Após confirmar atentado em avião, Rússia ataca EI na Síria e reforça segurança
A Rússia realizou ataques aéreos contra a cidade síria de Raqqa, reduto do Estado Islâmico, nesta terça-feira (17), mesmo dia em que confirmou que o avião da Metrojet derrubado no Egito em 31 de outubro caiu em decorrência de uma explosão.
Segundo a agência Reuters, uma fonte do governo francês revelou que os russos “estão no processo de atingir firmemente a cidade de Raqqa, que é prova de que estão se tornando conscientes” da ameaça do Estado Islâmico. O braço do grupo extremista no Egito assumiu a autoria do atentado ao avião da Metrojet, que matou 224 pessoas e estava sendo investigado pelo serviço de segurança russo.
Também nesta terça, a Rússia ofereceu uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levassem à prisão dos autores dos atentados.
Ao mesmo tempo, o Ministério do Interior da Rússia anunciou nesta terça-feira que reforçará a segurança nos lugares públicos e movimentados, e que intensificará sua colaboração com os serviços de segurança para evitar o risco de atentados terroristas.
"O Ministério do Interior está tomando as medidas preceptivas para elevar a segurança de nossos cidadãos e a defesa antiterrorista dos locais e zonas públicas sob nossa proteção", disse o ministro, Vladimir Kolokoltsev.
Ele acrescentou que seu departamento intensificará a coordenação com o serviço federal de segurança (FSB). "Levaremos a cabo uma série de operações de busca dirigidas a descobrir e neutralizar pessoas envolvidas em atividade terrorista, em estreita cooperação com o FSB", assinalou o ministro.
França também bombardeia Raqqa
Além da Rússia, a França voltou a bombardear Raqqa na madrugada desta terça-feira, destruindo um centro de comando e outro de treinamento, anunciou o ministério francês da Defesa.
A ofensiva, iniciada à 0h30 GMT (22h30 de Brasília, segunda-feira), foi integrada por 10 caças - Rafale e Mirage 2000 - que partiram dos Emirados Árabes Unidos e da Jordânia, lançando 16 bombas, uma missão similar à de domingo à noite. "Ambos objetivos foram alcançados e destruídos simultaneamente", afirma o comunicado ministerial.
"O ataque, que aconteceu em coordenação com as forças americanas, teve como alvos locais identificados durante missões de reconhecimento realizadas anteriormente pela França."
O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou ter registrado o bombardeio de redutos do EI em várias províncias no nordeste da Síria nesta terça-feira, possivelmente realizados pela coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.
Em Deir ez Zor, o alvo teriam sido os arredores da jazida de petróleo de Al Omar, a maior do país árabe, atualmente controlada pelos jihadistas. O petróleo que o EI extrai dos territórios sob seu controle no Iraque e na Síria é uma de suas principais fontes de financiamento.
Além disso, aviões provavelmente da coalizão atacaram a área de South al Milibya, na província de Al Hasaka, sem deixar vítimas.
Ao norte de Raqqa, explodiram combates entre os jihadistas e as Forças da Síria Democrática, um grupo armado curdo-árabe apoiado pelos Estados Unidos, que foram acompanhados de ataques aéreos da coalizão na área dos confrontos.
Estes bombardeios aconteceram pouco antes da reunião em Paris entre o presidente francês, François Hollande, e o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, para estabelecer os fundamentos da grande aliança internacional que pretende destruir o EI.
Esta organização extremista reivindicou o atentado de sexta-feira na capital francesa, onde morreram 129 pessoas e mais de 350 ficaram feridas. (Com Reuters, AFP e EFE)
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