Chefe da diplomacia da UE culpa EI por massacre na Tunísia
A chefe de diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, responsabilizou o Estado Islâmico pelo ataque que matou mais de 20 pessoas, a maioria turistas estrageiros, em um museu em Túnis, na Tunísia, nesta quarta-feira (18). Nenhum grupo assumiu a autoria do atentado.
"Com o ataque em Túnis hoje, a organização terrorista Daesh [Estado Islâmico, em árabe] está novamente tornando alvos os países e as pessoas da região do Mediterrâneo", disse ela em uma nota.
"Isso reforça nossa determinação de cooperar mais de perto com nossos parceiros para confrontar a ameaça terrorista", afirmou. "A UE está determinada em mobilizar todas as ferramentas para apoiar totalmente a Tunísia na luta contra o terrorismo e na reforma do setor de segurança."
Homens armados atacaram o Museu Pardo, que fica no complexo de edifícios do Parlamento da Tunísia.
Dois terroristas foram mortos pelas forças de segurança, mas outros três conseguiram fugir e estão à solta, afirmou o governo..
Entre os mortos estão turistas de Polônia, Itália, Alemanha, Espanha, África do Sul e Japão, afirmou ainda Essid. Cerca de 30 reféns foram libertados.
No momento do ataque, os parlamentares estavam discutindo um novo pacote de leis antiterrorismo. Depois do incidente, o Parlamento foi esvaziado.
"Eles entraram no museu disfarçados de soldados", disse um porta-voz do Ministério do Interior, Mohamad Ali Aroui.
As Forças Armadas da Tunísia vêm combatendo militantes islamistas que emergiram no país depois do levante contra o governo autocrata de Zine El Abidine Ben Ali, em 2011.
Além disso, vários milhares de tunisianos deixaram o país para lutar ao lado dos grupos militantes na Síria, Iraque e Líbia, e o governo teme que, ao retornarem, esses jihadistas que realizam ataques na Tunísia.
O museu abriga uma famosa coleções de antiguidades e é considerado uma das maiores atrações turística do país norte-africano. (Com agências internacionais e a BBC Brasil)
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