e o Hamas respeitem as regras humanitárias internacionais durante o conflito e respeitem a “santidade das vidas civis”.

Ele chamou a atenção também para a inviolabilidade das premissas da ONU, como a segurança de trabalhadores humanitários.

Mapa Israel, Cisjordânia e Gaza - Arte/UOL - Arte/UOL
Mapa mostra localização de Israel, Cisjordânia e Gaza
Imagem: Arte/UOL

Depois do ataque à escola, os Estados Unidos pediram maiores esforços para proteger os civis na ofensiva de Israel contra a faixa de Gaza.

“Estamos muito tristes e preocupados por este trágico incidente", afirmou a porta-voz do departamento de Estado, Jen Psaki, no Cairo, onde o secretário de Estado americano John Kerry tenta negociar um cessar-fogo.

Desde o início do confronto há 17 dias, ao menos 700 palestinos morreram. Do lado israelense, houve 32 mortes, a maioria de soldados.

Quarto ataque a prédio da ONU

Este foi o quarto ataque a uma instalação da ONU desde o início da ofensiva militar de Israel, em 8 de julho.

Pela Convenção de Genebra, instalações do organismo são invioláveis.

Israel afirmou que está investigando o incidente e que o Hamas também estava disparando foguetes na região.

Em 17 de julho, a UNWRA anunciou ter descoberto 20 foguetes do Hamas escondidos em uma de suas escolas vazias em Gaza. Na última terça-feira (22), mais foguetes foram encontrados, em outra escola vazia do organismo em Gaza. (Com agências)