Topo

Chefe da diplomacia da UE culpa EI por massacre na Tunísia

Do UOL, em São Paulo

18/03/2015 15h03Atualizada em 18/03/2015 16h42

A chefe de diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, responsabilizou o Estado Islâmico pelo ataque que matou mais de 20 pessoas, a maioria turistas estrageiros, em um museu em Túnis, na Tunísia, nesta quarta-feira (18). Nenhum grupo assumiu a autoria do atentado.

"Com o ataque em Túnis hoje, a organização terrorista Daesh [Estado Islâmico, em árabe] está novamente tornando alvos os países e as pessoas da região do Mediterrâneo", disse ela em uma nota.

"Isso reforça nossa determinação de cooperar mais de perto com nossos parceiros para confrontar a ameaça terrorista", afirmou. "A UE está determinada em mobilizar todas as ferramentas para apoiar totalmente a Tunísia na luta contra o terrorismo e na reforma do setor de segurança."

Homens armados atacaram o Museu Pardo, que fica no complexo de edifícios do Parlamento da Tunísia. 

Dois terroristas foram mortos pelas forças de segurança, mas outros três conseguiram fugir e estão à solta, afirmou o governo..

Entre os mortos estão turistas de Polônia, Itália, Alemanha, Espanha, África do Sul e Japão, afirmou ainda Essid. Cerca de 30 reféns foram libertados.

No momento do ataque, os parlamentares estavam discutindo um novo pacote de leis antiterrorismo. Depois do incidente, o Parlamento foi esvaziado.

"Eles entraram no museu disfarçados de soldados", disse um porta-voz do Ministério do Interior, Mohamad Ali Aroui.

As Forças Armadas da Tunísia vêm combatendo militantes islamistas que emergiram no país depois do levante contra o governo autocrata de Zine El Abidine Ben Ali, em 2011.

Além disso, vários milhares de tunisianos deixaram o país para lutar ao lado dos grupos militantes na Síria, Iraque e Líbia, e o governo teme que, ao retornarem, esses jihadistas que realizam ataques na Tunísia.

O museu abriga uma famosa coleções de antiguidades e é considerado uma das maiores atrações turística do país norte-africano. (Com agências internacionais e a BBC Brasil)