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Casa Branca pede controle de armas e diz que violência está "comum demais"

26/08/2015 14h10

O porta-voz da Casa Branca Josh Earnest reforçou nesta quarta-feira (26) a necessidade de leis mais duras de controle de armas, ao dizer que esse tipo de violência está se tornando "comum demais em cidades pequenas dos EUA".

"Há algumas coisas de senso comum que apenas o Congresso pode fazer que sabemos que teriam um impacto tangível sobre a redução da violência armada neste país", disse Earnest.

A declaração foi feita horas após um jornalista matar outros dois a tiros durante uma transmissão ao vivo no Estado da Virgínia. 

A repórter Alison Parker, 24, e o fotógrafo Adam Ward, 27, conduziam uma entrevista para a TV WDBJ, uma afiliada da CBS, no momento do ataque, por volta das 9h45 (horário de Brasília).

A gravação ao vivo mostra a repórter gritando e o som de tiros. Nos últimos segundos, após ser baleado, o cinegrafista consegue captar a imagem do atirador.

A pessoa que estava sendo entrevistada, identificada como Vicki Gardner, chefe da Câmara de Comércio local, foi atingida nas costas e levada para um hospital, onde passou por cirurgia.

O suspeito, identificado como Vester Lee Flanagan, homem tentou se matar horas depois dos assassinatos, após fugir da polícia. Seu estado é crítico.

Flanagan, 41, foi jornalista da WDBJ, utilizando o nome de Bryce Williams, e postou imagens do momento do tiroteio. 

Imagens de seu perfil no Twitter logo depois do tiroteio mostraram ele acusando Parker de ter feitos comentários racistas, questionando em seguida: "eles a contrataram depois disso?".

Flanagam acusou ainda Ward de tê-lo reportado ao setor de Recursos Humanos da empresa após terem trabalhado juntos.

Ele então postou a mensagem "filmei o tiroteio, veja o Facebook", e em seguida publicou vídeos do momento dos assassinatos.

O vídeo publicado no Twitter, e depois apagado, mostra o atirador se aproximando calmamente dos jornalistas antes de começar a atirar.

Segundo o diretor da emissora, Jeff Marks, o suspeito era uma pessoa difícil com quem se trabalhar.

"Depois de vários episódios em que ele deixou a raiva dominar, nós o demitidos. Ele não aceitou, e tivemos de chamar a polícia para retirá-lo do prédio", afirmou.  (Com agências internacionais)